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Algoritmo do Facebook promove posts negacionistas sobre Holocausto, diz estudo

Por| 17 de Agosto de 2020 às 11h54

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Um estudo realizado pelo Institute for Strategic Dialogue (ISD), um grupo britânico que combate comportamentos extremistas na internet, revelou que o algoritmo do Facebook está promovendo postagens e páginas que negam a existência ou a importância do Holocausto, um dos episódios mais tristes e revoltantes da história da humanidade.

De acordo com o relatório do instituto, foram descobertos ao menos 36 grupos dentro do Facebook e mais de 360 mil seguidores somados. Durante as pesquisas feitas por parte dos membros da instituição, ao seguir uma dessas páginas, muitas outras eram sugeridas pela rede social. Além disso, ao pesquisar o termo "Holocausto", os resultados prioritários também eram dessas páginas e postagens negacionistas.

De acordo com um porta-voz do Facebook, todas as postagens que tentem defender ou neguem o Holocausto são removidas da rede social: "Embora não retiremos conteúdo simplesmente por ser mentiroso, muitas postagens que negam o Holocausto frequentemente violam nossas políticas contra discurso de ódio e são removidas".

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Esse estudo aparece justamente em meio a ações que o Facebook tem tomado para acabar com esse comportamento. Na última terça-feira (11), a rede social baniu publicações conspiratórias que confabulavam teorias sobre judeus, como o controle do mundo.

Outras redes também têm esse conteúdo

Os pesquisadores também descobriram que materiais semelhantes apareciam no Twitter, YouTube e Reddit. Um dos coordenadores de pesquisa do ISD, Jakob Guhl, disse ao The Guardian que essas plataformas já tinham as ferramentas de que precisam para remover grande parte desse tipo de conteúdo, o que levanta suspeitas sobre como as empresas estão lidando com isso.

Ainda segundo o periódico britânico, os pesquisadores fizeram uma varredura nos últimos dois anos e encontraram 2.300 postagens no Reddit com menção ao termo “holohoax", usado por negacionistas. Já no Twitter, foram 19 mil postagens e interações. Há, também, algo em torno de 9.500 vídeos no YouTube. Entre as 20 mensagens mais retuitadas no Twitter que usavam a frase “holohoax”, 14 continham a negação explícita do Holocausto.

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“Em países onde é ilegal, como Alemanha, França e Polônia, esse conteúdo não é permitido de acordo com a lei. Encontrar o equilíbrio certo entre manter as pessoas seguras e permitir a liberdade de expressão é difícil e sabemos que muitas pessoas discordam veementemente de nossa posição. Estamos constantemente desenvolvendo e revisando nossas políticas e consultoria com organizações em todo o mundo para garantir que estamos fazendo tudo certo", disse o Facebook.

Fonte: The Next Web, The Guardian