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Facebook adotará política para proteger figuras públicas de assédio e ataques

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Outubro de 2021 às 16h00

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Pexels/Luca Sammarco
Pexels/Luca Sammarco
Tudo sobre Facebook

O Facebook vai introduzir novas políticas de privacidade para proteger usuários do assédio e das intimidações na rede, em especial para contas de personalidades, políticos ou influenciadores digitais com alto risco de danos no ambiente online. Segundo o Chefe de Segurança do Facebook, Antigone Davis, a empresa deseja derrubar campanhas de "cancelamento" ou ataques coordenados a determinadas pessoas, mesmo se o conteúdo não violar as diretrizes de segurança.

Conforme explicou Davis, a rede social removerá textos ou vídeos ameaçadores em qualquer formato, sejam mensagens diretas, comentários ou postagens, inclusive páginas e outras ferramentas associadas ao ato de assédio. Um exemplo típico desta situação ocorreu durante o programa Big Brother Brasil, quando a participante Karol Conká foi bombardeada por mensagens ameaçadoras no Instagram por conta de suas atitudes dentro do reality show.

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Ainda na mesma linha, o Facebook também pretende remover perfis, páginas e grupos dedicados a sexualizar indivíduos públicos, como artistas ou celebridades, o que inclui associações falsas, ilustrações e fotomontagens que atentem contra a honra dessas pessoas. Essa pode ser uma medida que dará trabalho às equipes da plataforma em período eleitoral, quando candidatas mulheres costumam ser alvo de campanhas machistas na web.

Esse tipo de ataque virtual pode ser letal para muita gente, mas é ainda mais preocupante para figuras públicas, já que estas dependem da sua imagem para sobreviver. Na maioria dos casos, os ataques são coordenados por fatores que nem nada ter a ver com o trabalho da pessoa, o que ainda é ainda mais grave. O Facebook pretende também adicionar proteções extras para indivíduos que se tornaram famosos involuntariamente ou de modo repentino, como jornalistas, ativistas ou pessoas ligadas a famosos.

Facebook pressionado por mudanças

Tudo isso é parte de uma pressão que a plataforma sofre para agir mais ativamente no combate a bullying e assédio em todos os seus aplicativos. A rede social foi alvo de uma série de matérias do Wall Street Journal cujo enfoque eram as pesquisas internas que revelaram impactos nocivos do Instagram na forma como as adolescentes enxergam o próprio corpo. As críticas seriam porque o Facebook sabia dos resultados negativos, mas não teria feito nada para combatê-los, o que levou à empresa a cancelar uma versão "Kids" do Insta.

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Além desse fato, é bem comum casos de racismo ou cancelamentos em massa tomarem perfis de desafetos, como ocorrido após a final da Euro 2020, quando três jogadores negros da seleção inglesa foram vítimas de uma onda de ataques racistas após a derrota para a Itália. Na época, o chefe do Instagram, Adam Mosseri, prometeu novos recursos voltados para a proteção de todos os usuários.

Na semana passada, o Instagram disse que passaria a emitir um alerta sempre que o adolescente passasse tempo demais na frente do aplicativo. Em julho, foram inseridos mecanismos para evitar mensagens indesejadas no Direct ou comentários de desconhecidos em perfis de jovens.

Fonte: Facebook