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Alexa com problema? Veja se o Google Assistente é melhor

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Rafael Damini/Canaltech
Rafael Damini/Canaltech
Echo Dot 5

Nos últimos meses, várias pessoas têm relatado problemas com a Alexa, e boa parte delas reclama que a assistente digital da Amazon está “surda” ou com bastante dificuldade para entender alguns comandos. Com isso, muitos questionam se vale a pena migrar para o Google Assistente e se ele irá atender de forma competente.

Para sanar essa dúvida, troquei todos meus dispositivos Amazon Echo de casa pela linha Google Nest e usei os dispositivos com Google Assistente pelos últimos meses, para descobrir se o assistente pessoal da empresa de Mountain View pode ser uma boa substituta para a Alexa.

Durante esse período, notei que algumas coisas são bem melhores com o Google Assistente, enquanto outras só funcionam bem, de fato, na Alexa. Neste comparativo, vou traçar os pontos em que cada um se sai melhor, destacando toda a usabilidade dos assistentes digitais — não só para o controle de casa inteligente, mas em um aspecto geral.

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O que a Alexa e o Google Assistente têm em comum?

As duas assistentes virtuais são as mais populares e mais funcionais por um simples motivo: bem antes do lançamento do protocolo Matter, elas já tinham um suporte a vários dispositivos de casa inteligente, sendo compatíveis com praticamente qualquer dispositivo de automação disponível no mercado.

Dessa forma, tanto a Amazon Alexa quanto Google Assistente podem controlar uma enorme variedade de acessórios, como lâmpadas, interruptores, ar-condicionados, tomadas, etc. Em resumo, praticamente tudo o que funciona com Alexa, também funciona com o Google Assistente e vice-versa.

Da mesma forma, elas também compartilham o mesmo problema nos últimos meses. Pela minha experiência usando o Nest Mini, Nest Áudio e Nest Hub pelos últimos meses, notei que tanto o Google Assistente quanto a Alexa está com bastante dificuldade para entender ou ouvir meus comandos — então o que vai diferenciar mais um do outro são os aspectos positivos exclusivos de cada um.

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Em que a Alexa é melhor em relação ao Google Assistente?

Lista de compras mais eficiente

Um dos recursos que eu mais usava na Alexa e que me incomodou um pouco quando migrei para o Google Assistente foi a lista de compras. Sempre que um item está em falta em casa eu já peço para a assistente adicionar na lista para facilitar na hora de fazer as compras do mês.

Acontece que a lista de compras do Google é pouco funcional. Quando peço para adicionar um item que eu já tinha adicionado, por exemplo, ele gera uma duplicidade, enquanto a Alexa avisa que este item já está na lista.

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Além disso, a assistente da Amazon também dá sugestão de itens que eu posso adicionar à lista quando estou com ela aberta — o que geralmente me dá ótimas dicas quando esqueço de algo.

Outro ponto é que a lista de compras do Google é aberta de forma externa, no navegador, enquanto a da Alexa é direto no app. Isso facilita na organização e deixa tudo em um só lugar.

Mais agilidade

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Quando escuta e entende bem os comandos, a Alexa mostra uma agilidade muito maior para executar os comandos ou dar respostas ao usuário. Isso vai desde acender ou apagar uma luz até interagir com skills ou criar timers, alarmes e lembretes.

Isso pode passar despercebido na maioria das vezes, mas algumas é bem notável que a assistente da Amazon é mais competente nesse aspecto e que realiza suas tarefas em menor tempo.

Melhor suporte a vários idiomas

Outro ponto que me incomodou um pouco é que o Google Assistente tem um pouco de dificuldade para entender outros idiomas quando o principal está definido como português. Um exemplo que aconteceu comigo: quando fui pedir músicas com título em inglês, ou ele não entendia completamente ou apenas iniciava uma playlist da banda que eu queria.

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E isso não foi nem questão de a pronúncia estar certa ou errada — já que com a Alexa eu conseguia tocar as mesmas músicas normalmente. Não era algo que acontecia com frequência, mas incomodou algumas vezes, ao ponto de eu preferir abrir o Spotify e transmitir a música para o Google Nest manualmente.

Mais variedade de dispositivos no mercado brasileiro

Se você quer usar vários — ou pelo menos dois — dispositivos com assistente digital em casa e espalhá-los pela casa, saiba que o Google te dará poucas opções no Brasil. Na verdade, temos acesso apenas ao Google Nest Mini e ao Google Nest Áudio.

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Infelizmente, dispositivos com tela, como o Google Nest Hub ou Nest Hub Max, não são vendidos oficialmente no mercado brasileiro, então você precisará importar esses modelos caso faça questão de um Google Assistente com tela na sua casa.

Já a Amazon, por sua vez, tem uma variedade bem maior de gadgets, com ou sem tela. No Brasil, a empresa oferece as linhas Echo Dot, Echo Pop, Echo, Echo Show e Echo Studio, além do fone de ouvido Echo Buds, que também tem Alexa integrada.

Produtos importados funcionam normalmente

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Se você decidir comprar de fora um Google Nest Hub — que é o aparelho com tela da empresa de Mountain View — saiba que há uma grande limitação: ele não funcionará em português. Mesmo que o Google Assistente e que todos os seus dispositivos estejam configurados no nosso idioma, os aparelhos que não são vendidos oficialmente no Brasil não terão este suporte.

Em contrapartida, eu já usei o Echo Auto e o Echo Frames normalmente em português, e esses dois modelos não são vendidos oficialmente no Brasil.

Melhor comunicação entre dispositivos Echo

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Como cheguei a usar pelo menos três dispositivos Echo em casa ao mesmo tempo, era comum eu criar um timer em um dispositivo e desativá-lo em outro. O mesmo vale para alarmes ou lembretes. Em todos os casos os aparelhos da Amazon se comunicam perfeitamente entre si para possibilitar isso.

Mas fiquei surpreso ao descobrir que, com o Google Assistente, isso não é possível. Se eu iniciava um timer no Nest Mini da cozinha, por exemplo, eu não conseguia desativá-lo pelo Nest Áudio do quarto: este falava que não existe nenhum timer configurado. A impressão que passa é que o Google só criava esses timers, alarmes ou lembretes no próprio dispositivo, mas não sincronizava com a nuvem.

Em que o Google Assistente é melhor em relação à Alexa?

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Aplicativo mais organizado e amigável

O aplicativo da Alexa — seja para Android ou para iOS — é repleto de opções e é inegável que dá para fazer praticamente tudo de dentro dele. Por outro lado, a organização do apliativo não é o ponto forte da Alexa e a tela inicial é só um amontoado de informações sobre tudo que não deixa nada prático ir direto ao ponto.

O Google Home, por outro lado, é bem mais agradável visualmente, com uma interface minimalista que deixa todos os itens mais acessados a poucos cliques. Recentemente, a empresa ainda liberou uma nova versão que deixa tudo ainda mais organizado e fácil de encontrar.

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Nessa nova versão, você pode definir seus dispositivos favoritos e encontrá-los mais facilmente já na tela inicial, enquanto no app da Alexa é preciso ir até a aba de dispositivos e, ainda assim, a organização não é tão boa.

Unificação com controle de casa inteligente do Android

Se você usa um celular Android e estiver pensando em comprar um Google Nest — ou já tiver um — tem a vantagem de ter o controle de dispositivos de casa inteligente do celular unificado com o app Google Home. Dessa forma, não precisa usar um terceiro app só para controlar seus dispositivos de forma mais simples no smartphone.

Por outro lado, se você tem um dispositivo Echo e quer ter essa vantagem, é necessário baixar o Google Home de qualquer forma caso você precise dos controles na barra de tarefas do celular. Há outras alternativas, como o Mi Home da Xiaomi ou o SmartThings da Samsung, mas de qualquer forma é preciso um segundo app para esse propósito.

Permite realizar vários comandos de uma vez

Um ponto que deixa o Google Assistente bem à frente é a praticidade para controlar vários dispositivos de casa inteligente de uma só vez. Com a Alexa, se precisar desligar duas lâmpadas, você precisa dar um comando por vez, enquanto o Google permite que você controle as duas ao mesmo tempo.

Isso também funciona com alarmes, por exemplo. Você pode definir mais de um alarme de uma só vez, sem precisar dar um comando para cada.

Avisos de dispositivos conectados offline

Quando você tenta apagar ou acender uma lâmpada — ou controlar qualquer outro dispositivo — que esteja offline, a Alexa atende o comando e faz o que é pedido, mesmo que não tenha efeito nenhum, já que o aparelho está desconectado. Isso pode te deixar sem saber se algum dispositivo está com problemas.

Já o Google Assistente te alerta que determinado aparelho não está respondendo. Por exemplo: se mandar apagar todas as luzes de uma vez, ele apagará as que estão disponíveis e alertará qual não respondeu. Se mais de uma não estiver conectada, ele apenas dirá quantas estão desconectadas, para que você possa checar no app ou pessoalmente.

A Alexa, por outro lado, só faz isso se você der o comando para um único dispositivo. Se envolver um grupo ou todas as lâmpadas, ela não identifica falhas individuais.

Repertório maior para respostas comuns

Por ser mais bem integrado com o buscador do Google, o Google Assistente parece ter um repertório muito maior para esclarecer as dúvidas rotineiras dos usuários do que a Alexa. Não que a assistente da Amazon não funcione para isso, muito pelo contrário, mas o Google é bem mais eficiente neste aspecto.

Houve casos, por exemplo, em que eu perguntei para os dois quando determinada série estrearia uma nova temporada e o Google respondeu com uma especulação encontrada em um site de notícias, enquanto a Alexa retornou com a famosa mensagem “não sei nada sobre isso”.

Criação de rotinas para configurações no celular

Por fim, o Google Assistente também tem uma integração melhor com o smartphone e permite criar rotinas com ações no celular. Por exemplo, dá para controlar o nível de brilho da tela ou aumentar o volume do celular só fazendo o pedido para o Google Nest.

As rotinas da Alexa, embora sejam mais completas, estão limitadas aos dispositivos da marca e, no máximo, permite enviar uma notificação ao celular com o app instalado, mas nada além disso.

Afinal, qual é o melhor: Google Assistente ou Alexa?

Os dois assistentes digitais “empatam” no número de pontos destacados neste comparativo, mas é claro que alguns aspectos do Google Assistente sobrepõem bastante os da Alexa e vice-versa.

O Google mostra uma eficiência um pouco maior para controlar dispositivos de casa inteligente, mas a Alexa funciona melhor no dia a dia e ainda oferece mais opções de dispositivos no Brasil, como as Echo Show — ou “Alexa com tela”.

Dessa forma, você precisa analisar quais são as prioridades e entender qual dos dois assistentes virtuais irá te atender melhor, mas é válido destacar que, se já está acostumado com a Alexa e só está incomodado com os “problemas” que ela tem apresentado nos últimos meses, não notará muita diferença com o Google Assistente.

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