Moto G22 é bom mesmo? Por que vende tanto?
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |

A linha Moto G continua fazendo bastante sucesso entre os fãs da Motorola e, mesmo após gerações, tem aparelhos que se destacam como os “queridinhos da galera”, seja pelas especificações atraentes ou por um possível custo-benefício. O Motorola Moto G22 — lançado em abril desse ano — é um deles.
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O celular é um dos mais buscados em lojas online e chama bastante atenção pelas especificações, mas o que faz dele um aparelho tão atraente assim e por quê ele é tão procurado?
Sua ficha técnica e o funcionamento na prática realmente justificam essa alta busca? Neste texto, trago essas respostas, para te ajudar a decidir se ele realmente poderá ser um bom companheiro no dia-a-dia.
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O Moto G22 é bom mesmo? O que chama mais atenção nele?
Logo de cara, é impossível não destacar o visual do Moto G22 como um dos seus principais atrativos. Como eu já destaquei quando fiz a análise completa do celular, ele tem um design bem agradável, que passa a impressão de se tratar de um celular premium, mesmo ele sendo um modelo de entrada.
Além disso, seu hardware também chama atenção no papel. Ele conta com o chipset Helio G37 — que faz parte da linha “gamer” da MediaTek. Essa série de componentes da é conhecida por entregar um bom desempenho para aparelhos intermediários mais acessíveis, como o Redmi Note 11 Pro, por exemplo, que tem um Helio G96.
Além do chipset, o Moto G22 foi lançado com uma memória RAM de 4 GB e armazenamento interno de 64 GB, mas hoje já temos sua versão de 128 GB disponível no site oficial da Motorola. Essa combinação é até bem atrativa para um modelo da categoria, principalmente se considerarmos sua faixa de preço atual, que gira em torno de R$ 1.100.
Na prática, porém, o resultado não é o que imaginamos. Mesmo com uma ficha técnica atraente para a categoria, o Moto G22 não atinge o esperado em termos de desempenho. Apesar do componente que, de certa forma, é voltado para o público gamer, o Moto G22 não tem uma performance tão boa.
Mesmo com jogos bem otimizados para hardwares mais simples — como CoD: Mobile — ele mostrou certa dificuldade nos nossos testes. Em alguns momentos, o smartphone engasgou bastante e teve muita perda de quadros — algo que não acontece até mesmo em celulares mais básicos.
Fora o chipset, há outros aspectos que agradam em suas especificações. Até sua tela é interessante para o segmento. Enquanto boa parte dos modelos mais básicos chegam com um display de 60Hz, a Motorola optou por um de 90 Hz, que teoricamente oferece mais fluidez na hora de executar games com bastante ação. Mas este é outro aspecto que não funciona bem na prática, como já destaquei anteriormente.
A cereja do bolo é sua bateria de 5.000 mAh. Na teoria, ela está exatamente na média de modelos básicos ou intermediários, mas a otimização do sistema e o chipset contribuem bastante para que a autonomia seja consideravelmente boa.
Em contrapartida, o smartphone não conta com recursos e características populares, como NFC para pagamentos por aproximação ou resistência à água. Mas isso é comum para modelos de entrada — apesar de alguns concorrentes oferecerem pelo menos o NFC.
A câmera do Moto G22 é boa?
O conjunto de especificações para câmeras do Moto G22 também chama bastante atenção no papel. Para começar, ele tem um grupo de quatro câmeras traseiras, sendo um sensor principal de 50 MP, auxiliado por uma lente ultrawide de 8 MP, uma macro e uma de profundidade, cada uma com 2 MP. Para selfies, ele tem uma câmera frontal de 16 MP.
Na prática, isso resulta em imagens muito boas para a categoria, o que faz do Moto G22 um bom smartphone para fotografias não só no papel. Mas é importante destacar que ele é um modelo de entrada, então sua desenvoltura para fotografias deve ser analisada levando isso em consideração
Confira, abaixo, alguns exemplos de imagens obtidas com as câmeras do Moto G22:
Ficha Técnica do Moto G22
- Tela IPS LCD de 6,5 polegadas, resolução HD+ de 1600 x 720 pixels, taxa de atualização de 90 Hz
- Chipset: MediaTek Helio G37
- Memória RAM: 4 GB
- Armazenamento interno: 128 GB
- Câmera traseira: 50 MP (Principal) + 8 MP (ultrawide) + 2 MP (profundidade) + 2 MP (Macro)
- Câmera frontal: 16 MP
- Bateria: 5.000 mAh com carregamento rápido de 15 W
- Cores: preto, branco e azul
- Sistema operacional: Android 12
O Moto G22 é bom mesmo?
Levando todos esses aspectos em consideração, é válido destacar que, apesar do conjunto de hardware bom no papel, o Moto G22 não convence tanto na prática. Dessa forma, aparelhos concorrentes — como o Galaxy A23 — pode ser uma alternativa melhor ao celular da Motorola.
Ambos estão em uma faixa de preço bem parecida atualmente — entre R$ 1.000 e R$ 1.300 — e o modelo sul-coreano se destaca por oferecer um desempenho mais aceitável, além de ter suporte para pagamentos por aproximação graças à tecnologia NFC embarcada.