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Alien revela o chocante e trágico destino dos sobreviventes da franquia

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Marvel Comics
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Alien e Predador são duas franquias que nos últimos anos vêm atualizando suas mitologias por meio dos quadrinhos, depois da aquisição da Fox pela Disney. Ambas vêm recebendo um tratamento parecido com o que a Marvel Comics vem dando para Star Wars, com lacunas sendo preenchidas, alguns elementos sendo atualizados e outros sendo introduzidos. E, em uma nova HQ, finalmente temos uma resposta, ainda que sombria, sobre o que acontece aos sobreviventes dos Xenomorfos.

Atenção para spoilers de Alien Vol. 4#1!

Claro que, para falar sobre esses sobreviventes é preciso relembrar um pouco a franquia Alien e os elementos envolvidos nessa revelação, em especial a corporação tecnológica Weyland-Yutani, que, ao longo dos filmes, especialmente em Prometheus (2012), revelou-se como a grande vilã do panorama geral de toda a série.

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A Weyland-Yutani é uma projeção do avanço tecnológico sem escrúpulos do ser humano. É o extremo da cobiça pelo poder, dinheiro e conhecimento a todo custo. É ela quem banca as viagens espaciais e foi a responsável por construir os andróides sencientes que costumam aparecer em todos os filmes, desde o Bishop do primeiro Alien, O Oitavo Passageiro (1979).

Como toda corporação, há um motivo nobre, a descoberta do cosmos e de vida alienígena; mas a agenda secreta da empresa, que inclui terraformação e experimentos com humanos e extraterrestres, por exemplo, tornou-a na verdadeira vilã de Alien. E isso vem sendo bastante explorado no início do título mensal da franquia na Marvel Comics.

A Weyland-Yutani tem tudo, menos os Xenomorfos, e, agora, depois de todos os filmes, livros, games e quadrinhos, temos uma clara visão de que a companhia tem como grande objetivo encontrar e estudar essa espécie.

Além de respostas sobre a pergunta primordial da humanidade “de onde viemos”, a corporação também almeja expandir sua tecnologia e combinar com as novas forma biológicas que poderiam derivar os chamados “biomecanóides” — uma forma híbrida de seus andróides sencientes com as descobertas a partir dos Xenomorfos.

O que acontece com os sobreviventes das tramas de Alien?

Em Alien Vol. 4 #1, lançado recentemente, Zasha Zahn, que era a protagonista do volume anterior nos quadrinhos, agora atende pelo nome de Cole e lidera uma expedição financiada e supervisionada pelo próprio Yutani, da corporação que leva parte de seu nome.

Zasha tem uma motivação a mais para chefiar a equipe: a lua na qual o projeto está sendo conduzido é o mesmo mundo onde ela foi criada; e o mesmo local do assassinato de sua família pelos Xenomorfos e do surgimento da nova variante branca de aliens.

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E aí é que vem a chocante revelação sobre os sobreviventes das aventuras anteriores envolvendo os Xenomorfos: a trama da HQ revela que Weyland-Yutani está interessada em contratar pessoas que tenham experiência com os aliens. À primeira vista, isso não chega a ser algo ruim, pois faz sentido a companhia buscar profissionais que saibam lidar com armas biológicas na forma de extraterrestres agressivos.

Mas vale lembrar a maneira como a Weyland-Yutani faz isso, pois o enredo de Aliens, O Resgate (1986), é bem parecido. Ellen Ripley (Sigourney Weaver) foi convocada pela companhia apenas alguns anos depois de sobreviver aos eventos trágicos mostrados no primeiro filme, justamente para compartilhar seu conhecimento sobre os Xenomorfos e auxiliar fuzileiros navais na colônia LV-426.

Fica claro na conclusão do filme que, embora a estratégia de ter uma pessoa experiente com o assunto faça sentido, tudo o que a corporação faz gira essencialmente em torno de experimentos, coleta de dados e material genético; a segurança dos integrantes é o que menos importa no planejamento da expedição. Ou seja, todos ali, inclusive a veterana no assunto, são descartáveis; a presença de Ripley era apenas uma maneira de a companhia explorar mais a fundo um ninho de Xenomorfos assassinos — uma missão suicida.

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Como o enredo da HQ acontece cerca de 30 anos após os eventos de Aliens, O Resgate e Alien 3 (1992), então, fica claro que a presença de Zasha também se dá apenas para que a missão suicida avance um pouco mais — sem um sobrevivente experiente no assunto, nenhuma expedição tem a mínima chance de resistir sequer à primeira onda de ataques de Xenomorfos.

Assim, a HQ confirma a Weyland-Yutani como a verdadeira vilã da franquia, trocando vidas pelos seus objetivos. Além de colocar seus profissionais em risco sem se importar com as consequências, ela ainda recruta os sobreviventes que sequer se recuperaram de seus traumas, para reviverem o pesadelo pelo qual passaram em uma nova missão “nobre”, que, secretamente, não tem expectativas de receber os integrantes de volta, vivos.