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Ex-funcionário do Facebook defende publicidade bancar criptografia do WhatsApp

Por| 27 de Setembro de 2018 às 16h28

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A entrevista divulgada nesta quarta-feira (26) com Brian Acton, fundador do WhatsApp, levantou uma polêmica em relação à publicidade e uso de dados de usuários no app. Agora é Alex Stamos, ex-chefe de segurança do Facebook, quem comenta o caso e vem defender que a plataforma deve, sim, aceitar um modelo de negócios que inclua propagandas.

Stamos, que deixou a empresa de Mark Zuckerberg há dois meses para seguir carreira acadêmica, defende em post no Twitter que, para garantir a segurança da criptografia de ponta a ponta de apps mensageiros, é preciso um alto nível de investimento, o que só se torna sustentável se isso for monetizado.

O ex-funcionário do Facebook foi polido em seu comentário. “Eu não quero dar um peso pessoal à luta entre WhatsApp e Facebook, já que há pessoas que eu respeito em ambos os lados, mas sim usar isso como uma oportunidade para falar sobre criptografia de ponta a ponta”, coloca no Twitter.

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Sobre o tema, ele levanta que acredita que a comunicação deva ser independente de controle de empresas e organizações governamentais, mas que, para isso, são necessárias duas coisas.

A primeira é que países com peso comercial na plataforma reconheçam a importância disso. “O que inclui Estados Unidos, União Europeia e Índia, no mínimo”, pontua. Isso significa, segundo ele, que uma legislação forte para o setor pode retirar alguns benefícios de usuários em favor da segurança. Vale lembrar que grande parte dos sistemas de privacidade de empresas exigem uma série de protocolos que dificultam e atrasam a vida do usuário em prol da confiabilidade do sistema.

Outra questão levantada por ele é a de que o mercado precisa buscar um modelo sustentável para plataformas de comunicação encriptadas de ponta a ponta. Neste sentido, ele aponta que acha que o serviço financiado por Acton, o Signal, ainda não é capaz de fazer isso para grandes empresas, nem em grande escala.

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Após discorrer sobre alguns outros casos, a conclusão a que Stamos chega é de que a adição de publicidade no WhatsApp poderia levantar o montante necessário para garantir a segurança da plataforma, e não para retirar a privacidade de usuários. “[...] aqueles que prezam por privacidade não deveriam ver a monetização do WhatsApp como algo nefasto. Na verdade, nós deveríamos querer que WhatsApp demonstre que criptografia de ponta a ponta e a receita são compatíveis. Esta é a única forma da criptografia de ponta a ponta ser uma ferramenta de massa sustentável, não apenas para plataformas de nicho", conclui.

Os 13 tweets sobre o assunto estão disponíveis em modo público no perfil pessoal de Stamos.

Entenda o caso

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Há um mês, o Facebook informou que o WhatsApp pode passar a receber publicidade no Status (sistema semelhante ao Stories do Instagram) como forma de monetizar a plataforma. A questão levantou polêmica sobre o uso de informações pessoais de usuários como forma de aprimorar publicidade no aplicativo.

Tal assunto se agravou ainda mais depois do caso Cambridge Analytica, no qual dados de 84 milhões de usuários do Facebook foram usados de forma indevida. O evento levantou dúvida de especialistas sobre a capacidade e até vontade da empresa detentora do WhatsApp em realmente cuidar da privacidade de seus usuários.

O tema ganhou mais força nesta quarta, quando o co-fundador e ex-cabeça do WhatsApp disse à Forbes que se considerava um “vendido” por ter negociado o app com o Facebook. Segundo Acton, ele teria vendido a privacidade de seus usuários para uma intenção maior do Facebook, em referência à publicidade na plataforma.

Além de Stamos, outro personagem desta história saiu em defesa do Facebook. David Marcus, responsável por blockchain na rede social, chamou a atitude de Acton de passivo-agressiva.

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Fonte: Twitter