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Instagram pode oferecer selo de verificado pago estilo Twitter Blue

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 03 de Fevereiro de 2023 às 10h25

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Montagem: Caio Carvalho/Canaltech
Montagem: Caio Carvalho/Canaltech
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O Instagram trabalha em um recurso para oferecer um selo de verificado pago aos usuários, segundo indícios encontrado por um vazador no código do app. A ideia seria semelhante ao Twitter Blue, que hoje entrega uma marca azul de diferenciação para quem assinar o serviço mensalmente.

A descoberta foi feita pelo desenvolvedor Alessandro Paluzzi, que compartilhou um print de tela e detalhes técnicos sobre o achado. Segundo o leaker, algumas linhas no código do Insta trazem dizeres inéditos e enigmáticos: "IG_NME_PAID_BLUE_BADGE_IDV" e "FB_NME_PAID_BLUE_BADGE_IDV".

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Em um rápido exercício de inglês, é possível notar três palavras-chave importantes: paid (pago), blue (azul) e badge (insígnia). O Instagram já utiliza um selo azul para mostrar a autenticidade de contas de influenciadores, empresas ou órgãos dos governos. Atualmente, a única forma de obter esse marcador é submetendo um pedido de verificação manual, caso o perfil atenda aos requisitos da plataforma.

As siglas IG e FB são claramente uma referência ao Instagram e ao Facebook. Ao que tudo indica, o pagamento pela insígnia azul autenticaria o perfil nas duas redes sociais pertencentes à Meta de uma só vez. Já as letras IDV poderia significa algo como "ID Verification" (verificação de identidade, em português), indicando o objetivo daquela ferramenta.

Paluzzi também alega ter visto um código referenciando a um novo tipo de assinatura. Como não há menção direta, seria imprudente afirmar que se trata desta nova modalidade, embora pareça ter alguma relação.

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Instagram Blue ou Facebook Gold?

Não está claro se a metodologia seria uma substituta do selo gratuito atual ou apenas uma alternativa para quem não deseja ficar refém do Instagram. Mesmo com esclarecimentos recentes, ainda é muito complicado obter a marca de autenticação da plataforma, porque os critérios seguem com toques de subjetividade. Influenciadores com 20 mil seguidores conseguem o selo, enquanto outros com milhões têm os pedidos inexplicavelmente ignorados.

Como é algo ainda nas linhas de código, totalmente camuflado, é difícil dizer se a Meta realmente pretende seguir os passos de Elon Musk. No Passarinho Azul, qualquer pessoa disposta a pagar US$ 8 ou US$ 11 (no iPhone) por mês pode ter um perfil "autenticado". Lá no Twitter foi uma estratégia de monetização, uma maneira para impulsionar as assinaturas do Blue e ainda gerar uma fonte de renda menos dependente dos anunciantes.

Instagram e Facebook também sofrem do mesmo mal, então não seria surpresa se Mark Zuckerberg e Adam Mosseri estivessem em busca de alternativas de lucro. Talvez faça até mais sentido por lá, afinal o selo no Instagram é muito mais raro que no Twitter, então algumas empresas e pessoas poderiam pagar sem reclamar.

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Mas vale lembrar o quão desastrosa foi a implementação da estratégia por Elon Musk, por isso a Meta precisa tomar cuidado se estiver planejando ir no mesmo caminho. Se acontecer, será necessário conduzir com muita cautela, caso contrário o Insta pode começar a descer do pedestal.

Recentemente, Mosseri disse que sua plataforma estava muito cheia de vídeos e que pretendia fazer ajustes para fortalecer novamente as fotos. A fala deu a entender que a rede pode mudar novamente seu caminho, devolvendo ao público algumas das características que fizeram o Insta tão popular.

Fonte: TechCrunch