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Samsung Gear VR 2017 [Análise / Review]

Por| 18 de Maio de 2017 às 16h05

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The Verge
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Tudo sobre Samsung

A Samsung trouxe para o mercado uma nova versão dos óculos de realidade virtual Gear VR, e desta vez o acessório está acompanhado de um controle físico. Sendo esta a grande e principal novidade, a sul-coreana adiciona ao seu portfólio uma versão aprimorada, e você confere se vale a pena comprá-lo ou não agora.

Visual mais robusto

A Samsung fez algumas melhorias importantes nesta nova versão do Gear VR. Agora, na cor preta, seguindo último modelo anunciado com o finado Galaxy Note7, o dispositivo tem um trackpad lateral mais limpo e um botão “home”, além do “voltar”. O material utilizado, é claro, continua sendo o plástico, e ele aparenta ser bem resistente.

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Como outra novidade, temos uma entrada USB-C, que pode manter o smartphone carregando durante o uso. A Samsung também adicionou dois conectores na caixa do modelo: um para a utilização com micro-USB e outro sendo micro USB para USB-C.

O VR permite que você substitua o conector padrão por um micro USB com facilidade, permitindo que dispositivos antigos trabalhem normalmente nesta versão. Existe uma travinha para que a peça não seja desconectada com facilidade; lembre-se de sempre deixá-la fixa, ou então seu celular poderá cair.

O preto fosco agrada, mas essa tela protetora não pode ser acoplada quando o smartphone está em uso. Isto serviria para deixar o smartphone mais fixo, em teoria, mas não é o que acontece nesta nova versão.

O novo Gear VR pesa cerca de 345 gramas, e seu encaixe ajustável traz mais conforto. Convenhamos: a proposta dele é ser prático, simples e acessível, e até aqui ele cumpre este papel.

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A espuma que evita o atrito entre seu rosto e o VR, e que também bloqueia a entrada de luz, é removível, permitindo que você possa realizar a sua troca ou mesmo lavá-la – mas tenha em mente que o encaixe não é tão simples quanto parece.
Vale lembrar, entre outros, que o dispositivo ainda traz acelerômetro, giroscópio e sensor de proximidade, o que ajuda a entender o que existe ao redor e como você se movimenta, e também como interage com o software.

Compatibilidade e configuração

O novo Gear VR só é compatível com os novos e velhos flagships da Samsung, ou seja: Galaxy S6, S6 edge e S6 edge+; Galaxy Note5, Galaxy S7 e S7 edge; Galaxy S8 e S8+. Infelizmente este é um dos pontos mais críticos do acessório, visto que sem um desses modelos ele é inútil.

Na mesma medida, ele acaba sendo mais barato e acessível por isto. Se a Samsung resolver incluir aparelhos intermediários, por exemplo, a experiência pode não ser tão confortável, o que certamente também não agradaria os consumidores.

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Basta inserir o seu smartphone no conector do Gear VR e o acessório estará pronto para uso. Não é necessário abrir nenhum aplicativo específico, mas na configuração inicial é preciso fazer algumas atualizações.

O Gear VR 2017 tem lentes de 42 milímetros com alcance de visão de 101º, permitindo que mais objetos sejam vistos ao mesmo tempo. Os novos Galaxy S8, por exemplo, têm resolução Quad HD+ (2960 x 1440 pixels), permitindo que um conteúdo mais nítido seja exibido durante o uso.

Finalmente um controle físico!

A nova versão do Gear VR acompanha um controle físico similar ao do Google Daydream. Ele tem um trackpad pressionável, botões de ‘voltar’ e ‘início’; botões de volume e um gatilho no topo para realizar ações.

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O acessório funciona com duas pilhas AAA, tem um LED indicador e foi projetado com visual bastante ergonômico. Ele ainda acompanha uma pulseira para ficar mais seguro, mas precisamos dizer aqui que ele encaixa bem na mão.

O pareamento é feito entre o smartphone e o controle via Bluetooth, e para calibrar o seu uso basta esticar o braço e pressionar o botão ‘início’; você verá uma animação na tela e saberá quando parar, mas geralmente isto só funciona durante o uso de algum app que requer o acessório adicional.

Até o momento de publicação desta análise, 36 aplicativos e jogos estavam disponíveis para uso em conjunto com o controle. O número é razoável, mas os títulos acabam não sendo tão imersivos. A rede social vTime funciona em realidade virtual, e temos ainda alguns jogos de tiro, alguns puzzles e outros. E por falar em rede social, o Facebook, é claro, também está por aqui.

Nem todos os aplicativos são compatíveis com o novo controle, reclamação esta que certamente será corrigida no futuro. Os desenvolvedores deverão atualizar seus títulos trazendo esta compatibilidade, expandindo ainda mais o uso deste acessório que, de fato, é mais prático.

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Experiência de uso

A começar pelo software, notamos algo claro: o Gear VR não consome mais tanta bateria como antes. Foram 14% em 50 minutos de uso, o que é bastante razoável. A atualização no software da Oculus também parece ter resolvido o problema de superaquecimento nos celulares, o que também é um outro ponto positivo.

Você terá em mãos um acessório relativamente barato, mas que só funciona com um outro dispositivo caro. Os aplicativos funcionam de maneira comportada e não temos muito o que reclamar disto. O software também é de certa forma limitado, mas pelo menos agora nós temos um navegador web para acessar outros sites.

Sabendo-se que o Gear VR não é um dos melhores produtos de realidade virtual do mercado, porém um dos mais acessíveis, de fato, temos em mão um aparelho que não decepciona, mas que também não entrega nada ‘tããão’ impressionante.

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Você até pode ajustar o foco numa barra de rolagem que fica no topo, mas certamente sua vista ficará cansada depois de alguns minutos brincando com ele. Não é nem questão de costume, mas a impressão que fica é que ele não foi criado para experiências tão duradouras.

Muitos aplicativos também são extremamente simples, embora a interação com os cenários tenha aumentado significativamente em relação a primeira versão do Gear VR.

É questão de tempo até que os jogos e aplicativos ganhem mais interatividade, considerando este controle físico. E, sim, a biblioteca da Samsung vem aumentando cada vez mais, deixando de lado aqueles vídeos e renderizações que impressionam à primeira vista, mas logo incomodam e só ocupam espaço depois. Ainda bem, não é mesmo?

Conclusão

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Ainda falta um pouco para a realidade virtual emplacar de vez e aparecer com mais abrangência. O Gear VR fornece uma experiência bem bacana por R$ 799, mas lembre-se que você precisará de um celular compatível para isto. A quantidade de apps aumentou consideravelmente, mas ainda não temos nada tão imersivo, de fato.

Existem aplicativos do Netflix e Facebook, por exemplo, que trazem experiências bacanas. O da rede social acaba inserindo uma maneira bem legal de usar o acessório, mas cá entre nós, o uso não é tão confortável.

Mas, ainda falando de conforto, o acessório se encaixa bem e não machuca durante o uso. O único problema é o cansaço visual que claramente vai bater na sua porta, portanto evite utilizá-lo por longos períodos de tempo.

Para quem procura uma experiência divertida com realidade virtual, os óculos da Samsung podem suprir esta necessidade. A chega deste controle sem fio acaba nos dando uma esperança para o futuro do acessório, e estamos de olho nas novidades que se aproximam.

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Se você não possui nenhum dos celulares compatíveis, recomendamos fortemente que você opte por uma promoção/combo com um smartphone + o Gear VR de brinde. Se você optar pela compra individual, saiba que poderá enjoar depois de um tempo. Mas, de qualquer maneira, o Gear VR 2017 continua sendo um brinquedo muito legal.