Xiaomi quer transformar fábricas com robôs humanoides em 5 anos
Por Vinícius Moschen |
O CEO da Xiaomi, Lei Jun, usou uma entrevista recente para fazer previsões sobre o futuro da automação industrial e o papel da Inteligência Artificial (IA). O executivo afirmou que robôs humanoides serão amplamente aplicados nas fábricas da marca nos próximos cinco anos para aumentar a eficiência da produção.
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Jun acredita que a IA reinventará todos os setores tradicionais, já que "cada indústria vale a pena ser reinventada com IA", segundo ele.
Atualmente, a Xiaomi já opera uma fábrica de "luzes apagadas" (ou seja, totalmente automatizada) em Pequim. Ela é capaz de funcionar 24 horas por dia e sete dias por semana, sem humanos na linha de produção, fabricando cerca de 10 milhões de smartphones por ano.
Esta instalação utiliza modelos visuais de IA e raios-X para inspeção de qualidade, e por isso alcança uma eficiência dez vezes superior ao monitoramento manual.
Xiaomi contrata ex-engenheiro da Tesla
A declaração de Jun foi divulgada na mesma semana que a Xiaomi reforçou sua equipe de robótica com uma contratação estratégica para acelerar o desenvolvimento de seus robôs humanoides. Trata-se de Zach Lu Zeyu, ex-engenheiro sênior do time do robô Optimus da Tesla.
Lu irá liderar a pesquisa e desenvolvimento de mãos robóticas de alta destreza (ou seja, estabilidade e precisão) na divisão de robótica da Xiaomi.
O profissional possui doutorado pela Universidade Nacional de Cingapura e passagens pelas renomadas universidades Johns Hopkins e Tsinghua.
O setor de robótica da empresa passa por uma expansão, com centenas de vagas abertas e posições específicas para o projeto de mãos robóticas.
No passado, a Xiaomi já havia apresentado protótipos anteriores, incluindo duas gerações do cão-robô CyberDog, e o humanoide CyberOne, em 2022.
Além disso, a Xiaomi lançou recentemente o MiMo-Embodied, um modelo de IA incorporada de código aberto, que une a contextualização e interpretação de comandos, com ações robóticas.
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