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Robô que voa e anda de skate? Sim, isso já existe

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 08 de Outubro de 2021 às 10h08

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Reprodução/Caltech
Reprodução/Caltech

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA, desenvolveram um robô bípede híbrido capaz de andar e voar. Entre outras habilidades impressionantes, ele também consegue fazer manobras sobre um skate e se equilibrar na corda de um slackline.

Seu nome é Leonado (abreviação de LEgs ONboARD drOne, ou simplesmente LEO), e ele é o primeiro androide que usa pernas multiarticuladas e propulsores com hélices para aprimorar o grau de controle sobre seu equilíbrio, tornando-o incrivelmente ágil e capaz de realizar movimentos complexos, difíceis até para um ser humano.

“Nós nos inspiramos na natureza. Pense em como os pássaros conseguem bater asas e pular para se equilibrar nas linhas telefônicas. É um comportamento complexo e intrigante, que acontece quando as aves alternam entre andar e voar”, explica o professor de engenharia Soon-Jo Chung, autor principal do estudo.

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Leonardo

Medindo 80 centímetros de altura, o LEO consegue se equilibrar sobre duas pernas bem finas, compostas por três articulações que dão ao robô um caminhar parecido com o de uma galinha usando salto alto. Quatro hélices em seus ombros — semelhantes às utilizadas em drones — não só corrigem a postura como também permitem que ele voe.

Ao usar esse sistema híbrido, os pesquisadores conseguiram melhorar a capacidade de locomoção do robô. As pernas leves aliviam o estresse sobre os propulsores, suportando a maior parte do peso em sincronia com as articulações. Isso faz com que o bot tenha um equilíbrio muito superior em comparação com outros modelos bípedes.

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“Com base nos tipos de obstáculos que precisa atravessar, o LEO pode optar por andar ou voar, ou combinar os dois, conforme necessário. Além disso, ele é capaz de realizar manobras de locomoção incomuns que exigem domínio corporal e equilíbrio, como andar de skate ou se aventurar no slackline”, acrescenta o engenheiro Patrick Spieler, coautor do estudo.

Versão 2.0

A equipe da Caltech planeja melhorar o desempenho da próxima versão do LEO adicionando pernas mais rígidas e hélices mais potentes para que o robô consiga suportar mais peso. Além disso, a ideia é torná-lo mais autônomo para que ele possa caminhar por terrenos irregulares.

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Utilizando um algorítimo de controle de pouso de drones, baseado em redes neurais profundas, o LEO teria uma compreensão mais realista do ambiente. Isso melhoraria sua capacidade de tomar as próprias decisões sobre a combinação ideal para se locomover — caminhar, voar ou os dois juntos — avaliando o que é mais seguro e consome menos energia.

“Um futuro helicóptero de Marte poderia ser equipado com um trem de pouso com pernas, como o do LEO, para que o seu equilíbrio corporal fosse mantido enquanto desce em terrenos inclinados ou irregulares, reduzindo assim o risco de falha em condições de aterrissagem desafiadoras. Esse design é apenas um protótipo do que vem por aí”, prevê Soon-Jo Chung

Fonte: Caltech