Twitter revela estratégia contra desinformação nas Eleições de 2022 no Brasil
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |

O Twitter anunciou nesta segunda-feira (4) um conjunto de iniciativas para tornar as publicações sobre as Eleições de 2022 mais "seguras e saudáveis". Segundo a rede social do passarinho, ficará mais fácil saber quando você interagir com perfis de candidatos, pois rótulos serão adicionados nestas contas.
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A ideia é identificar quem é a pessoa e a qual cargo ela concorre. Todos os tuítes, retuítes e demais interações dos perfis de candidatos serão marcados com a etiqueta de destaque.
A guia Explorar terá uma sessão especial com conteúdos selecionados pela equipe de moderação do Twitter para destacar as conversas mais relevantes sobre eleições. Além de apresentar notícias de respeitados veículos de comunicação, a plataforma trará contexto sobre "eventuais narrativas enganosas".
Para lidar com a desinformação, estão previstas campanhas com dicas para identificar e combater conteúdo enganoso. A equipe do Twitter Brasil afirma que vai recapitular algumas regras e destacar ferramentas para ajudar candidatos e eleitores a construir um debate respeitoso, democrático.
Vale destacar a criação da Política de Integridade Cívica, cujo objetivo é falar sobre informações enganosas que possam ameaçar a confiança e a participação das pessoas em eventos cívicos. Dizer que as eleições foram adiadas ou que as urnas de determinado local foram fraudadas são exemplos de atitudes passíveis de punição pelo Twitter.
Ações conjuntas com o TSE
Essas ações são parte de um acordo fechado entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as redes sociais, como o Twitter. Com o apoio oficial das plataformas, o órgão eleitoral consegue combater com mais eficácia a disseminação de boatos, mentiras, discurso de ódio, incitação à violência e notícias falsas.
Desde o final do ano passado que a rede de Jack Dorsey insere avisos na busca para avisar as pessoas sobre temas relacionados às eleições. Essas notificações contêm links para páginas com informações seguras e aparecem como primeiro resultado nas pesquisas quando alguém procura por coisas relacionadas ao processo eleitoral.
As eleições no Brasil estão marcadas para outubro de 2022 e os cidadãos vão escolher governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República. A preocupação das redes sociais é para evitar que os serviços sejam usados para convocação de atos antidemocráticos ou de incitação popular, como ocorreu nas eleições dos Estados Unidos.
Com o clima de animosidade política em alta, saber quem é ou não candidato pode ajudar a ter uma relação mais saudável com os perfis. A expectativa é de um uso ainda mais forte das plataformas sociais por candidatos, principalmente com discursos populistas, justamente no intuito de viralizar e atrair votos.
Fonte: Twitter