Celular indestrutível | O que torna esses smartphones mais resistentes?
Por Jucyber • Editado por Léo Müller | •
Celular indestrutível é um termo que causa muita curiosidade no público. Afinal, quais características ou recursos permitem que um smartphone seja mais resistente? E essa proteção vale para tudo, incluindo quedas, ou materiais específicos, como a água, poeira e areia? São essas e outras perguntas que responderemos ao longo do texto.
- Você precisa de um celular robusto ou "rugged phone"?
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O que é um celular robusto ou indestrutível?
Um celular pode ser considerado robusto — também conhecido como "rugged phone" — quando tem a estrutura física forte o suficiente para garantir o uso a longo prazo sem danos. Esse tipo de aparelho pode ser considerado o “sucessor natural”, e inteligente, dos famosos “tijolões” do início dos anos 2000.
Entretanto, existem melhorias consideráveis nessa classificação, como a resistência a temperaturas extremas e circunstâncias intensas, como em quedas sobre solos rochosos. Atualmente, as marcas Doogee, Blackview e Ulefone se destacam neste mercado, por terem celulares indestrutíveis com as mesmas configurações de um smartphone padrão.
O fato de proporcionar uma experiência diferenciada, o público-alvo também é diferente dos smartphones normais. Os "rugged phones" são muito buscados por quem se expõe constantemente a situações mais desafiadoras, como praticantes de esportes radicais.
O que um celular precisa ter para ser indestrutível?
No mercado mobile, tornou-se comum vermos smartphones topo de linha que já vem com certificação IP68, tornando-os resistentes a águas e a poeira. Porém, celulares robustos precisam de mais algumas proteções.
Começando pela parte física, onde a estrutura é predominantemente de metal e plástico reforçado, ao invés de vidro ou titânio. Com isso, mesmo em quedas sobre superfícies mais duras, não ocorrerão danos físicos com a mesma gravidade que poderia inutilizar um celular normal.
Certificação MIL-STD-810H
Essa é uma certificação de nível militar, que ajuda a comprovar a resistência física do smartphone, focando em fazê-lo sustentar eventos de estresse ambiental, tais como:
- Altitude de baixa pressão;
- Alta temperatura;
- Baixa temperatura;
- Radiação solar;
- Chuva;
- Umidade;
- Fungo;
- Choque balístico;
- Congelar / descongelar.
Certificação IP69K
A certificação IP69K é uma versão atualizada e mais robusta da IP68. A terminação “9K” traz mais segurança por ser alinhada ao DIN 40050-9, garantindo maior proteção contra vapores e jatos de água com alta pressão ou temperatura.
Na prática, isso significa que praticantes de rafting, canionismo e outros esportes que envolvem água de alta pressão não terão seus celulares robustos danificados.
Bateria robusta
Existem celulares indestrutíveis que possuem baterias “modestas”, com 6.000 mAh de capacidade. Entretanto, as alternativas que mais se destacam são as que entregam 10.000 mAh de carga ou mais, como no caso do Doogee V Max, que tem 22.000 mAh. Dessa forma, é possível garantir o uso em situações em que não há a possibilidade de recarregar o celular com facilidade, como mar ou acampamentos.
Celular indestrutível trava?
Por ter uma estética diferente dos smartphones comuns, muita gente acha que celular indestrutível tem configurações básicas, e nem sempre é assim. Existem muitas opções que utilizam processadores de modelos intermediários, como o Doogee V Max, que tem o MediaTek Dimensity 1080, o mesmo presente no Redmi Note 12 Pro Plus.
Outro ponto importante de destacar, é que muitos modelos ainda contam com Android 12 ou Android 13, pois suas interfaces trazem aplicativos adicionais específicos. Por isso, pode acontecer de a fabricante atrasar na entrega de updates do sistema para garantir que os recursos funcionarão corretamente em versões posteriores do software do Google.
Afinal, não dá para correr o risco de um app de bússola, SOS, lanterna, sensor térmico ou câmera noturna parar de funcionar durante uma emergência.
Comprar celular robusto vale a pena?
Celular robusto ou indestrutível vale a pena se você é o público-alvo deste tipo de produto. Ele não é para quem preza por um design belíssimo ou ultrafino, mas sim para pessoas aventureiras, que não querem se preocupar com bateria, ou que têm “mão de alface” e não desejam trocar de celular a cada dois meses por deixar o aparelho cair constantemente.
Além disso, é preciso estar atento se vale a pena o investimento, já que existem opções que podem ultrapassar os R$ 3 mil, superando o preço de muitos modelos com especificações de desempenho parecidas.
Fonte: Eurolab e Ela Innovation