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Review Galaxy Tab S7 | um tablet da geração passada com excelente desempenho

Por| Editado por Léo Müller | 21 de Julho de 2022 às 15h13

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Review Galaxy Tab S7 | um tablet da geração passada com excelente desempenho
Review Galaxy Tab S7 | um tablet da geração passada com excelente desempenho

Em 2020 a Samsung atualizou sua linha de tablets com o Galaxy Tab S7. O modelo chegou ao mercado com processador do ano em questão e um bom conjunto de hardware. Além disso, o modelo se destaca por oferecer a caneta S Pen já na caixa, algo que fez falta em gerações passadas.

Mas, com a chegada da linha Galaxy Tab S8, lançada no começo de 2022, será que ainda vale a pena investir no tablet topo de linha da geração passada? Neste review, levanto os principais pontos positivos e negativos do aparelho, para te ajudar a decidir se vale a pena comprá-lo. Confira:

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Design e Construção

O Galaxy Tab S7 conta com um design bem sofisticado, com acabamento em metal tanto na estrutura das laterais, quanto na traseira. O tablet tem, ainda, uma estética toda plana em todos os seus quatro lados — o que dá ao dispositivo um tom mais elegante.

Outro aspecto positivo é o visual das bordas da tela. Todas elas são bem simétricas e discretas. Isso garante um design mais agradável além, é claro, de um melhor aproveitamento do painel.

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Em termos de ergonomia, ele é bem o que se espera de um tablet: o eletrônico pesa 500 gramas e tem dimensões de 253,8 x 165,3 x 6,3 mm. Por ser bem "largo" é um pouco difícil se acostumar a digitar direto na tela, portanto se pensa em usar um para trabalho, talvez seja interessante adquirir também um teclado compatível.

Em relação às portas, conectores e saídas, o Tab S7 tem apenas uma entrada USB-C para carregamento, na parte inferior, quatro saídas de áudio, posicionadas nas extremidades das partes superior e inferior, uma gaveta para SIM Card, na lateral direita e um conector para acessórios como teclados no esquerdo. Já o sensor de impressões digitais fica alojado na tecla de energia.

Tela

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O Galaxy Tab S7 conta com uma tela LTPS TFT — tecnologia que fica entre o AMOLED e o LCD em termos de qualidade de imagem — de 11 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz e resolução de 1600 x 2560 pixels.

Na prática, o display costuma consumir bastante energia, principalmente se estiver com brilho mais alto, e se comparado a uma tela AMOLED. E, por falar em brilho, em locais com bastante iluminação — como em um dia ensolarado — é um pouco difícil enxergar o conteúdo, mesmo que a definição esteja configurada no máximo.

Isso não chega a ser um problema, já que um tablet é mais voltado para um uso dentro de casa ou no trabalho. Mas, se precisar sair com ele, saiba que essa é uma limitação deste tipo de painel.

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Fora isso, o dispositivo conta com um bom equilíbrio de cores para assistir a filmes ou séries, ou simplesmente para ver fotos e vídeos. A tela bem maior do que a de um celular contribui bastante para que a experiência em serviços de streaming seja bem satisfatória.

Por fim, é importante destacar que o Tab S7 tem suporte à caneta S Pen da Samsung e que esta já vem inclusa no kit. Dessa forma, é possível utilizar melhor o aparelho para trabalho sem precisar desembolsar um pouco mais por uma caneta digital.

Configuração e Desempenho

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O desempenho do Galaxy Tab S7 fica a cargo do chipset Snapdragon 865 Plus. Apesar de já ser um hardware antigo, este era o modelo mais avançado da Qualcomm no ano de lançamento do tablet.

Na prática, ele garante um bom desempenho e fluidez para executar praticamente qualquer função ou aplicativo. Para testes, joguei algumas partidas de Call of Duty Mobile com configuração gráfica e taxa de quadros definidos na configuração máxima e tive uma experiência bem satisfatória, sem qualquer tipo de lentidão ou engasgos.

Também fiz um teste de benchmark no aplicativo 3D Mark, e ele atingiu 1.209 pontos na análise Wild Life Extreme Unlimited e 4.201 pontos no Wild Life Unlimited.

Como efeito de comparação, é mais ou menos a mesma faixa de pontuação do Galaxy Note 20 Ultra — celular lançado também em 2020 pela sul-coreana.

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Por ser um tablet — e topo de linha — o dispositivo ainda tem suporte ao Modo DeX, que permite utilizá-lo como um “computador” e conectá-lo a um monitor externo ou direto em um notebook, por exemplo. Dessa forma, é possível aproveitar melhor suas funções e ter uma experiência melhor para trabalho ou estudos.

Para quem é mais ligado em especificações, deixo aqui alguns dados importantes sobre sua ficha técnica: ele possui combinações de 6 ou 8 GB de memória RAM com 128, 256 ou 512 GB de armazenamento interno.

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Usabilidade

O Galaxy Tab S7 está, atualmente, atualizado para o Android 12, carregado sob a interface One UI 4.1. Isso oferece ao dispositivo algumas funções bastante interessantes, como o controle de dispositivos de casa conectada no Centro de Controle.

A navegação e os menus também são bem intuitivos e, assim como em smartphones da marca, é possível adotar a navegação por gestos e eliminar os ícones que ocupam espaço na parte inferior do display.

Outro recurso interessante é a opção de utilizar uma segunda tela com o tablet, para expandir a exibição de seu painel para um monitor externo, por exemplo, assim como é feito com computadores e notebooks.

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Para quem está acostumado com os celulares da Samsung, no entanto, é importante destacar que há uma pequena diferença na interface dos tablets em relação aos smartphones: nos dispositivos maiores não há uma loja de temas para personalizar mais o visual do sistema operacional.

Câmera

O Galaxy Tab S7 conta com um conjunto de duas câmeras traseiras — sendo uma principal de 13 MP auxiliada por uma ultrawide de 5 MP — e uma frontal de 8 MP. É importante destacar que, geralmente, os tablets não são desenvolvidos para tirar fotos tão boas quanto smartphones, mas este modelo ainda se sai bem em fotografias cotidianas.

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Em um ambiente externo e com bastante iluminação, a quantidade de detalhes na imagem é muito boa, tanto com a câmera frontal quanto com a traseira. Mas é importante destacar que a textura de árvores ou plantas não é digna de prêmios.

De forma mais simples, sua qualidade de fotografia fica em um nível visto entre os celulares intermediários da própria Samsung, sem o grande desempenho visto na linha S de smartphones, por exemplo, mas com o equilíbrio das linhas A52 para cima.

Em videochamadas — que provavelmente é o que você mais procura em um dispositivo do tipo — ele atende igualmente bem: não tem um desempenho excelente, mas fica dentro do esperado.

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O tablet conta com uma boa qualidade, mas sofre um pouco com o foco. Isso é mais notado quando você se mexe um pouco durante as chamadas. Nesses casos, a imagem fica um pouco borrada, como se o sensor não conseguisse localizar de imediato o objeto em destaque.

Amostras de imagens e vídeo feito com as câmeras do Galaxy Tab S7:

Sistema de Som

O Galaxy Tab S7 conta com uma configuração de áudio estéreo com nada menos do que quatro saídas de som: são duas posicionadas nas extremidades da parte superior do tablet e as outras duas nas inferiores.

Esse conjunto oferece uma boa qualidade sonora e a assinatura de áudio da AKG garante uma sonoridade mais avançada. Em termos mais simples, o som é alto e bem claro, mesmo quando definido no volume máximo. A qualidade é bem equilibrada, com graves, médios e agudos bem nítidos.

Bateria e Carregamento

O Galaxy Tab S7 conta com uma bateria de 8.000 mAh e isso oferece ao tablet uma duração bem baixa da carga. Apenas como efeito de comparação, outros modelos da linha, no caso o Galaxy Tab S7 FE e Tab S7 Plus — bem como sua versão 5G — contam com 10.090 mAh.

Como teste padrão, executei o aplicativo da Netflix por três horas e o consumo foi de 22%. Neste cenário, toda a carga iria embora em cerca de 13 horas de streaming na plataforma.

No dia-a-dia, a autonomia pode ser bem parecida com isso. Se você usar bastante o aparelho com apps de produtividade ou até mesmo redes sociais, ele deve aguentar bem um dia de uso, talvez com a necessidade de uma carga adicional antes do fim do dia. Se o uso for mais moderado, no entanto, ele pode ultrapassar as 24 horas de uso.

O carregamento é feito por um conector USB-C na parte inferior do dispositivo, mas a velocidade de carga não é das mais rápidas. Com o acessório original que vem no kit são necessárias cerca de 2h10 horas para encher o tanque de 15 a 100%. Esse tempo, no entanto, não chega a ser um absurdo, já que são 8.000 mAh de capacidade.

Concorrentes Diretos

O mercado de tablets não é muito badalado quanto o de smartphones e, principalmente no Brasil, há pouquíssimos concorrentes direto ao Galaxy Tab S7, já que outros modelos comercializados por aqui ou são muito caros e fogem da proposta do S7 ou são mais simples e com poucos recursos.

No entanto, o Mi Pad 5, lançado pela fabricante chinesa em agosto do ano passado, é uma opção se você busca algo “parecido” com a oferta da Samsung.

Para começar, ambos são equipados com um chip da Qualcomm mas, enquanto o Galaxy Tab S7 chega com o Snapdragon 865 Plus, o Xiaomi tem um processador de geração anterior, o Snapdragon 860.

O tablet da chinesa também é mais “modesto” em relação às suas versões. Enquanto o Tab S7 pode chegar a 8 GB de RAM com 512 GB de armazenamento, ele para “apenas” em 6 GB de RAM com 128 GB ou 256 GB de armazenamento.

A tela também é um pouco diferente. Os dois têm um display de 11 polegadas com resolução de 1600 x 2560 pixels e 120 Hz, mas a Samsung oferece um painel LTPS TFT, enquanto o Xiaomi possui um IPS LCD, que não lida tão bem quanto o rival em gerenciamento de energia.

Por fim, o preço é de cerca de R$ 3.500 para o modelo da Samsung e R$ 4.000 para o da Xiaomi, ambos vendidos oficialmente no mercado brasileiro. Se for importar, no entanto, é possível encontrar o modelo chinês por valores entre R$ 2.200 e R$ 2.500.

Um tablet de dois anos que ainda atende muito bem

O Galaxy Tab S7 é um excelente tablet se você busca um aparelho para ampliar seu setup de trabalho ou simplesmente usar apps de produtividade com maior conforto e uma tela grande. O suporte à S Pen com a caneta já inclusa no kit deixa o conjunto ainda mais completo para isso.

Um ponto negativo é sua bateria, que deixa um pouco a desejar e é inferior até mesmo à do Galaxy Tab S7 FE — modelo mais simples da linha flagship da Samsung. De qualquer forma, com um uso mais moderado é possível chegar a um dia de uso.

Seu visual é bastante sofisticado e o acabamento metálico tanto na traseira quanto na frontal fazem dele um aparelho bem elegante, digno de um verdadeiro topo de linha da empresa sul-coreana. Uma pena a tela não ser AMOLED, mas o painel LTPS TFT presente nele atende melhor do que um IPS LCD, por exemplo, pelo menos em gerenciamento de energia.

Com tudo isso, mesmo considerando ser um modelo de 2020, ele ainda atende muito bem e não fica tão para trás em relação ao seu sucessor, o Galaxy Tab S8, que foi lançado no começo deste ano.

De qualquer forma, é uma aposta melhor do que da concorrência, já que oferece mais variantes de memória e é consideravelmente mais barato do que o Mi Pad 5 vendido oficialmente no Brasil.