Lembra do Sarahah? Criador lança nova rede social Jornali
Por Felipe Demartini • Editado por Douglas Ciriaco |
Simular um livro de memórias virtual é a ideia do Jornali, nova rede social lançada no início de novembro. Por enquanto disponível apenas em inglês, a plataforma permite que seus amigos publiquem histórias, elogios e testemunhos a seu respeito em um mural de recados que ecoa aos velhos murais de recados dos primórdios da internet.
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A nova criação do empreendedor Zain-Alabdin Tawfiq, aliás, é semelhante a outra rede pensada por ele: o Sarahah. Focada no envio de mensagens anônimas aos cadastrados, a plataforma gerou polêmica justamente pela toxicidade, o que o levou a focar na segurança em sua nova empreitada.
Jornali: o Sarahah com proteção
Logo de início, antes mesmo de se registrar, o usuário já fica sabendo do compromisso dos idealizadores do Jornali com um ambiente seguro. As contas podem ser criadas apenas por pessoas reais e, enquanto pseudônimos podem ser utilizados nos cadastros, estão em vigor nos bastidores sistemas de filtragem de palavras e até verificação de identidade a partir de documentos oficiais, carteirinhas de universidades ou crachás de empresas.
Por outro lado, uma vez que um perfil é verificado, ele está apto a receber mensagens de qualquer pessoa, mesmo de quem não é cadastrado, o que representa um desafio adicional para os criadores do Jornali do ponto de vista da segurança. Não há um sistema de busca geral, com as postagens dependendo do compartilhamento dos próprios perfis pelas pessoas.
A checagem de documentos parece ser manual, com cada interessado realizando um cadastro específico com informações pessoais em troca de um selo de verificação, que libera os recursos adicionais para a conta. Além da documentação, é preciso ser maior de 18 anos e ter foto e nomes reais na conta.
Um livro de memórias virtual
Na visão do site, as pessoas deixam marcas nas vidas umas das outras, mas isso dificilmente é colocado em palavras. É daí que vem a proposta singela e o design simples do Jornali, que deseja funcionar como uma versão digital de livros de visitas, anuários universitários ou cadernos de assinaturas em casamentos ou aniversários, por exemplo.
O resultado, afirmam os criadores, é a geração de um “diário de memórias” da vida das pessoas. Ao mesmo tempo em que se colocam preocupados com a segurança, então, os criadores também pedem feedback, principalmente em relação à adição de novas funções e recursos que possam tornar a experiência mais intuitiva, interessante e, principalmente, menos tóxica.
Gratuito, o Jornali está disponível apenas em versão web em jornali.com, sem apps para Android e iOS.