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Facebook apresenta o que vai fazer para combater a desinformação

Por| 11 de Abril de 2019 às 13h37

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Facebook apresenta o que vai fazer para combater a desinformação
Facebook apresenta o que vai fazer para combater a desinformação
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Não é nenhuma novidade que o Facebook vem enfrentando diversos problemas nos últimos anos. Mas, ciente disso, a rede social está realizando várias pequenas tarefas e mudanças na esperança de solucionar seus maiores problemas.

Nesta quarta-feira (10), a empresa anunciou uma grande quantidade de atualizações nos métodos de como lida com a desinformação e conteúdos problemáticos não só na rede social, mas também no Instagram e no Messenger. Para promover essas atualizações, o Facebook realizou um evento de quatro horas em sua sede em Menlo Park. Ao todo 20 repórteres estavam presentes para ouvir o que colaboradores de vários setores estão preparando para mudar esse cenário.

É sabido que por anos a empresa de Mark Zuckerberg tem lutado contra a disseminação de conteúdos controversos, tais quais as eleições, antivacinação, violência e discursos de ódio. O Facebook tem tentado remover as postagens que vão contra as suas políticas e reduzir a disseminação de conteúdos que não violam, explicitamente, as suas regras, mas que ainda sejam problemáticas.

O vice-presidente de integridade, Guy Rosen, explicou que as informações não são removidas simplesmente por serem falsas, pois ele acredita que é precisa “encontrar um equilíbrio”. Ainda, ele diz que em casos em que informações falsas estejam sendo compartilhadas por pessoas reais, ele pretende “reduzir a distribuição e fornecer contexto."

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Indo nessa lógica, o Facebook disse, durante o evento, que diminuirá o alcance de grupos que compartilham esse tipo de conteúdo, empurrando essas postagens para locais mais baixos no feed para que menos pessoas possam entrar em contato com elas. Essas ações se valem muito da política da rede social, que proíbe conteúdos que possam acabar resultando em violências físicas de forma iminente.

Por outro lado, os funcionários defenderam a decisão de não proibir toda e qualquer desinformação que seja veiculada nos produtos da companhia. Tessa Lyons, chefe de integridade do feed de notícias do Facebook, explicou que quando se trata de determinar sobre o que é o mal, é realmente difícil “traçar uma linha entre um conteúdo e algo que acontece com as pessoas offline".

Ela dosse que há certa tensão entre permitir a expressão, o discurso e a conversa, e garantir que as pessoas estejam vendo informações autênticas e precisas. Lyons também afirmou que nenhuma empresa privada deve tomar decisões sobre “quais informações podem ou não ser compartilhadas online".

Renee Murphy, analista da empresa de pesquisa Forrester, que atua no setor de segurança e risco, disse que muito embora as medidas do Facebook sejam positivos, elas não parecem ser suficientes para resolver os maiores problemas da rede, pois é difícil imaginar uma solução em que possa existir uma forma de administrar e fiscalizar a troca de informações com precisão total.

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Mesmo assim, é válido destacar que a rede social de Zuckerberg está tentando ser mais transparente com os usuários quanto as explicações de suas tomadas de decisão. Como parte do esforço, a empresa está adicionando uma nova seção à plataforma, onde os usuários podem acompanhar as atualizações das políticas de uso.

Em suma, é notório como Facebook não opta por simplesmente bloquear postagens ofensivas, tentando encontrar soluções que possam oferecer mais confiabilidade sem precisar tirar o direto de compartilhamento dos seus usuários.

Fonte: CNN