Cientistas implantam 1º coração totalmente artificial de titânio em paciente
Por Nathan Vieira | •
O primeiro coração totalmente artificial feito de titânio foi implantado com sucesso em um paciente humano, graças a uma parceria entre o Texas Heart Institute e a BiVACOR, uma empresa de dispositivos voltados à área da saúde. A proposta da tecnologia de titânio é bombear o sangue e substituir ambos os ventrículos de alguém com insuficiência cardíaca.
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O objetivo desse primeiro estudo foi entender se o dispositivo era seguro como uma solução temporária para pacientes com insuficiência cardíaca biventricular grave ou insuficiência cardíaca univentricular.
Com o sucesso desse primeiro implante, o estudo agora vai passar a contar com mais quatro pacientes. Os médicos contam em comunicado que a implantação aconteceu como esperado, sem complicações.
"Clinicamente, o dispositivo teve um desempenho muito bom”, diz o Dr. Alexis Shafii, diretor cirúrgico de transplante cardíaco no Baylor St. Luke's Medical Center e um dos envolvidos no procedimento.
“Com a insuficiência cardíaca permanecendo como uma das principais causas de mortalidade globalmente, o coração artificial da BiVACOR oferece um vislumbre de esperança para inúmeros pacientes que aguardam um transplante de coração”, acrescenta Dr. Joseph Rogers, Presidente e CEO do Texas Heart Institute.
A própria equipe destaca que a implantação bem-sucedida do TAH da BiVACOR representa o potencial de tecnologias inovadoras para enfrentar desafios críticos no tratamento cardíaco, como longas listas de espera para transplante de coração.
Transplante de coração artificial
O coração artificial usa "bomba de deslocamento de volume com diafragmas de polímero flexíveis para bombear o sangue", e assim funciona como uma "bomba de sangue rotativa eletromecânica".
O site da empresa diz que a principal inovação de design no BiVACOR TAH é "sua construção simples, com um motor e um único rotor levitado magneticamente que bombeia sangue simultaneamente para o corpo e os pulmões".
“O anúncio representa uma década de perseverança”, completa o Dr. Todd Rosengart, professor e presidente do Departamento de Cirurgia do Baylor College of Medicine.
A novidade representa um avanço e tanto, considerando que em 2022 completamos 40 anos desde o primeiro transplante de coração artificial.
Fonte: The Texas Heart Institute, Baylor College of Medicine