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Review Razer Basilisk V3 | Mouse gamer com muito mais que LED RGB

Por| Editado por Léo Müller | 13 de Outubro de 2021 às 13h16

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Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Tudo sobre Razer

A terceira geração do mouse gamer Basilisk V3 da Razer chegou com algumas melhorias e pequenas mudanças no design. O periférico com fio agora traz roda de rolagem rápida que alterna automaticamente com a rolagem tradicional, botão para mudar a DPI e luz RGB que dá um efeito interessante à bancada.

O periférico da Razer tem bastante coisa extra, e funciona muito bem nas características principais de um mouse. Sua resolução máxima, de 26.000 DPI, está bem acima do que é necessário atualmente, o que faz dele uma opção já pronta para o futuro — e nem tão próximo assim.

Eu testei o mouse por alguns dias e conto abaixo mais detalhes e o que achei dele. Veja a análise do Basilisk V3 e entenda o que ele promete e se ele realmente entrega tudo o que a Razer fala sobre ele.

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Prós

  • Rolagem com alternância automática entre precisão e mais linhas por vez;
  • Muitos botões personalizáveis;
  • Alta precisão;
  • Confortável e fácil de usar em qualquer superfície;

Contras

  • Não é ambidestro;
  • Com fio, precisa de porta USB livre no computador;
  • Preço alto.
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Design, Construção e Conectividade

O mouse Basilisk V3 tem formato que une o tradicional com algumas características ergonômicas. O dispositivo foi desenhado para uso com a mão direita, com um apoio para o polegar, onde se encontram três botões extras, sendo um deles para aumentar a precisão do rastreamento e outros dois com função definida pelo usuário.

Os botões principais dão aparência de um roedor com dentes afiados — o que faz sentido, já que trata-se de um mouse, palavra em inglês para "rato". A roda de rolagem fica entre os botões, e pode ser clicável em três direções: para baixo e para os dois lados. Há ainda outros dois botões “abaixo” da roda, para alternar o modo de rolagem e o estágio da sensibilidade.

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A rolagem possui três modos de rolagem: tátil, inteligente e com giro livre. A primeira é a tradicional, com rolagem em etapas de alta precisão, ideal para trocar entre armas ou skills. A segunda já depende da ativação no app Razer Synapse, e faz a troca automática da rolagem tátil para um giro livre. A terceira é a rolagem suave de alta velocidade, que percorre o conteúdo de maneira rápida. Você também pode usar o botão próximo à roda para liberar o giro livre de maneira mecânica.

A roda ainda possui rolagem em quatro direções: para cima e para baixo, e também para os lados, com um toque para a esquerda ou para a direita — que são dois dos três botões e podem ser personalizados. Essa configuração padrão é bastante útil em telas horizontais, tanto em aplicativos como em jogos.

Além do apoio para o polegar, a ergonomia também está presente na leve inclinação dos botões. Assim, o mouse oferece um ótimo encaixe à mão, com uso confortável para longas jogatinas — afinal, ele foi desenvolvido especialmente para os gamers. O acabamento emborrachado também evita que o suor deixe o dispositivo escorregadio, além de ser mais agradável ao toque.

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Na parte de baixo, você encontra o sensor de movimento a laser e também um botão para trocar entre perfis, que podem ser ajustados no app Razer Synapse. A instalação não é obrigatória para o uso do dia a dia, mas é essencial para configurar botões extras, trocar funções e até criar padrões para as luzes RGB. Falando nelas, as áreas iluminadas do mouse se espalham na roda de rolagem, logo da Razer e uma baixa na parte inferior, que dá um efeito na bancada.

Os “pés” do Basilisk V3 são feitos em PTFE (politetrafluoretileno), um material que desliza de maneira suave em praticamente qualquer superfície. Pelo que eu testei, o mouse realmente tem pouca resistência mesmo se usado sobre uma folha de papelão. Ou seja, o mousepad é até dispensável para usar o periférico da Razer — porém, claro, pode ser um adicional para garantir a movimentação veloz durante a jogatina ter um de boa qualidade mesmo assim.

O cabo é revestido com um tecido que, além de conferir maior resistência, também evita que o fio se enrosque. O conector é do tipo USB-A, porta que está presente em praticamente qualquer PC atual — exceto por alguns modelos de MacBook, mas este mouse não foi pensado para usuários da Apple, de qualquer forma.

Precisão do sensor

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Você pode ajustar a precisão do sensor de maneira rápida e fácil. São até cinco estágios, que podem ser definidos no app Razer Synapse. É possível utilizar velocidades de 100 até 26.000 DPI (pontos por polegada) de movimento do mouse. Por padrão, são pré-programados os estágios com 400, 800, 2.050, 3.200 e 6.400 DPI, e você pode mudar cada um da maneira que quiser. O botão para trocar só aumenta o estágio, do 1 ao 5, e de volta para o 1, conforme você clica.

Adicionalmente, é possível ajudar a frequência em Hz de atualização dos dados, com as opções de 125, 500 e 1.000. E também dá para criar perfis com diferentes configurações a cada estágio e da frequência de atualização por segundo. Ou seja, dá para fazer ajustes específicos para cada jogo e também para o uso do dia a dia, com mais precisão ou mais velocidade conforme a necessidade.

Ergonomia

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A ergonomia do mouse Basilisk V3 da Razer está em seu formato anatômico para a mão direita, além da presença de 11 botões personalizáveis e o acabamento emborrachado. Tudo isso para oferecer a melhor pegada, com conforto para o uso prolongado.

O mais interessante é que, apesar do aspecto gamer, com as luzes RGB, o periférico pode também ser usado para o trabalho, já que permite diversos perfis, com diferentes ações para cada botão.

Como já mencionei, ele possui formato com uma leve inclinação. Olhando para ele “de costas”, você vê, da esquerda para a direita, o apoio para o dedão, seguido por uma elevação quase em 90°. Segue-se, então, o botão esquerdo, que é a parte mais elevada do mouse, e aí uma queda leve até a ponta do botão direito. Dessa forma, o Basilisk V3 mantém sua mão em uma posição confortável e natural durante o uso.

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A presença de diversos botões, sendo que boa parte deles fica em posição bastante confortável para o clique com o polegar ou o indicador, também facilita o uso. Por fim, o acabamento emborrachado é confortável e evita escorregões causados pelo suor. É uma pegada perfeita para jogar por longas horas.

Mas nem tudo é perfeito. O botão de mecânica de sensibilidade, que aumenta a precisão do mouse, pode ficar um pouco fora do alcance do polegar. A ideia da Razer foi deslocá-lo para um local que evitasse cliques acidentais, mas me pareceu que o deslocamento foi um pouco exagerado. Além disso, o botão de troca de perfis, que fica na parte inferior, também é um pouco chato de alcançar — mas nesse caso faz sentido, já que a ideia não é ficar alternando perfil o tempo todo.

Diferenciais gamers

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O Basilisk V3 não é um mouse gamer unicamente pelo fato de ter LEDs RGB em seu corpo. O periférico também traz várias funcionalidades pensadas para este público em especial, como os botões programáveis e os perfis de uso. Para isso, é necessária a instalação do app Razer Synapse, que permite o mapeamento de funções específicas em todos os botões.

São várias opções de ação que você pode usar em qualquer um dos 11 botões, inclusive no esquerdo. Dá para configurar atalhos típicos de teclado, funções de mouse, sensibilidade e até mesmo iniciar programas instalados em sua máquina. É possível, por exemplo, criar um perfil para o trabalho, outro para jogar games de tiro e um terceiro para jogos de corrida.

Existem alguns perfis pré-configurados para CS:GO, Valorant, Apex Legends, R6, DOTA 2, LoL, conferência de vídeo e Excel. E você pode copiar perfis para alterar algumas funções, criando uma opção extra que se encaixe com a edição de vídeos, por exemplo. São até cinco perfis, sendo que um fica guardado na memória interna do dispositivo e outros quatro são salvos na nuvem.

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Além dos botões, também é possível criar perfis de desempenho. Mais especificamente, você pode criar diferentes configurações de DPI e taxa de atualização por segundo, para ter opções mais precisas ou mais velozes, e transitar entre cada uma pelo botão de estágios de sensibilidade — ou, ainda mais, deixar o desempenho ideal para um jogo e liberar este botão para uma função dentro do game.

Também é possível destacar a DPI máxima de 26.000 pontos por polegada e os switches ópticos de segunda geração, que disparam a velocidade de até 0,2 ms com durabilidade de 70 milhões de cliques. Com isso, você pode clicar até 40 mil vezes por dia durante cinco anos antes que o Basilisk V3 comece a dar problema com os botões.

Razer Basilisk V3: ficha técnica

  • DPI: de 200 até 26.000;
  • IPS: até 650 polegadas por segundo
  • Aceleração: 50 G
  • Conectividade: cabo USB;
  • Botões: 11, todos personalizáveis (três na roda de rolagem; 3 na lateral; 4 no topo e 1 na parte inferior)
  • Cabo: Speedflex de 1,8 m
  • Dimensões: 130 x 60 x 42,5 mm (AxLxP);
  • Peso: 101 gramas.
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Concorrentes Diretos

Para quem busca mouse gamer com muitos botões e opções de personalização, tem modelos em praticamente todas as faixas de preço. A própria Razer tem o Deathadder V2, considerado um dos melhores para a prática de eSports. Seu visual é mais sóbrio que o do Basilisk V3, e a resolução vai até 20.000 DPI. O preço é mais baixo que o do “irmão”, mas também possui menos funções.

O principal concorrente do Basilisk, no entanto, é o Logitech G502 HERO, que também possui 11 botões programáveis, e ainda traz cinco ferros extras para você equilibrar melhor o peso do dispositivo. A resolução máxima, no entanto, é menor que a do mouse da Razer, com 16.000 DPI. Há uma opção sem fio, o Logitech G903, com resolução de 12.000 DPI. O preço, no entanto, já salta bastante, chegando a ser quase o triplo da versão com fio.

De volta às opções com design mais sóbrio, você tem o Logitech G403, opção com fio, e o G305, sem fio. A diferença de preço entre eles é pequena, mas a resolução da opção cabeada é maior, chegando a 16.000 DPI, contra 12.000 do modelo wireless.

Se a sua meta é levar um mouse barato com vários botões, tem o Multilaser QuickFire MO236, que traz um total de sete botões e você pode encontrar por menos de R$ 60. O problema é que sua resolução é de apenas 2.400 DPI.

Com um investimento pouco maior, você leva um modelo da Redragon. O Centrophorus V3 tem 3.200 de DPI e passa pouco dos R$ 100. Já o King Cobra M711, também da Redragon, custa perto de R$ 200 e pode chegar à resolução máxima de 24.000, além de ter sete botões personalizáveis. É a melhor alternativa barata para o Basilisk V3.

Conclusão

A terceira geração do Razer Basilisk está disponível nas lojas brasileiras a partir de novembro de 2021, com preço sugerido de R$ 799. É um valor alto para um mouse, mas há algumas considerações a se fazer antes de pensar no investimento — ou descartá-lo totalmente.

Em primeiro lugar, um mouse não é como um celular, que você troca com alguma frequência. O Basilisk V3 tem vida útil estimada em mais de 10 anos, se você considerar os 70 milhões de cliques (seriam quase 20 mil cliques por dia). O periférico, de fato, é um produto que raramente dá problema, e mesmo em modelos mais baratos duram anos antes de precisarem ser trocados.

Além disso, o modelo da Razer é bastante completo em funcionalidades e ainda tem vários extras. Foi desenvolvido principalmente para o público gamer, mas nada impede que você o utilize para outras tarefas no computador. O Basilisk V3 pode ser muito útil também para editores de imagens, vídeo e até áudio.

Sendo assim, no caso de você poder fazer este investimento — que, de fato, não é pequeno —, terá em mãos um mouse de alta durabilidade e que simplifica seu dia a dia de várias formas. E ainda pode ser um grande parceiro na hora da jogatina.

Mas, se você acha que R$ 800 é muita coisa para investir em um mouse, ainda mais com fio, há opções similares que custam um pouco menos, como os modelos citados no tópico de concorrentes diretos.

O Razer Basilisk V3 ainda não está disponível no Brasil, e você pode seguir o Canaltech Ofertas para ficar de olho e saber assim que uma promoção para este mouse aparecer.