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Lembra do teclado T9? Como era digitar mensagens no celular antes do smartphone

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Danilo Berti/Canaltech
Danilo Berti/Canaltech

Se hoje em dia é muito comum digitar nos smartphones com teclados completos, a realidade era bastante diferente há algumas épocas. Antigamente, o método “multi-tap”, seguido pelo chamado T9, utilizava os botões numéricos para formação de palavras e frases.

Muito utilizado em celulares da primeira década dos anos 2000, o multi-tap foi essencial para escrever SMS e e-mails em aparelhos antigos. Ele tinha as letras representadas nas teclas 2 a 9, em que era necessário tocar os números repetidamente.

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Por exemplo, para escrever a palavra “Canaltech”, era necessário apertar os seguintes números: 222 2 66 2 555 8 33 222 44. Ou seja, 18 toques para uma palavra de nove letras.

Portanto, é possível imaginar que não se tratava do método mais rápido para digitação, especialmente quando comparado com opções mais atuais.

Mesmo assim, ele ainda é usado por quem prefere a grade de nove teclas ou tem familiaridade com ela.

Além disso, permanece disponível nos chamados “feature phones”, celulares de características mais simples, que são baratos e muitas vezes não contam com tecnologias de conectividade à internet.

T9 como método para aumentar velocidade

Com o objetivo de aumentar a velocidade de digitação, a tecnologia T9 chegou para associar sequências numéricas a palavras. Na prática, isso significa que era necessário pressionar cada número apenas uma vez para cada letra.

Portanto, o exemplo do “Canaltech” seria escrito como: 2 2 6 2 5 8 3 2 4.

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Para “detectar” as palavras corretas em cada combinação de números, os celulares fazem uso de um dicionário preditivo. Além disso, podem aumentar a quantidade de palavras disponíveis ao aprender com o tempo, ou mesmo por meio de adições manuais.

No entanto, esse método ainda causava alguns erros. Por exemplo: a sequência 2 2 7 2 pode escrever “casa”, “cara” ou “cata”. A identificação da palavra correta, feita pelo celular, nem sempre ocorre de maneira simples.

De qualquer forma, a tecnologia pode ser considerada como quase uma versão prévia do corretor ortográfico usado atualmente nos celulares.

A tecnologia T9 passou a compartilhar espaço por outras soluções, como o teclado QWERTY usado em aparelhos como o Nokia E61, além de modelos da Blackberry.

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Esses dispositivos se tornaram ainda mais populares para uso profissional, já que permitia digitação mais rápida que o T9.

Isso era importante em um contexto de aumento de produtividade e conectividade nos celulares, já que tornou mais fácil mandar um email, por exemplo.

Presente e futuro da digitação em celulares

Com a chegada do primeiro iPhone, em 2007, o QWERTY passou a ter uma “cara” digital. A solução permitiu aumentar o aproveitamento da tela, da forma que se conhece até hoje.

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Para o futuro, é especulado que a inteligência artificial possa ter um papel cada vez mais importante na formulação de mensagens.

Partes dessa revolução já são vistas no presente: a correção de textos com aprendizado de máquina deixou de ser baseada apenas em dicionários fixos, mas também passou a aprender com o estilo de escrita de cada pessoa.

Já o texto preditivo inteligente em sistemas como SwiftKey e Gboard passou a prever frases inteiras, tudo com base em contexto e hábitos de escrita.

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No entanto, a evolução trouxe preocupações sobre privacidade na análise de mensagens. Uma solução parcial foi o processamento local, embora não gere total confiança nesse tipo de sistema.

Há ainda a integração com ferramentas de geração de texto por IA, como o ChatGPT. Esse tipo de serviço permite a reescrita de mensagens para ajustar tom, além de fazer sugestões de clareza e estrutura.

De qualquer forma, o futuro da digitação em celulares promete uma era de comunicação mais criativa, em que as inovações em curso não devem apenas simplificar a tarefa de escrever, mas também ampliar a capacidade de falar com mais clareza.

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