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Watchmen | Rorschach terá nova história que se passa 35 anos após trama original

Por| 15 de Julho de 2020 às 17h40

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A DC Comics anunciou nesta quarta-feira (15) uma nova maxissérie derivada de Watchmen. Rorschach será lançado pelo selo adulto e autoral Black Label em 12 edições, sob os cuidados do elogiado roteirista e ex-agente da CIA Tom King, ao lado dos artistas Jorge Fornés (ilustrações), Dave Stewart (capas) e Clayton Cowles (arte-final).

Segundo a sinopse emitida, pelo comunicado, a trama acontece décadas após a conclusão dos eventos de Watchmen:

Faz 35 anos que Ozymandias foi exposto por jogar uma lula telepática gigante sobre a cidade de Nova Iorque, matando milhares e acabando com a confiança que o público tinha nos heróis de uma vez por todas. Os Minutemen se foram; apenas a memória deles permanece viva. O infame Rorschach tornou-se um ícone cultural, desde que o Dr. Manhattan o transformou em pó. Rorschach pode ter falado a verdade, mas ele não era um herói...
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Então, o que significa quando Rorschach reaparece como parte de de um caso que envolve um par de assassinos tentando matar o primeiro candidato a se opor ao presidente Robert Redford em décadas? Siga um determinado detetive, enquanto ele caminha para trás no tempo, descobrindo as identidades e os motivos dos possíveis criminosos, levando-o a uma profunda conspiração de invasões alienígenas, benfeitores desonrados, visões místicas e, sim, histórias em quadrinhos

King afirmou que a história deve manter o tenso ambiente político da maxissérie de Alan Moore e Dave Gibbons. "Assim como na atração da HBO e muito semelhante ao Watchmen original de 1986, este é um trabalho muito político. É um trabalho raivoso. Estamos tão raivosos o tempo todo neste momento, e precisamos fazer algo com essa raiva. Chama-se Rorschach não por causa do personagem Rorschach, mas porque o que você vê nesses personagens diz mais sobre você do que sobre eles", provocou, no comunicado oficial.

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Obra deve mesclar versões de Rorschach

Embora Rorschach tenha índole questionável, são dele as frases e os momentos mais viscerais de Watchmen. Não à toa, todas as adaptações e derivados da obra de Moore e Gibbons mantiveram o personagem em destaque, pois ele talvez seja a mais popular figura do grupo. Como os fãs parecem cada vez mais sedentos por conteúdo desse universo, a DC Comics tratou logo de aproveitar o hype e capitalizar sobre sua propriedade — sem a bênção de Moore, claro.

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E, ao que parece, a novidade deve unir as várias concepções do investigador de Watchmen em uma história que pode trazer elementos da maxissérie original, da série da HBO e de O Relógio do Juízo Final, material de Geoff Johns e Gary Frank que basicamente funcionou como um soft reboot e trouxe os personagens de Watchmen ao cânone oficial do Multiverso DC.

Atenção abaixo há spoilers sobre as obras citadas acima!

Como vimos na trama original de Watchmen, Rorschach descobre uma conspiração em que o ex-aliado Adrian Veidt/Ozymandias planeja unir o mundo “à força” e impedir uma Terceira Guerra Mundial ao emular uma invasão alienígena. No final, Rorschach, que pretendia expor a verdade sobre essas maquinações, é desintegrado pelo Dr. Manhattan. No entanto, nas páginas finais, um editor de jornal recebe uma cópia de seu diário — o que sugeria a continuidade da “obra” de Rorschach por meio de possíveis seguidores.

Em 2012, dois anos depois de Zack Snyder levar Watchmen para as telonas, a DC também aproveitou a popularidade do grupo para lançar séries que serviam como histórias complementares, anteriores ao que vimos na maxissérie original. Embora trouxesse autores de peso e algumas edições bem interessantes, a exemplo das de Ozymandias, o projeto Antes de Watchmen não foi muito bem junto à crítica ou ao público.

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Já em 2019, a série da HBO mostrou o legado de Rorschach na forma de um grupo de extrema direita, que usa suas máscaras como forma de “corrigir” a sociedade — claramente uma visão ainda mais distorcida do que o personagem enxergava como “certo” e “errado”. Vale destacar que o próprio Alan Moore usava o Rorschach, assim como o Comediante e Ozymandias, como críticas ao “bom-mocismo” dos heróis tradicionais. Era uma forma de mostrar como uma perspectiva alimentada pelas facetas sombrias do ser humano podem deturpar a concepção de “justiça” desses vigilantes. Ou seja, Damon Lindelof fez uma projeção bem fiel às ideias iniciais de Moore e Gibbons.

No mesmo ano, O Relógio do Juízo Final mostrou que o novo Rorschach é o filho do psiquiatra que atendia Walter Kovacs, o vigilante original. Reggie Long, embora lembrasse bastante e até acreditasse ser Kovacs, mostrou-se menos paranoico e mais empático do que o personagem original. Na trama, ficamos sabendo que foi ele quem pegou o diário de Rorschach, que mais tarde foi parar nas mãos do Batman.

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Então, segundo as descrições da nova maxissérie, Tom King deve reunir os elementos que funcionaram em todas essas versões em uma análise que também traz de volta o lado investigador herdado do Questão. Para quem não sabe, Rorschach foi baseado neste personagem criado na Charlton Comics, editora que vendeu várias propriedades para DC Comics nos anos 1980 — e isso é assunto para outro dia.

Rorschach #1 tem lançamento previsto lá fora no dia 13 de outubro.

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*Com informações e imagens do CBR.