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Nova rede social do criador do Twitter, Bluesky abre lista de espera

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 31 de Outubro de 2022 às 17h59

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Reprodução/Bluesky
Reprodução/Bluesky

O cofundador do Twitter, Jack Dorsey, começou a trabalhar em uma rede social própria chamada Bluesky. Em tradução livre, o nome seria algo como "Ceúazul", dando a entender um amplo espaço de possibilidades positivas. A plataforma abriu uma lista de espera para os interessados: é só cadastrar o e-mail e aguardar.

Segundo a Bluesky, o próximo passo é testar o protocolo distribuído da rede social, já que a ideia é ser totalmente descentralizada. "Isso requer coordenação de muitas partes uma vez que uma rede é implantada, então vamos começar em beta privado para resolver os problemas", explicou à empresa via comunicado.

Enquanto testa tudo, Dorsey promete compartilhar detalhes sobre as especificações e o funcionamento do protocolo. Serão adicionadas ferramentas de segurança externas, além do Authenticated Transfer Protocol (ATP), que deve unificar vários sites dispersos, em múltiplos servidores do mundo inteiro, em uma só linguagem.

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O nome Bluesky deriva dessa proposta de abertura, já que a promessa é dar muita liberdade de criação sobre o ATP. Por operar em código aberto, a rede social deve estar sujeita ao crivo da comunidade e passar por constantes melhorias, sem depender da decisão única da diretoria para avançar ou retroceder — deve funcionar de modo similar ao Android e ao projeto Chromium.

É importante ressaltar que os dados do usuário estarão livres de influência governamental e controlados por eles mesmo. Isso significa que não haverá comercialização para outras corporações nem uso com propósitos financeiros, ao mesmo neste primeiro momento. É justamente por essa pegada diferente que a plataforma promete revolucionar o tratamento de dados pessoais.

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Como surgiu a Bluesky

A plataforma começou a ser gerada ainda em 2019, sob as asas do Twitter. Quando Dorsey deixou a plataforma, o projeto foi com ele. "O objetivo maior e de longo prazo é construir um protocolo aberto e duradouro para conversas públicas. Que não seja de propriedade de nenhuma organização, mas contribuído pelo maior número possível", ressaltou o fundador.

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A ideia de Dorsey é aproveitar o atual momento para fazer sua rede bombar. O Twitter foi vendido para Elon Musk, o que agradou muita gente, mas desagradou tantas outras; o Facebook se mantém como a maior rede social do mundo, mas teve o crescimento estagnado; e o Instagram passa por um delicado momento onde enfrenta bugs e acusações de impactar negativamente nos jovens.

Ainda não está claro quais são todas as "imensas possibilidades" prometidas pela Bluesky. O seu fundador é um grande apoiador do universo cripto e da tecnologia de blockchain, portanto é possível que a rede social seja operada neste formato. Dorsey é um grande crítico da centralização da web, pois acredita ser nocivo dar tanto poder para corporações.

Mas o grande objetivo parece ser criar uma plataforma que suporte outras redes sociais dentro dela, uma espécie de metaverso das mídias digitais. O jeito é aguardar o lançamento da versão beta para se ter melhor ideia do que Jack Dorsey está pensando para o futuro das relações sociais.