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Para Facebook e Instagram, é impossível acabar com fake news e discurso de ódio

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 26 de Julho de 2021 às 10h07

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Reprodução/Alex Haney/Unsplash
Reprodução/Alex Haney/Unsplash
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Para os diretores do Facebook e do Instagram, o discurso de ódio e as notícias falsas são um monstro impossível de se derrotar nas redes sociais. Os comentários de Mark Zuckerberg e Adam Mosseri, chefe do Instagram, foram feitos em resposta às críticas sobre a falta de moderação quando a esse tipo de publicação e, também, à fala do presidente dos EUA Joe Biden de que as plataformas são responsáveis por matar pessoas.

O fundador do Facebook comparou o trabalho de moderação e combate a esse tipo de publicação com o de uma força policial. Segundo ele, a expectativa da população é de que as autoridades sejam íntegras e realizam um combate eficaz, minimizando os casos e gerando mudança positiva. Por outro lado, segundo ele, ninguém espera que os crimes acabem definitivamente em um local assim nem comenta que os oficiais estão falhando quando alguma situação acontece.

Mosseri fez comentários semelhantes em uma postagem no Twitter, também falando sobre o assunto. Para ele, publicações racistas não têm espaço no Instagram, mas, ao mesmo tempo, são inevitáveis, já que existem pessoas com esse tipo de preconceito no mundo e elas levarão essa visão danosa às suas postagens no aplicativo. A ideia, segundo ele, é fazer com que o índice de discurso de ódio seja próximo de zero, com ferramentas que também protejam as vítimas de abuso.

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A visão de que as redes sociais se tornaram um celeiro de discursos indevidos também mostrou sua face durante a pandemia, com um aumento significativo nas notícias falsas sobre os efeitos do coronavírus e a eficácia das vacinas. Foi esse, inclusive, o principal motivo que fez com que celebridades e a Casa Branca voltassem seus olhos principalmente ao Facebook, que em comunicado pediu o fim das acusações.

A rede social citou dados indicando que houve aumento na aceitação de imunizantes por usuários constantes da rede social e que o escrutínio sobre este e outros assuntos é indevido. Informações sobre a moderação e o combate a conteúdo indevido também são exibidas, enquanto a plataforma lembra que é usada por bilhões de pessoas ao redor do mundo, em diferentes idiomas, e que lidar com um volume de tráfego e informação deste tamanho pode ser uma tarefa hercúlea.

No comunicado, o Facebook afirma ainda que concorda com a visão de Joe Biden de que a luta contra esse tipo de discurso deve ser de toda a sociedade. A rede social acredita estar fazendo sua parte, destinando recursos à luta contra a pandemia e indicando fontes seguras de informação, bem como dados sobre os casos e a vacinação contra o novo coronavírus, em um caminho que deve continuar a ser seguido por ela.

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“Apontando dedos”

A resposta vem após comentários do presidente americano Joe Biden no dia 16 de julho, quando perguntado pela imprensa americana sobre sua resposta a plataformas como o Facebook. De acordo com o líder, em palavras breves, a rede social está matando pessoas e mantendo uma pandemia entre a população americana que ainda não está vacinada.

Ainda no mesmo dia, o Facebook publicou um comunicado afirmando que o contrário, que a plataforma é capaz de salvar vidas e que as acusações de Biden não estão apoiadas em fatos. Na ocasião, a plataforma apresentou dados como 3,3 milhões de usuários de mapas interativos sobre a disponibilidade de vacinas ou informações seguras sendo exibidas a dois bilhões de utilizadores da rede social, afirmando que nenhum outro serviço da internet dá esse tipo de alcance a dados verídicos sobre a pandemia.

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Fonte: The Verge, Facebook