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Exoesqueleto dá superforça a trabalhadores braçais

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 19 de Outubro de 2021 às 14h37

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Reprodução/University of Gävle
Reprodução/University of Gävle

Pesquisadores da Universidade de Gävle, na Suécia, desenvolveram um novo tipo de exoesqueleto que promete reduzir o esforço muscular em até 60%. O dispositivo pode ser usado para atenuar o desgaste físico em trabalhadores do setor industrial, em empresas de logística ou na construção civil.

O equipamento funciona acoplado ao corpo humano por meio de um traje especial, oferecendo força extra e resistência aos braços para realizar tarefas repetitivas ou de grande impacto, responsáveis por lesões ou ferimentos que resultam na queda de produtividade e no afastamento de operários.

“Nesses ambientes industriais, os trabalhadores sofrem vários ferimentos e as taxas de licença médica são muito altas, transformando essas situações em problemas reais. Os exoesqueletos podem ser uma parte importante da solução se forem usados com uma frequência maior”, diz o professor de robótica Sajid Rafique”.

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Superforça

O EksoVest preso na parte superior do corpo foi testado em 25 voluntários que realizaram tarefas de perfuração com os braços levantados, utilizando uma furadeira com o peso de 5 kg. Com sensores instalados no equipamento, os pesquisadores conseguiram medir o esforço muscular em vários níveis.

Após alguns minutos permanecendo na mesma posição, a tensão muscular apresentou uma redução de 60% nos indivíduos que estavam usando o exoesqueleto, melhorando a força durante a realização do trabalho e diminuindo o estresse causado pelo peso da furadeira.

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“A tecnologia tem potencial para melhorar a vida de muitos trabalhadores, que podem se beneficiar por terem sua carga de trabalho reduzida e se sentirem menos cansados ​​ao voltar para casa. Além disso, a sobrecarga com a saúde pode ser reduzida, já que o risco de lesões e o desgaste são significativamente menores quando se usa o exoesqueleto”, acrescenta Rafique.

No mundo real

Estudos anteriores revelam que o uso constante de equipamentos similares ao EksoVest reduz a quantidade de licenças médicas na mesma proporção. Estatísticas da montadora de veículos Ford mostram que o número de afastamentos de funcionários por problemas de saúde caiu 85% com a utilização de exoesqueletos.

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Cada EksoVest custa aproximadamente 5 mil euros (cerca de R$ 32 mil em uma conversão direta e sem impostos). Os pesquisadores acreditam que em 20 anos, a maioria dos operários, que trabalham na fabricação e montagem de equipamentos, usará um exoesqueleto para aliviar o esforço muscular.

“Ainda há espaço para muitas melhorias, com a criação de um equipamento mais leve e mais fácil de ajustar para cada indivíduo. Acredito que, no futuro, as seguradoras obrigarão o uso de exoesqueletos porque eles reduzem muito o risco de lesões para os trabalhadores”, prevê o professor Sajid Rafique.

Fonte: University of Gävle