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Galaxy A56 é um intermediário com inteligência artificial e bom desempenho

Por  • Editado por Léo Müller

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Galaxy A56 é um intermediário com inteligência artificial e bom desempenho
Galaxy A56 é um intermediário com inteligência artificial e bom desempenho
Galaxy A56

A Samsung atualizou sua linha intermediária em março de 2025, e o Galaxy A56 foi apresentado com melhorias singelas em hardware, mas traz os recursos do Galaxy AI pela primeira vez a um modelo mais acessível. Nessa análise, contamos tudo sobre o aparelho e se vale a pena comprá-lo. 

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Prós

  • Recursos de IA interessantes
  • Design renovado
  • Bom desempenho

Contras

  • Câmeras deixam cores bem artificiais
  • Novo módulo de câmeras acumula bastante sujeira

Galaxy AI limitado

Um dos principais destaques do Galaxy A56 é que ele leva alguns recursos do Galaxy AI para o segmento intermediário. Porém, não é o mesmo “Galaxy AI” da linha S24 e S25. Apesar de trazer algumas funções interessantes, a suíte no modelo custo-benefício é bem menor. 

Ainda assim, dá para usar a ferramenta de edição de foto para remover objetos e completar a imagem, por exemplo. Essa função, porém, não é tão eficiente e muitas vezes deixa alguns borrões na foto. Ela faz bem o trabalho quando o fundo do cenário não é muito complexo. 

Há, ainda, outras ferramentas, como o “Melhor rosto”, que escolhe a melhor correspondência de rosto em uma foto em movimento para corrigir falhas na hora da captura, como olhos fechados, boca aberta, etc. 

A “Seleção IA” talvez seja a que funciona melhor no aparelho. Ela permite selecionar qualquer informação na tela — como fotos ou textos — e realizar tarefas a partir da seleção, como iniciar a navegação para um endereço, editar ou fixar imagens, copiar o texto de uma foto, definir um papel de parede, criar um GIF, entre outros. 

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Apesar de serem bem vindos no segmento intermediário, os recursos de IA do Galaxy A56 ainda deixam a desejar e não são indicados para quem realmente quer fazer uso dessas ferramentas de forma eficiente. Eles são mais para quem quer “brincar” casualmente.

Bruno Bertonzin

Configurações e desempenho

Em relação ao desempenho, o Galaxy A56 surpreende pela agilidade. Ele mantém o chip feito em casa, dessa vez o Exynos 1580, e traz as mesmas combinações de 128 GB e 256 GB de armazenamento interno com 8 GB de RAM

Na prática, é um aparelho bem competente dentro do que se propõe: é ágil para abrir apps e serviços do dia-a-dia — como redes sociais e plataformas de streaming — e consegue executar jogos com boa performance. 

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Naturalmente, ele sofre um pouco ao abrir vários apps ao mesmo tempo, mas se tratando de um modelo intermediário, não chega a ser uma surpresa. Ainda assim, alternar entre redes sociais, como X, Threads, Instagram e TikTok não será um problema.  

No teste de desempenho padrão, ele chegou a 909.057 pontos gerais, um avanço significativo em relação à marca de 725.137 pontos atingida pelo antecessor. Este número é, por exemplo, bem superior ao do POCO X7, que anotou 679.742 pontos nos testes do AnTuTu Benchmark.

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Câmeras

O conjunto de câmeras mantém as mesmas configurações da geração passada no conjunto traseiro. Apenas na frontal houve mudanças, passando de 32 MP para 12 MP.

Em termos práticos, a câmera principal mantém o mesmo nível de definição do antecessor, com fotos ricas em detalhes e HDR bem eficiente, que consegue mostrar com clareza tanto as áreas escuras quanto as mais claras. 

A ultrawide já começa a apresentar um pouco de problema. Enquanto no A55 a falha era ao deixar as fotos mais escuras, no A56 é ao saturar demais as cores, deixando-as bem intensas e visivelmente artificiais. Isso é bem perceptível em fotos do céu, que fica com um tom de azul bem vívido. 

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No exemplo abaixo, o céu estava com um tom bem mais claro quando fizemos os registros. Na foto, ele ficou com uma coloração mais forte, e dá pra confirmar essa característica ao reparar bem no contorno das árvores, onde ele teve um pouco mais de "dificuldade" ao pós-processar a imagem. Isso aconteceu com várias fotos que tiramos, mesmo repetindo os testes outro horário. 

A frontal, apesar de ter menos resolução no “papel”, ainda consegue fazer ótimas fotos na prática. O modo retrato, por sua vez — tanto com a frontal quanto com a traseira — é bem competente e consegue fazer um recorte preciso do plano de fundo. 

Para gravação de vídeo, ele é bem limitado e só filma em 4K a 30 fps. Se preferir, dá para reduzir a resolução para Full HD na traseira e chegar a 60 fps, mas na frontal ele fica travado na frequência mais baixa independente da configuração de resolução. 

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O conjunto de câmeras do Galaxy A56 é bom e ele tira fotos com boa definição. Mas a ultrawide peca um pouco nas cores, deixando-as bem mais vívidas do que o necessário. Já o modo retrato surpreende pela boa qualidade do recorte e resolução.

Bruno Bertonzin

Design, construção e tela

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Nessa geração, a Samsung resolveu mudar a estética dos celulares e eles possuem mais diferenças em relação aos modelos da linha Galaxy S. Assim, o Galaxy A56 traz um módulo para agrupar o trio de câmeras traseiras, em vez de deixá-los soltos. 

Este componente tem o formato vertical e um “anel” flutuante, assim como acontece com os modelos mais caros. Já destacamos isso nas análises do Galaxy S25, S25 Plus e S25 Ultra, e deixamos aqui mais uma vez a preocupação: com o tempo, é possível que essa região acumule bastante poeira, já que é uma área difícil de limpar. 

Fora isso, a estética é bem agradável e o celular está ainda mais bonito que a geração passada. A construção é premium, com laterais de alumínio e vidro tanto na tela quanto na traseira, com proteção Gorilla Glass Victus+. Ele também conta com certificação IP67 de resistência à poeira e água. 

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A tela teve um pequeno aumento em tamanho da geração passada e passou de 6,6 polegadas do Galaxy A55 para 6,7 polegadas no Galaxy A56. Além disso, ela também está mais brilhosa, com 1200 nits no nível máximo e pico de 1900 nits. Como comparação, o modelo do ano passado tinha brilho de 1000 nits no máximo. 

Fora isso, ele mantém o painel Super AMOLED, com taxa de atualização de 120 Hz, resolução de 1.080 x 2.340 pixels e suporte para conteúdos em HDR10+. 

Bateria e carregamento

Em relação à bateria, não houve melhorias no Galaxy A56 e ele entrega exatamente a mesma capacidade do seu antecessor: são 5.000 mAh. 

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Até na prática, o resultado é o mesmo. No nosso teste de bateria padrão, ele consumiu os mesmos 25% da carga que o Galaxy A55, usando os mesmos apps durante o mesmo tempo. 

Ainda assim, a Samsung trouxe uma melhoria significante neste modelo: agora ele tem suporte para carregamento de 45 W, assim como os celulares da linha Galaxy S25. No entanto, o acessório incluso no kit não oferece toda essa capacidade. 

Ainda assim, usamos um carregador de 45 W para checar a velocidade de carga e ele foi de 0 a 100% em uma hora e meia. 

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Concorrentes diretos

As principais alternativas ao Galaxy A56 já disponíveis oficialmente no mercado brasileiro são o Motorola Edge 60 Fusion e o Redmi Note 14 Pro Plus. Assim como o aparelho da Samsung, estes celulares se destacam pela boa performance no segmento intermediário. 

Cada um tem seus pontos fortes: o celular da Xiaomi leva a melhor no carregamento, já que tem suporte para carga de 120 W, que promete abastecer sua bateria bem mais rápido. 

Já o modelo da Motorola tem uma construção diferenciada, com traseira feita em material sintético semelhante ao couro, e ainda traz mais resistência à água, com certificação IP68 e IP69.

O Galaxy A56, por sua vez, se destaca por oferecer mais longevidade e tem 6 anos de updates garantidos, então será atualizável por muito mais tempo. Confira, abaixo, a média de preço de cada um:

Galaxy A56

  • 128 GB: R$ 2.100
  • 256 GB: R$ 2.600

Motorola Edge 60 Fusion

  • 256 GB: R$ 2.700

Redmi Note 14 Pro Plus

  • 256 GB: R$ 3.000
  • 512 GB: R$ 3.500

Vale a pena comprar o Galaxy A56?

Sim, vale a pena comprar o Galaxy A56, porém este não é o momento ideal para isso. Seu preço ainda está alto para o que ele entrega e, no momento, é mais vantajoso comprar seu antecessor. 

Porém, quando ele atingir uma média de R$ 1.800 ou R$ 1.900 para sua versão com 128 GB, o A56 começará a fazer mais sentido. Trata-se de um celular que entrega uma performance bem satisfatória e um conjunto de câmeras equilibrado, que peca apenas nas cores de imagens capturadas pela lente ultrawide.