Por que o Redmi 12 não faz sentido no Brasil?
Por Felipe Junqueira | Editado por Léo Müller | 09 de Agosto de 2023 às 15h37
O Redmi 12 é um dos celulares mais simples da Xiaomi em 2023. Com especificações muito simples, no entanto, o aparelho não vale a pena. Ainda mais quando a própria empresa possui opções melhores a preço semelhante.
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Além disso, há um smartphone da Samsung que é melhor e custa o mesmo preço. E com a vantagem dos 12 meses de garantia da fabricante. Entenda a seguir porque o Redmi 12 não faz sentido no Brasil.
Bateria decepcionante
Com um hardware não muito exigente e bateria com capacidade de 5.000 mAh, era de se esperar que o Redmi 12 entregasse bom tempo de uso. Infelizmente, porém, a duração não parece ser tão boa assim, apesar de ainda ser o bastante para um dia inteiro longe da tomada.
Se comparar com o Redmi Note 12 5G, que já está preparado para o 5G e não tem preço muito diferente, é pouco. O modelo mais avançado conseguiu uma previsão de mais de 27 horas no teste de bateria do Canaltech. O Redmi 12 ficou com uma estimativa de 19 horas.
Sempre lembro que o teste de bateria do Canaltech é bem exigente, e o uso comum tende a ser maior. Afinal, são 60% do tempo de tela ativa, e poucas pessoas passam tanto tempo no smartphone por dia. Até porque um terço do nosso dia, em tese, é passado dormindo.
Ao menos o resultado foi um pouco melhor que o do Galaxy A14, que entregou uma previsão de 17,65 horas. Ainda assim, o tempo real de uso seria semelhante, de um dia longe da tomada, com uma sobra bem pequena para o segundo dia.
Especificações pouco atraentes
O Redmi 12 é um celular de entrada, com hardware condizente com a proposta. Porém, ele traz um processador ligeiramente mais defasado do que alguns concorrentes diretos, incluindo opções da própria Xiaomi. Trata-se do Helio G88, da MediaTek, que tem versões mais atualizadas.
Isso faz dele inferior, por exemplo, ao Galaxy A14, um celular de entrada com 5G da Samsung. E quem tem preço abaixo de R$ 1.000, mesma faixa do Redmi 12, mas com garantia de 12 meses da fabricante no Brasil. O modelo da Xiaomi só tem esse preço com importadores, que só oferecem três meses de garantia.
Além disso, existem modelos 5G da própria Redmi com preço não muito mais alto. E, considerando que são aparelhos com fichas técnicas mais atualizadas, acaba que têm custo-benefício melhor. Afinal, a tendência é que entreguem experiência satisfatória por mais tempo.
Outro ponto importante é que o Redmi 12 parte de 128 GB de armazenamento interno. Porém, a tecnologia de leitura e escrita é o eMMC 5.1, que não é tão veloz quanto o USF 2.2 dos modelos da linha Redmi Note. Ou seja, ele pode se equiparar em processamento, mas perde no acesso e escrita dos arquivos.
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Redmi 12 x Redmi Note 12?
Existem vários modelos de Redmi Note 12, mas acho que o principal para compararmos é o 5G. E aí a diferença principal é o hardware, já que o processador do Note 12 5G é bem mais potente que o do Redmi 12. Além disso, a recarga é mais veloz no modelo mais avançado, com carregador de 33 W, contra 18 W.
Outra diferença é na tecnologia da tela. O Redmi 12 tem painel IPS LCD, enquanto o Note 12 já tem display AMOLED, que oferece contraste melhor e brilho mais intenso. Ou seja, o modelo mais avançado só tem vantagens sobre este que deveria ser, em tese, o mais em conta.
Porém, o Redmi Note 12 ainda roda com o Android 12, apesar de já ter a MIUI 14. O Redmi 12 já tem o Android 13, com a mesma versão da interface. Uma diferença pequena, que não traz desvantagem importante para o modelo mais avançado.
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