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Twitter estaria exigindo selo de verificado dos anunciantes

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Reprodução/Freepik
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O Twitter pode passar a exigir o selo de verificação para contas interessadas em veicular propagandas na rede social. A informação apareceu na madrugada desta sexta-feira (21), com anunciantes menores sendo informados sobre a necessidade que tem validade imediata — a partir de agora, quem quiser divulgar sua marca na plataforma precisará ser um assinante dela, bem como verificar um número de telefone.

Seria, de acordo com o e-mail recebido pelo consultor em redes sociais Matt Navarra, mais uma maneira de “elevar a qualidade do conteúdo” e “melhorar a experiência de usuário e anunciante”. Além disso, segundo a plataforma, a exigência também faz parte dos “esforços contínuos para reduzir contas fraudulentas ou operadas por bots”.

A mensagem também ressalta alguns dos benefícios de ser um assinante do Twitter Blue, como o aumento no engajamento orgânico e a maior quantidade de ferramentas de criação de conteúdo. Ainda, vem a informação de que perfis que gastam pelo menos US$ 1.000, ou cerca de R$ 5 mil, já possuem ou receberão em breve um selo dourado de verificação, o que exclui a necessidade de pagamento adicional.

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Às contas menores que desejarem continuar anunciando, entretanto, resta apenas o serviço de assinatura, que no Brasil custa R$ 42 mensais ou R$ 440 por um ano. A nova exigência ainda não aparece em páginas de ajuda relacionadas ao serviço de publicações de anúncios, enquanto, pelo menos até o momento em que esta reportagem é escrita, contas não verificadas seguem capazes de realizar campanhas de propaganda — não se sabe, porém, até quanto o recurso irá funcionar.

A mudança vem menos de um dia depois do fim dos selos azuis legados, entregues pela antiga administração da rede social a pessoas célebres, representantes de organizações e outros indivíduos como forma de garantir sua identidade. Ao assumir o Twitter, Elon Musk criticou duramente a forma como as marcas eram entregues e prometeu “democratizar” o sistema, removendo as verificações antigas e a incluindo como um recurso do serviço de assinaturas.

Seria, segundo ele, uma forma de reduzir a dependência da rede social dos anunciantes, que representam sua maior fonte de renda — e uma que vem sendo reduzida desde que o novo dono assumiu. De acordo com informações publicadas em fevereiro pela CNN, mais de metade das 1.000 marcas que mais veiculavam propagandas no Twitter abandonaram a rede social depois que Musk assumiu o controle.

Ao mesmo tempo, a ideia da nova medida seria impedir o mau uso da plataforma de propagandas por golpistas, propagadores de spam e outros perfis problemáticos, algo que, quem usa a rede social sabe, não vem sendo muito impedido pelo sistema de verificação paga. Mesmo após o envio dos e-mails, contas falsas com o selo azul continuavam divulgando sites fraudulentos a partir de anúncios.

O Twitter, claro, não se pronunciou. A empresa não possui mais representantes de atendimento à imprensa, o que impede a verificação de informações pelo Canaltech e outros veículos.