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Facebook garante que conteúdos políticos não são os mais populares na rede

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 19 de Agosto de 2021 às 08h45

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Reprodução/Facebook
Reprodução/Facebook
Tudo sobre Facebook

Embora as redes sociais sejam a principal ferramenta de comunicação para políticos para se conectarem com eleitores, o Facebook afirmou nesta quarta-feira (18) que esse tipo de conteúdo está longe de ser o mais popular da plataforma. O dado surpreende, já que a maioria das polêmicas atuais envolvendo autoridades políticas tem alguma mídia social como palanque.

A informação foi revelada no relatório Widely Viewed Content Report (Relatório de Conteúdo Amplamente Visto, em tradução livre). A pesquisa leva em conta dados coletados pela rede social no segundo trimestre de 2021 nos Estados Unidos.

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Até então, tinha-se a impressão de que as figuras políticas polarizadas estavam entre as de melhor desempenho na plataforma, mas as informações apuradas pela CrowdTangle, serviço de propriedade do Facebook, mostra que postagens mais moderadas têm muito mais engajamento na rede. O percentual de engajamento dos políticos é muito menor do que temas leves como memes, entretenimento, música ou esportes.

O levantamento mostra que os domínios mais populares em termos de interação com seguidores apontavam para o YouTube, a Amazon, o Unicef, o Spotify e o TikTok. Com exceção do órgão da ONU voltado para os direitos da criança, todos os demais são serviços voltados essencialmente para o entretenimento.

Links com mais visualizações

Entre os links com maior taxa de cliques, por exemplo, estava o site de uma organização associada a ex-jogadores de futebol americano da equipe Green Bay Packers. Foram mais de 87 milhões de espectadores, todos interessados nas atividades oferecidas pelos veteranos.

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Na segunda posição da lista do Facebook está uma loja online especializada no comércio de produtos feitos a partir do Canabidiol (CBD). Esse tipo de medicamento é usado no tratamento de doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas, como esclerose múltipla, esquizofrenia, mal de Parkinson, epilepsia ou ansiedade.

Outro domínio que ganhou muita atenção dos usuários foi o Tumblr, com o GIF de dois gatos com os rabos entrelaçados como um abraço. Essa página teve mais de 49 milhões de visualizações e ficou na terceira posição do ranking.

Páginas com mais visualizações

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Já quando o assunto são as páginas públicas, a lista do Facebook contempla publicações de grande alcance relacionadas a causas sociais e veículos noticiosos. A página do Unicef ocupa do topo da lista, seguida pelos perfis The Dodo, LADbible e Sassy Media — essas últimas são empresas de mídia especializadas em conteúdo viral desconhecidas por parte do público brasileiro, mas famosas para falantes do inglês.

Você pode pensar que esses perfis de grupos midiáticos podem apostar em conteúdo político para gerar engajamento. No entanto, os posts com mais repercussão são os que tratam sobre animais de estimação, culinária, família e memes, conforme o Facebook.

Perfis também se destacaram

Em relação a posts de perfis individuais, o mais visto neste último trimestre foi uma coletânea de memes baseados em texto. Uma das ideias da brincadeira era encorajar os usuários a responder perguntas de modo divertido sobre quais alimentos eles detestam.

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Outro post viralizado foi um caça-palavras que desafiava o usuário a encontrar três palavras escondidas sobre a sua vida. Somente esses dois posts tiveram mais de 80 milhões de visualizações somadas.

O Facebook busca esclarecer a opinião pública para desmistificar a crença de que polêmicas são as publicações mais populares na rede. A rede promete divulgar esse relatório com mais regularidade para ajudar criadores de conteúdo a saber o que está em alta e quais temas podem ser explorados para gerar identificação do usuário.

Um dado curioso do levantamento é a revelação de que mais da metade das postagens que os usuários veem em seus feeds são de amigos e familiares. Isso é reflexo das mudanças feitas no algoritmo justamente para focar nesse público, mas que praticamente mataram o alcance regular das páginas comerciais e reduziram os conteúdos de grupos.

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É preciso destacar que o relatório só considerou posts públicos, sem analisar os marcados com configurações de privacidade restrita. Isso não chega a ser um problema, já que os posts privados não trazem a opção de compartilhamento ativado, o que restringe o alcance.

Ainda que o Facebook tente mostrar que política não é tão relevante assim na rede social, é difícil imaginar que esse relatório faria com que a plataforma deixe de ser usada com esse objetivo. Afinal, a rede ainda é a maior do mundo e concentra uma gigante massa de público diversificado.

Fonte: Facebook