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Substack lança rival para o Twitter e tem links bloqueados na rede de Elon Musk

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Felipe Freitas/Canaltech
Felipe Freitas/Canaltech

O Twitter teria bloqueado a publicação de links do Substack, uma popular plataforma de newsletters. O dono do site, Elon Musk, negou a acusação, apesar das reclamações.

Na semana passada, alguns usuários perceberam que os tuítes com links do Substack foram bloqueadas ou tiveram alcance absurdamente reduzido. No Twitter, o jornalista Leandro Demori demonstrou os efeitos da restrição: bloqueio total de posts, mensagens de erro que impediam comentários, curtidas e retuítes e, por fim, alcance absurdamente reduzido.

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O efeito foi percebido pela própria companhia que, no seu perfil oficial do Twitter, avisou os usuários do aparente bloqueio, chegando a retuitar alguns dos relatos.

Quando a supressão de tuítes deu sinais de ter acabado, a plataforma se mostrou aliviada. "Estamos felizes em ver que a supressão das publicações do Substack no Twitter parece ter acabado. Este é o movimento certo para escritores, que merecem a liberdade de compartilhar seu trabalho", disse a plataforma. "Acreditamos que o Twitter e o Substack podem continuar coexistindo e se complementando", continuou.

Rivalidade aqueceu a discussão

Recentemente, o Substack anunciou o Notes, uma rede social por assinatura baseada em texto que na prática é mais um rival para o Twitter. A ferramenta permitirá que usuários da plataforma compartilhem pensamentos rápidos, as chamadas "Notes" ("Notas", em tradução livre) como textos, imagens, links e vídeos, mas também interajam com eles com comentários e curtidas.

A novidade foi revelada em 5 de abril e, na mesma semana, as publicações relacionadas à plataforma vizinha começaram a ser silenciadas. A suspeita dos usuários e da mídia era de que o Twitter limitou o alcance dos posts mencionando o rival para minimizar a divulgação da novidade.

Suspeita não é em vão

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Não seria uma surpresa se o Twitter, de fato, estivesse limitando o alcance de posts relacionados ao Substack: em dezembro do ano passado, a plataforma anunciou que tuítes que mencionassem apps rivais (Facebook, Instagram e Mastodon, por exemplo) seriam excluídos. A medida foi cancelada logo em seguida, frente a uma onda de reclamações dos usuários do Passarinho Azul.

Apesar de não ter sido implementada, o anúncio revelou duas coisas: a primeira era de que o Twitter consegue limitar o alcance de publicações com determinadas palavras e links; a segunda era que a empresa, sob o comando de Elon Musk, está predisposta a restringir menções aos serviços concorrentes para se manter no topo, mesmo que isso seja uma medida sem precedentes.

Elon Musk nega acusações

Ao tomar conhecimento das reclamações, Elon Musk negou que o Twitter estivesse restringindo tuítes que mencionam o Substack. "Os links para o Substack nunca foram bloqueados", disse. Na sequência, ele desmentiu as acusações do repórter Matt Taibbi, que deu vazão ao rumor das restrições ocultas.

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"O Substack estava tentando baixar uma porção massiva da base de dados do Twitter para desenvolver o concorrente, então seu endereço IP se tornou não confiável", complementou.

CEO do Substack retrucou Elon Musk

Na própria plataforma, o CEO do Substack Chris Best respondeu ao post de Elon Musk também desmentindo as acusações e afirmando que a empresa sempre seguiu os termos de uso das APIs do Twitter. "Os links do Substack foram claramente suprimidos no Twitter. Qualquer usuário do produto pode perceber", pontuou.

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"Nós usamos a API do Twitter por anos para ajusar autores. Nós acreditamos que estamos de acordo com os termos de uso, mas se eles têm alguma preocupação sobre isso, adoraríamos saber quais são. Ficaríamos satisfeitos em esclarecer qualquer questão", complementou no post.