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Review Poco M4 Pro | Celular 5G bom e barato que só peca na tela

Por| Editado por Léo Müller | 22 de Dezembro de 2021 às 18h05

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Review Poco M4 Pro | Celular 5G bom e barato que só peca na tela
Review Poco M4 Pro | Celular 5G bom e barato que só peca na tela

A Xiaomi lançou o Poco M4 Pro apenas cerca de oito meses depois de seu antecessor chegar ao mercado. O novo modelo corrige bem os principais problemas do M3 Pro, mas mantém um dos principais: a tela LCD.

Com desempenho e câmeras ainda melhores, o aparelho repete a boa autonomia de bateria e traz som estéreo. Só faltou a tela Super AMOLED para ter as melhores tecnologias já disponíveis em seus concorrentes. O melhor de tudo é o seu preço, ao menos para quem tem paciência de importar diretamente da China.

Eu testei o aparelho e já adianto que tem pouca coisa para reclamar. São apenas pequenos detalhes que, a meu ver, a Xiaomi precisa começar a dar mais atenção para almejar voos ainda mais altos no mercado de smartphones.

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Design e Construção

Não há nada de novo no visual do Poco M4 Pro. Apesar da inscrição “designed by Poco” (“projetado pela Poco”), o celular é nada menos que uma versão global para o Redmi Note 11. A única diferença visual entre os dois é a faixa preta na traseira que “estende” o módulo de câmeras.

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  • Dimensões: 163,6 x 75,8 x 8,8 mm
  • Peso: 195 gramas

São apenas duas câmeras, apesar de haver seis espaços no módulo. O sensor principal de 50 MP fica acima, sozinho em uma lombada extra. Abaixo, está uma câmera super grande angular, ao lado de um flash LED, e mais dois “furos” com um pequeno ponto vermelho em um e a inscrição AI (de inteligência artificial) em outro.

E aqui eu deixo uma dica: preste atenção no dedo que mais vezes tocar o botão de energia com o sensor de digitais integrado ao pegar o aparelho de uma superfície de descanso. Por algum motivo, ele está em uma região que gerou leituras inválidas da minha digital por várias vezes durante o uso, quando tentei pegar o smartphone.

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O aparelho tem acabamento em plástico na traseira e laterais, com um toque fosco que reduz as marcas de dedos — mas não as evita totalmente. Um vidro protege o display, que ocupa cerca de 85% da parte frontal e tem um pequeno furo centralizado na parte superior para a câmera de selfies.

O Poco M4 Pro tem certificação IP53 e é resistente a respingos d’água e poeira. Também possui conector USB-C e P2 (para fone de ouvido).

Tela

  • Tamanho: 6,6 polegadas, 105,2 cm² de área, ~84,8% de ocupação;
  • Tecnologia do painel: IPS LCD;
  • Resolução e proporção: Full HD (1080 x 2400 pixels), 20:9;
  • Densidade aproximada: 399 pixels por polegada;
  • Extras: 90 Hz, proteção Corning Gorilla Glass 3.
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O display do Poco M4 Pro não foge muito do que já vimos em outros modelos intermediários da Xiaomi. O painel IPS LCD garante cores naturais, mas peca no contraste e na intensidade do brilho. Isso pode tornar a visibilidade um pouco difícil em ambientes com muita luz, especialmente na rua, em dias ensolarados.

Isso é um problema quando a gente olha para os principais concorrentes deste modelo. Samsung e Motorola usam painéis OLED em seus Galaxy A52s e M52, e Motorola Edge 20 e Edge 20 Lite.

Mas se por um lado o dispositivo não tem o brilho e nem o preto profundo de um painel OLED, ao menos tem boa qualidade de cores e densidade que garante nitidez de imagem. Dá para consumir vídeos e até jogar em um nível bem satisfatório, com a vantagem de a tecnologia LCD ser mais em conta.

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A taxa de atualização de 90 Hz é um bom extra, que confere suavidade de movimento em conteúdos compatíveis. Isso não inclui vídeos e também não está disponível para muitos jogos no momento, mas já é legal para navegar na internet e redes sociais.

Configuração e Desempenho

O processador do Poco M4 Pro é relativamente poderoso para um celular intermediário.

O aparelho lidou bem com os testes, incluindo ótimo desempenho em jogos como Asphalt 9 e Free Fire. Só note algum aquecimento no uso prolongado da câmera, mas como era uma tarde de calor e muito sol, é algo de se esperar.

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  • Sistema operacional: Android 11 sob a MIUI 12.5;
  • Plataforma:MediaTek Dimensity 810 5G (6 nm);
  • Processador: Octa-core (2x 2,4 GHz Cortex-A76 + 6x 2,0 GHz Cortex-A55);
  • GPU: Mali-G57 MC2;
  • RAM e armazenamento: 4/64 GB ou 6/128 GB.

Eu alternei entre jogos, redes sociais e mensageiros sem reparar engasgos durante os testes, o que era esperado já que o modelo que chegou aqui tem 6 GB de RAM.

No geral, é um bom celular para uso mediano a pesado atualmente, desde que você tenha em mente que não vai ter o poder de um topo de linha em mãos. Ou seja, há alguma limitação.

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Nos benchmarks, resultados dentro do esperado, que o colocam na faixa intermediária de potência na época de seu lançamento. Foram 1206 pontos com 7,2 fps no teste Wild Life Unlimited do 3D Mark, e 347 pontos com 2,1 fps na versão Extreme do mesmo teste e app.

Há um salto de cerca de 200 pontos e quase 1 fps em relação ao seu antecessor, o Poco M3 Pro. Que tem o Dimensity 700 5G e já entregava poder de fogo bem razoável para um smartphone intermediário.

Uma curiosidade: apesar de trazer o Dimensity 810, o Poco M4 Pro lista no app AIDA64 a mesma plataforma de seu antecessor. Mas pode ser apenas um problema no banco de dados. Ele realmente possui dois núcleos potentes de 2,4 GHz, enquanto o Dimensity 700 teria dois de 2,2 GHz.

Interface e sistema

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O smartphone da Xiaomi tem a interface MIUI 12.5 instalada por cima do Android 11 ao sair da caixa.

Como sempre, não há informações sobre atualizações garantidas para o dispositivo, mas é de se esperar que ao menos uma nova versão de Android ele receba, e talvez mais um ou dois updates da interface, independente de mudar o sistema operacional.

O Poco M4 Pro já tem uma boa quantidade de apps instalados, como é costume em celulares da empresa. Entre eles estão as redes sociais FacebookTikTok e Twitter, além de serviços de streaming como Amazon Music e YouTube Music. Além de alguns redundantes, como Fotos e Galeria.

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Câmeras

Eu tenho o hábito de criticar a insistência das empresas em incluir conjuntos de câmeras numerosos e sem qualidade em celulares intermediários. O Poco M4 Pro não peca neste ponto, pois traz apenas o que a maioria das pessoas vão usar: uma câmera principal, uma ultra wide e mais uma frontal, para selfies.

  • Principal: 50 MP, abertura f/1.8, foco PDAF dual pixel;
  • Ultra wide: 8 MP, abertura f/2.2, campo de visão de 119˚;
  • Selfies: 16 MP, abertura f/2.5;
  • Vídeos: 1080p a até 60 fps (principal e frontal).

O conjunto é bem decente e tira fotos bacanas. Óbvio que não vão competir com a qualidade de um iPhone 13 ou de um Galaxy S21, mas não ficam tão atrás de outros modelos intermediários Android, mesmo os da Samsung.

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Aqui valem as mesmas dicas de outros modelos: ative o HDR automático e mantenha a inteligência artificial sempre desligada. A menos que você goste de saturação bem forte — se prefere cores destacadas, mas sem exagero, melhor editar as fotos posteriormente.

O que mais me impressionou, no entanto, foi o modo retrato. A nitidez e a qualidade do recorte, ao menos na tela do celular, são impressionantes. E vão agradar muito quem gosta de fotos que priorizam os tons frios.

Nas selfies, a qualidade também não é de todo ruim, mas a lente com abertura limitada atrapalha bastante em ambientes escuros. Para autorretratos, eu sugiro ambientes com muito boa iluminação.

Só achei estranho que há um atraso entre o que acontece no mundo real e o que aparece na tela do Poco M4 Pro quando a câmera frontal está ativada. Demora quase um segundo para seu movimento ser espelhado. Nada que afete o resultado final.

Sistema de Som

Talvez o maior diferencial dos aparelhos intermediários da Xiaomi atualmente seja o sistema de som estéreo. Poucos modelos da categoria têm esta característica, visto que as fabricantes preferem focar na redução de custos ao máximo, e o áudio não é uma prioridade para a maior parte dos consumidores.

Os alto-falantes do Poco M4 Pro têm boa potência de som, mas apresentam distorção em volumes mais altos. Ainda assim, são no geral melhor que muitos aparelhos da categoria, simplesmente pelo fato de serem estéreo.

Como alternativa ao conjunto de som já presente no aparelho, você pode usar caixas de som ou fones de ouvido conectados por Bluetooth ou pela porta P2 existente no celular.

Bateria e Carregamento

  • Capacidade de carga: 5.000 mAh;
  • Recarga: até 33 W.

Não há nada de especial na bateria do Poco M4 Pro, que tem 5.000 mAh de carga e vem com um carregador de 33 W. São as mesmas especificações de uma grande parte dos seus concorrentes.

Ao menos o tempo de uso parece melhor do que outros celulares da empresa que testei recentemente. No teste de uso da Netflix, a estimativa ficou em 20 horas de reprodução de vídeo com a tela em 50% do brilho, com os 90 Hz ativados.

Curiosamente foi o mesmo resultado do seu antecessor, o M3 Pro, que também consumiu 15% de carga em três horas de reprodução na Netflix.

Já o teste de uso real também foi bastante satisfatório, com 76% de carga restante em 8 horas de uso médio a pesado. Usei bastante YouTube, Instagram, TikTok, Netflix e Twitter, e ainda joguei algumas partidas de Asphalt 9 e Free Fire. Infelizmente não há informação sobre o tempo de tela.

Segundo o próprio sistema, ainda havia carga suficiente para mais 20 horas de uso mantendo o mesmo padrão. Não está tão ruim, já que isso garante mais de um dia longe da tomada.

E foi um uso mais exigente que o normal, então dá para acreditar que o dispositivo aguente dois dias sem pedir uma recarga em uso normal.

A recarga também foi bem veloz. Não chegou a demorar menos de uma hora para ir de 0% até 100% como divulgado pela Xiaomi.

Ficou em pouco mais do que os 59 minutos previstos, o que é normal considerando que há alterações na corrente elétrica e o próprio dispositivo pode consumir um pouco mais de carga durante o carregamento.

Concorrentes Diretos

Os concorrentes do Poco M4 Pro são modelos não tão baratos, mas que trazem garantia de 12 meses e tela OLED. Os principais são Galaxy A52s e Galaxy M52, da Samsung, e Motorola Edge 20 e Edge 20 Lite.

Os dois modelos da Samsung podem ser encontrados em uma faixa entre os R$ 2.000 e R$ 2.200. Já o Motorola Edge 20 salta para a faixa dos R$ 2.400. A alternativa seria o Edge 20 Lite, mais barato (menos de R$ 2.000), mas com poder de processamento menor.

Você pode tentar importar o Xiaomi 11 Lite 5G NE, mas este já tem preço em faixa bem superior, ultrapassando os R$ 3.000. Ele também tem tela AMOLED e câmeras superiores ao concorrente da marca irmã.

Poco M4 Pro: vale a pena?

Com excelentes correções em dois dos três maiores pontos fracos do antecessor, o Poco M4 Pro só peca em um detalhe: a tela IPS LCD.

Enquanto seus principais concorrentes já entregam painéis OLED, o modelo 5G barato da Xiaomi ainda insiste em uma tecnologia que peca em brilho e contraste.

Ao menos o áudio estéreo é consideravelmente superior ao mono do M3 Pro e a película da tela não é tão pegajosa (apesar de ainda deixar bastante marcas de dedos). De quebra, o novo aparelho ainda tem processador mais potente e um conjunto de câmeras um pouco melhor no geral.

Mas quando você olha para alternativas com especificações semelhantes, fica difícil optar pelo modelo com tela de brilho baixo e pouco contraste. E os modelos de Samsung e Motorola têm garantia de 12 meses e tela OLED.

E aí o Poco M4 Pro ganha no preço. Na faixa de R$ 1.400 para quem comprar direto da China, ele ainda está um pouco caro entre importadores no Brasil.

Mas isso deve mudar em pouco tempo, e ficando mais em conta que seus principais concorrentes, que flutuam na faixa de R$ 2.100 a R$ 2.500, é uma opção excelente.

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