Loja da Apple aprova primeira greve da história da marca nos EUA
Por Vinícius Moschen • Editado por Wallace Moté |
Funcionários da loja da Apple na cidade de Towson, nos Estados Unidos, aprovaram uma greve no último sábado (11). O movimento procura dar relevância a questões não resolvidas no local de trabalho, de acordo com o que afirmou representantes sindicais da categoria.
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Os trabalhadores da loja já estavam em negociações com a Apple desde o ano passado, em que foram feitas discussões sobre 25 questões incluindo “escalas de trabalho imprevisíveis” e salários “insuficientes para cobrir o custo de vida na região”.
Além disso, a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais, Coalizão de Funcionários do Varejo Organizado (I AM CORE, da sigla em inglês) também acusa a Apple de ter retido benefícios dos funcionários de Towson, e mantido os mesmos bônus a funcionários de lojas que não formaram uma organização sindical.
A loja de Towson já tinha um histórico em relação a questões trabalhistas, já que seus trabalhadores foram os primeiros da Apple a integrarem um sindicato, em 2022.
A votação não definiu uma data específica para o início da greve. Está marcada para o dia 21 de maio uma reunião entre o sindicato e representantes da administração da Apple.
Uma porta-voz oficial da Apple apontou que a companhia trabalha para oferecer “uma experiência excelente para nossos funcionários nas lojas”, e ainda os empodera para “oferecer um serviço excepcional aos consumidores”. A empresa ainda adicionou que entrará em contato com a representação dos funcionários em Towson "com respeito e boa fé".
Até o momento, apenas a loja de Oklahoma City aparece como outra unidade em que houve sindicalização. Já a loja de Nova Jersey tomou um caminho contrário ao reprovar a proposta, em um processo que teria sido marcado por uma atuação irregular de anti-sindicalização por parte da Apple, de acordo com uma acusação dos Trabalhadores da Comunicação da América (CWA).
Apple ganha processo contra ex-funcionários
No mesmo contexto, a Apple obteve vitória em um processo relacionado com a demissão de cinco funcionários de uma loja em Kansas City, no ano passado. Na época, a gigante foi acusada de mandar embora os trabalhadores após terem supostamente demonstrado esforços de sindicalização.
No entanto, o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos (NLRB) entendeu que não há provas suficientes para relacionar a demissão à sindicalização. A Apple alegou que os funcionários foram desligados por chegarem atrasados, faltarem ao trabalho e não marcarem adequadamente suas presenças.
Fonte: The Washington Post