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Elon Musk apresenta robô humanoide da Tesla e diz que ele precisa de "cérebro"

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 04 de Outubro de 2022 às 13h47

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Reprodução/Twitter Tesla
Reprodução/Twitter Tesla
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Elon Musk finalmente apresentou ao mundo uma versão funcional do novo robô humanoide da Tesla e, ao que tudo indica, a empresa ainda está longe de ter uma máquina capaz de desempenhar funções minimamente parecidas com as habilidades mais simples de um ser humano.

O protótipo — com um emaranhado de fios e componentes eletrônicos à mostra — nem de longe lembra o bot futurista alardeado meses atrás pelo bilionário como algo que revolucionaria a indústria robótica mundial. Apesar de Musk dizer que o Optimus pode fazer muito mais do que foi revelando ao público, ficou evidente que a máquina ainda não é capaz de realizar tarefas muito complexas.

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“Nosso objetivo é fazer um robô humanoide útil o mais rápido possível. Ainda há muito trabalho a fazer para refinar o Optimus e provar isso, mas essa é a primeira vez que ele está sendo testado no mundo real, sem fios e fora do ambiente controlado do laboratório”, disse Musk durante o AI Day 2022.

Falta “cérebro”

Quando surgiu no palco do evento, Optimus se limitou a mexer os braços e as mãos como se estivesse observando os próprios membros cibernéticos, deu alguns passos — de um jeito bem parecido com humanos caminhando lentamente na ponta dos pés — e depois acenou para a plateia, terminando sua apresentação com uma dancinha meio desajeitada

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Elon Musk sugeriu que as limitações dos robôs humanoides se devem à falta de um “cérebro” funcional e que os bots, em geral, não têm inteligência suficiente para navegar sozinhos por ambientes desconhecidos, além de serem muito caros e produzidos em pequenas quantidades.

“Apesar desses entraves tecnológicos, o Optimus será um robô extremamente capaz no futuro, produzido num volume muito alto — provavelmente milhões de unidades — e cada um deve custar menos de US$ 20 mil (cerca de R$ 110 mil na cotação atual)”, previu o CEO da Tesla.

Versão aprimorada

Além desse protótipo, Musk apresentou outro modelo da família Optimus com menos fios aparentes, porém, sem a capacidade de andar ou movimentar seu corpo sozinho. Segundo o bilionário, a versão final do robô terá essa aparência com elementos menos expostos e mais amigáveis.

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De qualquer forma, a Tesla exibiu um vídeo com imagens do Optimus realizando diversas tarefas, como pegar caixas ou regar plantas. A ideia é que o robô faça trabalhos repetitivos e perigosos, incluindo a movimentação de peças em fábricas da própria montadora, ou apertar parafusos em um carro usando uma chave inglesa, como afirmou Musk.

Por enquanto, o Optimus nada mais é do que um robô com uma bateria de 2,3 kWh presa ao “peito” — que, segundo a Tesla, é suficiente para um dia inteiro de trabalho —, um corpo metálico que pesa 73 kg e uma capacidade de movimentação de 8 km/h, levando cargas de até 20 kg em suas mãos robóticas que, diga-se de passagem, possuem 5 dedos como mãos humanas.

O bot também usa a mesma tecnologia Autopilot adotada nos veículos autônomos da Tesla, numa versão adaptada para que o robô consiga enxergar e entender o mundo ao seu redor quando for necessário tomar decisões, como qual caminho seguir, ou se há algum obstáculo pela frente. Como disse o próprio Musk, um “cérebro” para controlar tudo isso seria muito bem vindo.