Executivo do Facebook Messenger detalha iniciativas para combater desinformação
Por Ramon de Souza | 15 de Setembro de 2020 às 23h00
Seguindo os passos do WhatsApp, o Messenger acaba de anunciar, recentemente, limites bem rígidos para compartilhamento em massa de mensagens. O objetivo, naturalmente, é combater o spam e evitar a disseminação de notícias falsas. Stan Chudnovsky, vice-presidente do mensageiro do Facebook, recentemente deu uma declaração oferecendo mais detalhes a respeito dessa nova estratégia da companhia.
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“O Messenger é obviamente um meio privado de comunicação. E queremos ter certeza de que ele permaneça privado. Esta é uma prioridade muito importante para nós. Mas quando os usuários começaram a encaminhar mensagens em grande escala, o Messenger deixou de ser uma conversa privada e tornou-se uma ferramenta para compartilhamento de informações de um para muitos”, explica o executivo.
Por isso, a companhia decidiu limitar o encaminhamento de mensagens para até cinco contatos e cinco grupos de cada vez. Para Chudnovsky, o objetivo é desincentivar a prática de spam, visto que tal limitação dificulta bastante a disseminação de desinformação em grande escala ao exigir um trabalho manual muito maior.
“Certas informações não podem ser encaminhadas muitas vezes. Isso é algo que achamos que realmente vai ajudar a impedir a disseminação de desinformação, especialmente nos momentos em que estamos agora”, comenta, citando períodos eleitorais e a crise da COVID-19, duas temáticas que estão sendo altamente abusadas por manipuladores de informações.
Vale lembrar também que o Facebook e o Messenger possuem uma integração de fact-checking, e, se uma notícia for considerada maliciosa na rede social, o mensageiro também avisará sobre a natureza daquele conteúdo dentro de uma conversa — isto é, é claro, sem infringir a privacidade de seus usuários.
De acordo com Stan Chudnovsky, o mensageiro do Facebook foi feito para simular “uma conversa privada” entre duas pessoas em uma sala; a partir do momento em que mensagens são disparadas em massa, ela se torna uma ferramenta de difusão
Fonte: TechCrunch