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Você precisa de um celular robusto ou "rugged phone"?

Por| Editado por Léo Müller | 29 de Julho de 2022 às 11h16

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Eric Mockaitis/Canaltech
Eric Mockaitis/Canaltech

Já sabemos como é utilizar um smartphone comum no dia a dia, mas e os chamados celulares robustos — também conhecidos como ‘rugged phones’? Eu passei as últimas semanas testando um celular dessa categoria pela primeira vez para entender seu uso e quem precisa de um modelo tão específico.

O que é um celular robusto?

Os celulares robustos já estão no mercado há bastante tempo, bem antes dos smartphones dobráveis. No entanto, somente agora começaram a chamar atenção dos consumidores não só pela sua construção diferente, como também pelos recursos exclusivos e especificações interessantes.

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Como o nome já entrega, essa categoria de smartphone é conhecida pela alta durabilidade. São feitos para aguentarem situações bem extremas, as quais um celular comum não conseguiria passar, como variações de umidade, choques e quedas, água salgada, e poeira.

Essa característica pode ser bastante conveniente para muitos usuários de diferentes perfis, como o metalúrgico, que normalmente se expõe a situações mais desafiadores, o entregador de aplicativos de delivery, ou a pessoa que pratica esportes radicais.

Minha experiência com um rugged phone

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O celular robusto tem duas fases no mercado de celulares — e, também, na minha memória. A primeira, bem antes dos celulares dobráveis existirem, era de que eles eram menos genuínos que os modelos mais tradicionais, talvez por conta do seu design diferente e configurações básicas.

Naquela época, eles também não tinham outra função além de serem “pau para toda obra”. Era até difícil de classificá-los como inteligentes porque eram extremamente simples, mal conseguindo atender chamadas, tirar uma (má) foto e mandar mensagens.

Conforme o tempo passou, e a tecnologia foi evoluindo, vimos uma mudança nessa estrutura que, felizmente, segue até a atualidade. Foi-se o tempo em que esses modelos focavam apenas na construção e passaram a usar a excentricidade a seu favor.

O modelo que usei nesse quase um mês foi o Doogee S98, da Doogee. É uma fabricante chinesa conhecida há muitos anos por esse tipo de produto — e que, inclusive, passou pelas duas fases que eu comentei mais acima.

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Esse smartphone em específico é intermediário e tem um conjunto agradável para o que se propõe: é resistente e inteligente. Na minha análise, elogiei principalmente o desempenho do aparelho, que é bem interessante para a categoria, sem falar das câmeras principal e noturna.

Eu não sou uma pessoa que se encaixa em nenhum dos públicos-alvo do DOOGEE S98. Moro em uma cidade grande, portanto, infelizmente, não há muitos lugares para acampar e fazer trilhas. Tampouco trabalho em fábricas ou aplicativos de delivery.

Mesmo assim, devo confessar que senti potencial nesse tipo de celular, pelo menos bem mais que há alguns anos. Eu pensei que estranharia as dimensões avantajadas do aparelho no dia a dia, mas até que curti a pegada para consumir mídias.

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É óbvio que não foi tão agradável usar o S98 e suas quase 320 gramas no bolso da calça, mas acredito ser um preço pequeno a pagar para ter um produto bem resistente. Além disso, ele ainda não é o mais pesados que há no mercado, pois existem modelos bem mais rígidos que esse.

Autonomia de bateria

Outra coisa que gostei bastante foi a bateria. Como ele foi feito para fazer o básico com qualidade, consegui chegar ao terceiro dia de uso sem muitos problemas, apenas com aplicações mais simples, como redes sociais, mensageiros e jogos mais simples.

Se arriscar um jogo menos pesado, dá até para rodar bem, já que ele é equipado com o bom Helio G96. Os 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento também me agradaram na abertura e execução dos aplicativos mais populares. Novamente, desempenho não é diferencial, mas ele não decepciona.

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As câmeras também foram outro ponto que me chamou atenção. O destaque é a chamada “câmera noturna”, que literalmente deixa você enxergar no escuro. No conjunto fotográfico há um sensor de 20 MP da Sony aliado a emissores infravermelhos que, juntos, mapeiam o ambiente.

A qualidade é bem impressionante, não perdendo nada para aquelas câmeras dedicadas que geralmente vemos em filmes de terror. Ela deve ser ótima em um acampamento, por exemplo, onde você provavelmente sairá à noite para fazer qualquer coisa.

Em outros smartphones robustos, pode haver outros diferenciais como a câmera noturna. Por exemplo, no S98 Pro, modelo que minha colega Jucyber analisou para o Canaltech, há um sensor focado em fazer a análise térmica do ambiente.

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Após esses quase 30 dias testando um celular robusto, fiquei feliz em ver que esse tipo de celular ficou interessante com o tempo. Além de rígidos, eles ficaram bem mais inteligentes e funcionais, servindo muito bem como smartphone principal, não mais como um secundário ou descartável.

Quem precisa de um celular robusto?

Os celulares robustos continuam bem nichados, mas suas aplicações de uso são bem mais amplas que antigamente, dependendo da sua profissão ou hobbie.

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Se você for um aventureiro de plantão, gosta de acampar, fazer trilhas, escaladas e outras atividades mais desafiadores, um celular robusto é a melhor pedida. Há aparelhos com longa bateria, recursos de localização avançados, câmeras térmica e noturna, entre outras funções.

Para quem for entregador de aplicativos de delivery, também recomendo esse tipo de aparelho por ele conseguir aguentar quedas acidentais. Eles também têm um desempenho interessante para rodarem os apps de trabalho.

Claro, se você for desastrado que nem eu, ou simplesmente procura um celular com bateria para mais de quatro dias, praticamente só encontrará nessa categoria.

Infelizmente, ainda não tive tanto contato com esses celulares quanto eu gostaria, mas dá para recomendar o DOOGEE S98 se você quiser um intermediário com câmera noturna. Também dá para citar o Oukitel WP19, que traz uma bateria de incríveis 21.000 mAh.

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Eu espero que, futuramente, sejam lançados modelos topos de linha com foco em rigidez. Quem sabe, assim eles passem a serem vistos com outros olhos.

E você, tem um celular robusto? Nos conte sua experiência nas nossas redes sociais!