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Robô aprende sozinho a corrigir movimentos para caminhar melhor e não cair

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 12 de Abril de 2021 às 17h10

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Berkeley University
Berkeley University

Ensinar um robô a andar não é tarefa fácil, agora imagine fazer com que ele consiga corrigir os próprios movimentos sozinho durante uma caminhada, sem tropeçar e nem cair. Foi isso que os pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos EUA, fizeram.

A Cassie é apenas um par de pernas capazes de andar em todas as direções e de agachar enquanto caminha sem perder o equilíbrio. Os ajustes são feitos em tempo real, permitindo que ela endireite o próprio corpo e evite as quedas.

Veja:

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“É a primeira vez que uma abordagem de aprendizagem de máquina utiliza o aprendizado por reforço repetitivo com tanto sucesso em um robô bípede” disse um dos responsáveis pelo projeto, Zhongyu Li.

Vários robôs da Boston Dynamics já viralizaram na internet com proezas parecidas, mas, segundo os cientistas da Berkeley, os movimentos apresentados pela Cassie são diferentes, pois são espontâneos e não coreografados. “Em situações do mundo real os robôs precisam ser robustos, resilientes e saber lidar com o inesperado”, completa o professor Li.

Como ela se equilibra

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A equipe de Berkeley projetou a Cassie para andar em qualquer tipo de terreno, mas os primeiros testes foram feitos em ambientes controlados para treinar o algoritmo. Os cálculos de possíveis variáveis como buracos, obstáculos, eventuais tropeços e empurrões são fundamentais para mantê-la de pé.

Como nem sempre o que acontece no laboratório é traduzido para o mundo real, os engenheiros utilizaram dois tipos de simulação. A primeira usa um ambiente de treinamento de código aberto chamado MuJoCom que possui uma grande biblioteca de movimentos possíveis. Já a segunda, chamada de Matlab SimMechanics, foi aplicada em um campo de testes de baixo risco, com condições mais parecidas com as que encontramos durante um passeio.

Segundo os pesquisadores, durante os testes o robô se mostrou bastante robusto. “Dois motores do joelho de Cassie falharam durante o experimento e mesmo assim ela foi capaz de se ajustar e seguir em frente”, disse o professor Li.

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O que vem por aí

Novas abordagens para treinar robôs para que eles sejam cada vez mais autônomos parecem ser uma tendência sem volta. Empresas como Google, OpenAI e a própria Boston Dynamics já mostraram que é possível programar um androide com algoritmos de Inteligência Artificial para que eles se virem sozinhos no mundo real.

Para o chefe do departamento de robótica do Imperial College de Londres, Edward Johns, os progressos apresentados até aqui pela equipe da Universidade Berkeley são os maiores já vistos no campo da autonomia adaptativa de um robô.

Será que daqui a alguns anos teremos robôs correndo por aí, pulando cercas, desviando de automóveis ou fazendo parkour? Comente.

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Fonte: Berkeley Univsersity, SingularityHub