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Facebook vai alertar usuários que interagiram com fake news sobre COVID-19

Por| 16 de Abril de 2020 às 14h15

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Um estudo recente da Avaaz revelou que, apesar de dedicar grandes esforços, o Facebook não está conseguindo coibir a disseminação de falsas informações sobre a COVID-19 em sua plataform. Como resposta, a rede criada por Mark Zuckerberg anunciou que passará a emitir alertas e notificações a usuários que tenham interagido com conteúdo marcado como falso, com a missão de gerar um senso de urgência na forma como seus membros utilizam a plataforma.

Atualmente, o Facebook conta com marcações visuais exibidas em conteúdos que são comprovadamente falsos. Usuários podem denunciar informações suspeitas e organizações independentes de checagem de fatos também atuam em parceria com a rede social para esta finalidade. A novidade que se refere aos alertas diretos é uma extensão desse mecanismo: se, diante de um conteúdo marcado como falso, um usuário compartilhar ou mesmo curtir o post, o Facebook emitirá um alerta mostrando que o conteúdo prestes a ser compartilhado contém informações falsas.

A medida parece em sincronia com a política do Facebook de marcar, mas não deletar, posts que contenham desinformação ou fake news sobre a atual pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Entretanto, o estudo da Avaaz indica que o volume de informações erradas é tão grande que a rede social simplesmente não dá conta: mesmo diante das marcações e indicadores visuais, posts contendo informações mentirosas foram compartilhados 1,7 milhão de vezes e visualizados por 117 milhões de pessoas, segundo o levantamento.

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Bom, mas não suficiente

O estudo se posiciona de forma crítica ao Facebook, que elaborou todo um mecanismo para combater fake news em relação à COVID-19, mas não repete esse empenho em outros assuntos.

“Nós estamos vendo o Facebook, ainda mais agora com a COVID-19, ser muito mais aberto à ideia de ir mais além”, disse Christoph Schott, um diretor de campanhas da Avaaz. “E o que vemos é que o próximo passo é óbvio. Se você pode fazer isso [referindo-se aos recursos de marcação de conteúdo falso] para a COVID-19, por que não fazer o mesmo em um post que diz algo como ‘Vacinas fazem mal para crianças e causam autismo’? Não há razão para não implementar isso em outras desinformações desta mesma forma”.

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Você deve reconhecer o nome da Avaaz como aquela empresa que hospeda petições online em vários assuntos, mas a companhia faz muito mais que isso: nos anos recentes, ela se destacou como uma das maiores críticas de plataformas sociais, bem como tomadora de ações de combate à desinformação. Atualmente, as denúncias da empresa removeram do Facebook cerca de 17 posts que, estima-se, poderiam atrair mais de 2 milhões de visualizações.

Entretanto, a Avaaz é apenas uma entidade, entre muitos atores que dispersam notícias falsas sobre a COVID-19 e outros assuntos: no Brasil, por exemplo, o boato mais recente — e já amplamente desmentido — é o de que água tônica serviria para combater infecções pelo novo coronavírus por conter em sua composição um elemento químico que serve de base para o remédio chamado cloroquina.

Fonte: Venture Beat