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Diretoria do Twitter não teria gostado de oferta de compra por Elon Musk

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Abril de 2022 às 17h49

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Brett Jordan/Unsplash
Brett Jordan/Unsplash
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A diretoria do Twitter não estaria nada feliz com a proposta de compra da rede social, feita por Elon Musk na quinta-feira (14) por um valor de US$ 43 bilhões. O assunto teria sido o tema de uma reunião emergencial do quadro de controladores da companhia, horas após o recebimento da oferta considerada desagradável. A ideia, agora, seria colocar em prática estratégias que evitem uma tomada hostil da companhia.

A oportunidade de venda, que tornaria o Twitter novamente uma empresa de capital privado, apareceu depois que Musk se tornou o maior acionista da rede social, com 9,2% de suas cotas. Na ocasião, ele também chegou a ser cogitado para o quadro de diretores da empresa antes de ter o assento negado. Daí, veio a oferta de compra, registrada na Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e focada, de acordo com o bilionário, no crescimento sustentável da companhia.

As mudanças, bem como a proposta, geraram atrito entre o maior acionista e a diretoria do Twitter, que sugere a tomada de medidas previstas em seus estatutos contra uma tomada hostil. Entre as possibilidades estaria o uso de “poison pills”, uma grande emissão de ações que invadiriam o mercado de uma só vez, diluindo o controle dos maiores acionistas e tornando a manutenção de um poder desse tipo mais difícil e cara, mas que também causariam grande desvalorização dos papéis. Outra possibilidade seria a emissão de ações preferenciais, que não precisariam de aprovação prévia do restante dos investidores.

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Enquanto isso, Musk levou o tema ao próprio Twitter e, em postagem, lançou ao público o questionamento sobre quem seria o responsável pela decisão de tornar a empresa privada, seus acionistas ou o quadro de diretores. A primeira opção está à frente no momento em que esta reportagem é escrita, com 83,5% dos mais de 2,7 milhões de votos já registrados.

Além disso, na quinta, Musk voltou a afirmar, em entrevista ao TED, que a busca por liberdade de expressão está acima do dinheiro no tema da aquisição, um argumento que ele também já havia apresentado à SEC quando fez a oferta de compra. O bilionário, entretanto, não entrou em detalhes sobre as mudanças que faria, afirmando apenas acreditar no potencial do Twitter, mas acreditar que ele só poderia ser alcançado caso a companhia se tornasse privada.

Musk afirmou ter um plano B caso sua proposta de compra não seja aceita. Ele não deu mais detalhes ao TED, mas a resposta pode estar na proposta de aquisição feita diante do governo dos EUA, na qual ele afirma que repensaria sua posição como acionista caso receba uma negativa. Com ânimos acirrados, a alternativa pode ser interessante para os acionistas, apesar do ônus financeiro trazido junto com ela. Por enquanto, porém, nada resolvido.

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Fonte: The Verge