Snapchat lança assinatura paga com mais recursos e sem anúncios
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco | •
A Snap começará a oferecer essa semana um serviço opcional de assinatura chamado Snapchat Plus. O foco são usuários interessados em recursos exclusivos e acesso antecipado a recursos antes dos demais.
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O plano custará US$ 3,99 por mês (cerca de R$ 21 na cotação atual) e vai dar um toque premium para a plataforma, com ícones extras e mudanças cosméticas. Os recursos mais notáveis, além dos ícones e da ausência de anúncios, é a possibilidade de saber quem assistiu aos stories e fixar amigos no topo do bate-papo como um "BFF".
Mais para frente, a rede social pretende trazer recursos exclusivos e sempre disponibilizar ferramentas em fase de testes de modo antecipado para os pagantes. A ideia é não oferecer nada muito extraordinário, caso contrário a rede perderia o apelo gratuito e isso poderia afastar usuários.
O que contém a assinatura do Snapchat?
Essas são as vantagens que o assinante do Snapchat terá ao aderir ao serviço pago:
- Marque um amigo como BFF (no topo do chat);
- Acesso a ícones exclusivos do Snapchat;
- Exibir um selo em no perfil;
- Ver por onde seus amigos estiveram nas últimas 24 horas;
- Saber quantos amigos assistiram seus stories mais de uma vez.
Infelizmente, um dos recursos mais óbvios ficou de fora: a remoção dos anúncios na experiência de uso do app. Segundo o presidente de produtos Snap, Jacob Andreou, isso não é possível porque as propagandas estão no centro do modelo de negócios da empresa.
Na entrevista concedida ao site The Verge, ele garantiu ter conversado com executivos de sites de streaming que pensam em adotar assinaturas pagas porque o modelo de publicidade é muito rentável. Quem pensou em assinar apenas para se livrar dos anúncios já pode se decepcionar.
Renda recorrente de assinaturas
Essa é a primeira tentativa do Snapchat de ganhar dinheiro além dos anúncios, já que as assinaturas trariam uma renda mais sólida e recorrente. A ideia segue na mesma linha já adotada pelo Twitter e pelo Telegram, ambos com suas próprias assinaturas voltadas para profissionais e com recursos extras.
A novidade da Snap chega pouco mais de um mês após o anúncio de queda no crescimento da receita. Mesmo assim, Andreou disse que isso em nada impactou na decisão do modelo proposto, que já era estudado desde 2016. A pressa de lançar no momento pode ter sido motivada pelo vazamento das novidades, presentes no código do aplicativo, há cerca de duas semanas.
As assinaturas foram lançadas nos principais mercados da Snap: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. O Brasil ficou de fora da etapa inicial e não há previsão do serviço desembarcar por aqui.
Fonte: Snapchat