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Galaxy Watch Active ainda vale a pena em 2022?

Por| Editado por Léo Müller | 07 de Março de 2022 às 09h55

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Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Ivo Meneghel Jr/ Canaltech

No começo de 2019, a Samsung atualizou sua linha de relógios inteligentes e lançou o Galaxy Watch Active. O vestível chegou ao mercado com a proposta de inovar o portfólio da marca com um visual mais moderno.

Enquanto a linha Watch “comum” tinha um aspecto mais clássico, com uma coroa giratória, a série Active estreou sem esse componente e se destacou por oferecer um painel mais plano, com controles apenas pelas teclas laterais ou na tela touch.

Agora, cerca de três anos após a estreia da linha, será que ainda vale a pena apostar no primeiro Galaxy Watch Active lançado no mercado? Será que ele possui recursos que ainda justificam sua compra, já que existem alternativas com preços equivalentes, tanto da Samsung quanto de outras fabricantes?

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Confira essa análise e veja se o Galaxy Watch Active ainda atende às principais expectativas do público que procura um smartwatch completo.

Design e Construção

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Para contextualizar, a linha Active e a linha comum dos relógios inteligentes da Samsung foram unificadas e lançadas como uma única série no último ano. Enquanto o Galaxy Watch 4 Classic segue o visual dos modelos com coroa giratória, a versão comum despontou como a verdadeira sucessora da linha Active.

Dito isso, o Galaxy Watch Active possui basicamente o mesmo visual do Galaxy Watch 4, mesmo sendo um modelo quase três anos mais velho. Ele conta com uma pulseira de silicone e tem um display plano, com bordas bem avantajadas. Isso ficou um pouco mais discreto na nova geração, mas a identidade visual ainda é basicamente a mesma.

O Galaxy Watch Active tem duas teclas laterais que permitem realizar algumas funções de forma mais rápida, como ativar a assistente digital Bixby ou abrir o Samsung Pay para pagamentos por aproximação. Nos botões também é possível abrir a lista com todos os apps ou voltar para as telas anteriores.

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Ele tem o acabamento em alumínio ao redor do mostrador, o que deixa claro que, há três anos, a Samsung já estava comprometida em entregar uma experiência sofisticada com seus relógios inteligentes.

No visual, portanto, ele não deixa nada a desejar em relação aos modelos de smartwatches mais recentes — assim como o Watch 4 ou o Amazfit GTR 3, por exemplo, ele não conta com uma coroa giratória, mas possui um aspecto bem premium.

Outro ponto positivo é a certificação IP68, que garante uma maior resistência contra água e permite, por exemplo, acompanhar atividades como natação.

Tela

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O Galaxy Watch Active conta com uma tela Super AMOLED de 1,1 polegada com resolução de 360 x 360 pixels e proteção Gorilla Glass 3.

Esse vidro não é muito eficiente para proteger contra arranhões já estando ultrapassado há algumas gerações. Dessa forma, ele requer um pouco mais de cuidado para não bater o braço em alguma parede ou qualquer outra superfície mais agressiva para evitar danos.

Fora isso, é uma tela muito boa e permite visualizar bem as informações no display, mesmo quando exposta ao sol. Isso é ótimo para quem quer praticar atividades ao ar livre e fica sob uma iluminação natural muito forte.

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Como efeito de comparação, alternativas mais atuais — como o Amazfit GTR 3 e o Galaxy Watch 4 — oferecem telas maiores e com mais resolução. No caso da Samsung, o relógio possui uma tela de 1,4 polegada com resolução de 360 x 360 pixels e ainda é protegida pelo vidro Gorilla Glass DX+.

Já o dispositivo da Xiaomi possui um vidro temperado, mas sua tela é de 1,39 polegadas, e a resolução é de 454 x 454 pixels. Ele “perde” por oferecer a tecnologia AMOLED comum, enquanto o Active e o Watch 4 já contam com Super AMOLED.

Configuração e Desempenho

Mesmo sendo um modelo que passa de três anos de idade, o Galaxy Watch Active ainda oferece um bom desempenho no que diz respeito à navegação. Alternar entre os menus e aplicativos disponíveis para o relógio é uma tarefa consideravelmente ágil.

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Ele é equipado com o chip Exynos 9110 e combina 4 GB de armazenamento com 768 MB de RAM — o que é o suficiente para realizar as tarefas no pequeno dispositivo.

As funções de acompanhamento físico e monitoramento de saúde também funcionam de forma bem fluida e, apesar da ausência de recursos mais atualizados (falarei sobre isso mais para frente), ele ainda atende muito bem para os padrões de hoje no quesito desempenho.

Usabilidade

O Galaxy Watch Active ainda é da época em que a sul-coreana utilizava seu sistema operacional próprio para relógios, o Tizen. Na nova geração, ele foi substituído pelo Wear OS do Google — o que oferece uma gama maior de aplicativos para download.

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Dito isso, o Tizen fica um pouco para trás no que diz respeito à interface do sistema. O software até atende bem para realizar bastante tarefas e instalar aplicações disponíveis na Galaxy Store, mas se você busca o que há de mais atualizado e mais versatilidade, talvez compense mais investir em um modelo atual.

Também é importante destacar que a loja de aplicativos para o relógio ficou um pouco "abandonada" pela Samsung após a chegada da nova geração, que conta com o Wear OS. Dessa forma, as opções de aplicações disponíveis estão um pouco escassas ou desatualizadas.

Ainda é possível encontrar alguns apps interessantes, mas a maioria se limita à algumas extensões de funções já existentes no dispositivo, o que acaba não sendo muito atraente se você busca algo mais completo em relação ao sistema.

Acompanhamento Físico

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As funções de acompanhamentos físicos do Galaxy Watch Active não são tão completas. Isso fica ainda mais claro se compararmos com os modelos atuais da Samsung ou até mesmo de outras fabricantes.

O wearable até oferece vários modos de acompanhamento de atividades físicas, como caminhada, corrida, natação, ciclismo, entre outros, e também permite verificar o nível do batimento cardíaco e de estresse.

No entanto, a ausência de um sensor para identificar o nível de saturação de oxigênio no sangue — o popular SpO2 — pode pesar bastante na hora da decisão por parte de quem busca um relógio inteligente mais completo.

Mais uma vez, como efeito de comparação, ambos os modelos da nova geração oferecem esse recurso, assim como o Amazfit GTR 3 Pro, da Xiaomi.

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De qualquer forma, as funções presentes no relógio ainda são bem executadas e o recurso para acompanhar caminhadas ou corridas, por exemplo, funciona muito bem.

O relógio consegue identificar com bastante precisão os passos e distância percorrida e até faz pausas automáticas no mostrador quando identifica que o usuário parou de caminhar.

Um ponto que pode ser considerado negativo é que os sensores funcionam frequentemente e não é possível, por exemplo, desativar o rastreamento cardíaco. Isso impacta bastante na autonomia da bateria.

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Conectividade

O Galaxy Watch Active pode ser usado normalmente sem um celular, no entanto, ele requer um pareamento inicial pelo aplicativo Galaxy Wear para poder ser ativado. Após isso, é possível utilizá-lo sem estar conectado ao dispositivo.

No entanto, algumas funções não podem ser vistas no relógio, enquanto outras são exibidas de forma mais otimizada no celular. Isso faz com que uma conexão constante com smartphone seja importante, apesar de não ser obrigatória.

Mas isso é comum em praticamente qualquer smartwatch, portanto não chega a ser um demérito para o Watch Active em particular.

Como outros dispositivos, ele também oferece a opção de ler as notificações recebidas no celular conectado. Além disso, também é possível responder mensagens direto do pulso, com um teclado alfanumérico ou por meio de comandos de voz.

Uma vantagem que deixa ele mais próximo de dispositivos atuais é o suporte para pagamentos por aproximação, graças à tecnologia NFC. Para isso, basta usar a carteira digital Samsung Pay e cadastrar cartões de crédito, débito ou vale compatíveis.

Bateria e Carregamento

A bateria é o grande calcanhar de Aquiles do Galaxy Watch Active. Normalmente, smartwatches não precisam de um componente tão grande e ele possui capacidade de 230 mAh.

No entanto, o fato de os sensores funcionarem constantemente faz com que o consumo de energia seja muito alto. Usando o Watch Active direto por alguns dias eu me senti bastante incomodado por ter que recarregar sua bateria praticamente todo dia.

Essa autonomia fica ainda pior se o relógio ficar conectado direto a um celular e se o Wi-Fi permanecer ligado. Neste caso, houve ocasiões em que eu precisei recarregar a bateria do wearable duas vezes em um único dia.

Testes feitos com o Galaxy Watch 4 mostram que autonomia de bateria ainda não é o forte da Samsung, mas usar um Active nos dias atuais pode exigir um pouco mais de paciência em ter que recarregar o aparelho direto.

Mais uma vez, faço o comparativo com o Amazfit GTR 3 Pro. Durante o período que usei o relógio da Xiaomi, ele mostrou que é possível ficar dois ou três dias com uma única carga mesmo com todos os recursos e sensores ativados 24 horas por dia.

Em relação ao carregamento, cerca de duas horas com o carregador original da marca é o suficiente para uma carga completa. O acessório possui magnetismo para carregamento sem fio e é possível até obter carga de celulares com carregamento reverso — ou Wireless Powershare, presente em smartphones das linhas Galaxy Note ou S mais recentes.

Conclusão

O Galaxy Watch Active possui alguns recursos interessantes que tornam ele uma boa opção frente a modelos atuais, como a possibilidade de realizar pagamentos por aproximação ou sua resistência à água para a prática de natação sem precisar tirar o relógio do pulso e ainda acompanhar a atividade.

No entanto, ele peca bastante em outros aspectos. Sua bateria é o principal ponto negativo e ter que recarregar sua bateria todo dia certamente é um incômodo e tanto. Além disso, usuários mais exigentes não vão gostar de um dispositivo que não permite medir o nível de saturação de oxigênio no sangue.

Além disso, o sistema já "ultrapassado" com opções de downloads bem limitadas na loja de aplicativos pode ser um aspecto muito ruim, principalmente se comparado com os smartwatches da nova geração da sul-coreana.

Quem quer um relógio mais simples, para ler e responder notificações com teclado na tela ainda será bem atendido pelo Watch Active, mas seu preço pode não ser muito atrativo atualmente. Nos últimos 40 dias seu custo variou de cerca de R$ 700 para R$ 1.200.

Já seu sucessor direto, o Watch Active 2 é encontrado atualmente por cerca de R$ 900, preço que está dentro da média do último mês. Enquanto isso, o Galaxy Watch 4 “comum” de 40 mm tem ofertas entre R$ 1.000 e R$ 1.100.