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Selo de azul da Meta terá medidas de segurança para evitar fiasco do Twitter

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 22 de Fevereiro de 2023 às 12h09

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech

O programa Meta Verified deve ser lançado com algumas travas de segurança propositais. Após pagar a mensalidade de US$ 11,99 (cerca de R$ 60 em conversão direta), o usuário não poderá trocar o nome de usuário (o famoso arroba), a fotografia do perfil nem informações complementares, como a data de nascimento e o nome verdadeiro.

Quem precisar alterar qualquer um dos itens acima, precisará cancelar a inscrição e fazer uma nova adesão. Ao solicitar a verificação paga, a plataforma vai registrar todos os dados do perfil, impossibilitando a mudança posterior. É nesse momento que o algoritmo da rede social deve checar se o nome de usuário não tenta se passar por alguma marca ou empresas e se a imagem do perfil não viola os termos de uso.

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É claro que este é um baita empecilho para todos, inclusive para perfis legítimos que precisem alterar para uma logomarca comemorativa ou mudar informações para promover um produto ou serviço inédito. A Meta sabe disso e já trabalha em um recurso de "acompanhamento rápido", que permitirá a alteração dos itens acima mencionados sem precisar cancelar a assinatura.

Por enquanto, o selo deverá ser o mesmo para contas legadas (aquelas que já possuem a verificação atual) e para os pagantes. A Gigante das Mídias Sociais não descarta fazer algum ajuste futuro para o blue check ser focado na autenticidade de perfis.

A empresa disse que exibirá a contagem de seguidores de contas anteriormente verificadas em mais lugares para diferenciá-las das contas Meta Verified. Ao pesquisar por contas com o mesmo nome, vai ser possível ver a quantidade de seguidores diretamente na pesquisa. Para contas grandes, isso até pode ajudar, mas talvez seja insuficiente para perfis de pequenas e médias empresas.

Objetivo é evitar fiasco como do Twitter Blue

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A medida tomada por Mark Zuckerberg é para evitar problemas como os ocorridos no Twitter Blue. Na época do lançamento, a rede social de Elon Musk foi tomada por uma onde de perfis falsos, criados para caçoar de empresas grandes ou para enganar o usuário.

Como uma das vantagens do Meta Verified é dar mais alcance aos conteúdos, existe o temor de uso indevido para espalhar mensagens de ódio, fake news ou boatos. A companhia disse que monitorará as atividades em testes restritos para analisar o comportamento do usuário antes da liberação ampla.

"Se ocorrer uma violação, tomaremos medidas rápidas contra o comportamento prejudicial. Também continuamos a ter políticas que proíbem certos tipos de desinformação que podem ser prejudiciais e trabalhamos para retardar a disseminação de boatos e desinformação viral”, disse um porta-voz da Meta.

Para se inscrever, será preciso ter ao menos 18 anos, ativar a autenticação de dois fatores e enviar um documento de identificação oficial. A foto da documentação precisa estar alinhada àquela usada no Facebook ou no Instagram, e deve ser recente.

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A conta também deverá possuir um número mínimo de publicações e não ter sido criada recentemente. A Meta ainda não divulgou detalhadamente todos os requisitos, por isso fica difícil saber ao certo quais serão.

O programa Meta Verified inclui não apenas o selo azul, mas também recursos exclusivos, mais visibilidade para comentários e postagens e suporte dedicado com “uma pessoa real” quando você tiver problemas nas redes da companhia. O serviço deve chegar para usuários da Austrália e da Nova Zelândia nos próximos dias — não há previsão de desembarque no Brasil até o momento.