Review Mi Band 10 | A nova smartband da Xiaomi vale o upgrade?
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller |

A Xiaomi Smart Band 10 chegou como a sucessora de uma das pulseiras inteligentes mais populares do mercado. A cada geração, a marca faz ajustes pontuais em design, tela e recursos de monitoramento.
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Mas será que a nova versão realmente traz novidades que justificam o upgrade? Eu testei a Mi Band 10 nos últimos dias e conto agora se ela vale a pena.
Prós
- Tela maior e mais brilhante
- Bateria com excelente autonomia
- Monitoramento de saúde completo
- Design leve e confortável
- Interface mais fluida com HyperOS 2.0
Contras
- Mudanças muito sutis em relação à Mi Band 9
- Ainda sem NFC
- Continua sem GPS integrado
- Preço pode estar salgado no lançamento
Design, construção e tela
A Xiaomi Smart Band 10 mantém praticamente a mesma identidade visual da série, com formato de "pílula". As mudanças são bem sutis e, visualmente, você pode até confundir com a geração anterior.
O que mudou foi a tela, que agora é ligeiramente maior, com 1,72 polegada — um crescimento bem modesto em relação aos 1,62 polegada da antecessora. A tecnologia AMOLED continua lá, mas agora com resolução de 212 x 520 pixels e brilho de até 1500 nits. Assim, ela também está mais clara para visualização externa.
O acabamento continua em alumínio e é bem leve, com apenas 15,9 granas sem a pulseira. Assim, dá para usar tranquilamente durante a noite sem sentir incômodo no pulso. A resistência à água também se mantém em 5 ATM.
A pulseira de silicone que vem no kit oferece o mesmo conforto de sempre, e ela ainda é compatível com os braceletes extras das gerações anteriores, o que é um ponto positivo para quem já tem alguns acessórios.
A tela com 1500 nits realmente faz diferença no dia a dia, e permite visualizar tudo perfeitamente mesmo sob sol forte, algo que já era bom na Mi Band 9, mas agora ficou ainda melhor.
— Bruno Bertonzin
Acompanhamento físico e saúde
A Mi Band 10 mantém o mesmo conjunto de sensores da antecessora, incluindo acelerômetro de 3 eixos, giroscópio, sensor óptico de frequência cardíaca e oxímetro. O monitoramento continua preciso, mas me incomodou o fato de ela não identificar automaticamente as caminhadas, por exemplo, apesar de ela ter esse suporte.
Ainda assim, ela conta com mais de 150 modos esportivos disponíveis, desde modalidades aquáticas até terrestres e indoor. Como esperado, ela não tem GPS integrado, então você ainda precisa levar o celular junto para manter os dados de trajeto salvos no app.
Para acompanhamento de saúde, ela traz as mesmas funcionalidades: monitor cardíaco e oxímetro contínuos, monitoramento de estresse e análise completa do sono.
Uma novidade interessante é o modo de "pontuação de vitalidade", que oferece uma nota de 0 a 100 baseada nos seus dados de saúde ao longo de 7 dias. É uma forma mais visual de entender como anda sua condição física geral.
Sistema e aplicativo
O app oficial é o Mi Fitness, disponível tanto para Android quanto iOS. A interface ganhou algumas melhorias com a chegada do HyperOS 2.0, que promete operação mais fluida, mas as mudanças são bem sutis no dia a dia.
O que incomoda é a quantidade “limitada” de watchfaces. Limitada entre aspas porque são mais de cem opções disponíveis no app Mi Fitness. Mas, antes, era possível personalizar melhor a aparência dos relógios e até colocar imagens próprias, algo que foi descontinuado nas últimas gerações.
Assim como a geração anterior, ela não permite tocar músicas diretamente do aparelho, mas funciona bem como controle remoto para o os apps de streaming no smartphone. Também não tem NFC, então pagamentos por aproximação continuam indisponíveis na versão comercializada no Brasil.
Bateria e carregamento
A bateria de 233mAh promete até 21 dias de autonomia, praticamente a mesma duração da Mi Band 9. O carregamento continua sendo magnético com carregador proprietário, e leva aproximadamente 1 hora para completar a carga.
Na prática, dá para esperar pelo menos duas semanas de uso normal, considerando monitoramento contínuo de saúde e algumas notificações ativas. Para quem usa a pulseira de forma mais básica, é possível chegar próximo dos 21 dias prometidos pela marca.
Aqui, eu usei por quatro dias e o consumo foi de apenas 20% durante esse período.
Concorrentes diretos
A principal concorrente continua sendo a Samsung Galaxy Fit 3, que oferece tela maior e design mais tradicional de relógio. A autonomia da Samsung fica em torno de 13 dias, bem abaixo da Mi Band 10, mas as funcionalidades são maiores.
Outra alternativa é a Huawei Band 10, com visual similar à Galaxy Fit 3 e bateria para até 14 dias. Ambas as concorrentes oferecem funcionalidades parecidas.
Assim, a escolha fica mais por conta da preferência por design: se quer algo mais discreto, a Mi Band é imbatível, mas se quer uma tela maior, que permite ver mais conteúdos, as opções da Huawei e Samsung atendem melhor.
Confira o preço de cada modelo:
- Mi Band 10: R$ 600;
- Galaxy Fit 3: R$ 250;
- Huawei Band 10: R$ 350.
A bateria continua sendo um dos pontos mais fortes da Mi Band, e ter uma pulseira que dura vários dias certamente é um atrativo para quem não quer se preocupar em ficar sem bateria durante os exercícios.
— Bruno Bertonzin
Vale a pena comprar a Xiaomi Smart Band 10?
A Mi Band 10 vale a pena, mas tem algumas considerações importantes para se chegar a essa conclusão.
A primeira é que ela é uma evolução muito tímida em relação à Mi Band 9. As melhorias existem, mas são mudanças quase imperceptíveis no uso diário. Assim, se você já tem uma Mi Band 8 ou 9 funcionando bem, não faz sentido fazer o upgrade agora.
Já se você não tem uma ainda e quer comprar, faz mais sentido optar pelo modelo mais recente, porém dentro da faixa de preço correta. Ela custa R$ 600, valor bem acima das principais concorrentes. Assim, se ela chegar a uma faixa de R$ 350, começa a fazer mais sentido para quem procura uma smartband discreta e bem funcional.
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