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Governo dos EUA vai investigar TikTok por conteúdos de abuso infantil

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 15 de Abril de 2022 às 19h09

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Montagem: Caio Carvalho/Canaltech
Montagem: Caio Carvalho/Canaltech
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O governo dos Estados Unidos pode iniciar, em breve, uma investigação sobre a forma como o TikTok lida com abuso infantil. A ideia é analisar como a moderação age em casos desse tipo, principalmente no que toca a disponibilização de conteúdos e a proliferação de predadores sexuais na plataforma, bem como a maneira que alguns de seus recursos de privacidade podem ser usados para propiciar situações de assédio.

A investigação não foi confirmada oficialmente, como é padrão quando se trata de inquéritos governamentais em estágios iniciais, mas seria conduzida pelo Departamento de Segurança Nacional. A diretora da unidade de investigações sobre exploração infantil, Erin Burke, porém, já teria afirmado que o TikTok seria a plataforma de escolha dos predadores sexuais para encontrar, interagir e aliciar menores de idade.

Eles utilizariam perfis privados, fechados ao público e com senhas compartilhadas entre os assediadores, para publicar e trocar materiais de pedofilia. Nos conteúdos abertos, comentários com palavras cifradas ajudam outros abusadores a encontrarem materiais, assim como perfis que servem de entrada para grupos de troca de vídeos e imagens. Perfis desse tipo, vistos pela reportagem do jornal americano The Financial Times, já foram retirados do ar.

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As informações sobre a investigação também saíram na mesma reportagem, enquanto o próprio TikTok vê seus negócios expandirem, com a publicação de milhões de vídeos por dia e uma marca de mais de um bilhão de usuários ao redor do mundo. Em resposta a esse movimento, como forma de moderação, a companhia teria 10 mil analistas de conteúdo espalhados em diferentes países, com novas contratações a caminho para lidar com esse fluxo.

Ao mesmo tempo, também se multiplicaram os inquéritos em andamento pelo governo dos EUA, principalmente em casos relacionados ao abuso infantil. A empresa, em pronunciamento sobre as novas alegações, afirmou possuir uma política de tolerância zero quanto a materiais de assédio de menores, trabalhando de forma proativa para que a rede social seja segura aos menores de idade.

A companhia também apresenta números, como a retirada de 96% dos materiais que ferem suas políticas relacionadas a menores de idade antes mesmo que eles sejam visualizados pelos usuários — aqui, também se encaixam elementos como o uso de álcool e tabaco, além de materiais sexualmente provocativos. Em 2021, foram cerca de 155 mil vídeos denunciados pelos usuários e com ações tomadas pela companhia devido ao ferimento de diferentes termos de uso.

Fonte: The Financial Times