Publicidade

Realme Buds Q2 | Fones de ouvido baratos e surpreendentes

Por  • Editado por Léo Müller | 

Compartilhe:
Ivo Meneghel Junior/ Canaltech
Ivo Meneghel Junior/ Canaltech
Realme Buds Q2

A Realme tem se mostrado uma marca bem consistente no mercado global, com ofertas de produtos em vários segmentos a um preço mais acessível. A chinesa chegou ao Brasil com bastante cautela e apresentou alguns modelos de celulares interessantes, mas também tem um portfólio generoso de fones de ouvido.

Um deles é o Realme Buds Q2, modelo recém-lançado no Brasil. O vestível chegou ao país no mês de fevereiro com um preço baixo, para atingir consumidores não tão exigentes, mas sem deixar de lado um bom desempenho geral.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Mas será que o par de fones é bom, na prática? Será que o tão falado custo-benefício da Realme se aplica à ele? Confira essa análise e veja o que eu achei do fone no período em que fiquei com ele.

Prós

  • Preço baixo
  • Graves bem acentuados
  • Design confortável
  • Boa qualidade sonora geral

Contras

  • Carregamento com micro-USB para o estojo
  • Acabamento simples

Design e Construção

A construção do Realme Buds Q2 é bem simples e essa talvez tenha sido a alternativa encontrada pela empresa para tornar o custo mais baixo para os consumidores.

Os buds em si são bastante leves — pesam apenas 4,1 gramas em cada lado — e confortáveis. Mesmo após um bom tempo de uso eu não senti qualquer incômodo nos ouvidos.

O design intra-auricular também é muito agradável e eles encaixam bem na orelha, ficando apenas um pedaço para fora, para permitir o controle de funções por toques. A aparência é bem parecida com os populares AirDots da Xiaomi ou com o Moto Buds 100 que testei recentemente.

Continua após a publicidade

Para quem se atrai pela beleza, o visual dele também é excelente. Com uma camada externa “laminada” que lembra um caleidoscópio, ele tem um aspecto externo brilhante na área de toques.

O estojo de carregamento possui uma finalização bem básica. Feito todo em plástico, ele é extremamente leve e pode dar a impressão de ser um pouco frágil. Eu não arrisquei ir tão longe, mas parece que ele pode quebrar se forçar bastante sua tampa para trás.

De qualquer forma, um manuseio simples não causará nenhum dano ao aparelho ou ao case e você poderá utilizá-lo sem medo.

Por fim, os buds também contam com certificação IPX4 de resistência à líquidos. Eles não podem ser submersos em água, evidentemente, mas aguentam se você precisar usá-los enquanto está na academia e suar bastante.

Continua após a publicidade

Qualidade de som

O Realme Buds Q2 tem uma ótima qualidade sonora para seu segmento. Na verdade, me surpreendi bastante ao utilizá-lo pela primeira vez. Pela faixa de preço que chegou no Brasil, esperava um modelo com desempenho mediano e sonoridade um pouco “desanimada”, mas não foi o que percebi ao usá-lo.

Em termos de especificações, o Realme Buds Q2 conta com um driver dinâmico de 10 mm. Além disso, ele conta com um reforço para deixar os graves mais destacados e isso é facilmente perceptível durante o uso.

Na prática, é possível notar que sons com frequência mais graves — como baixos e bumbos de baterias — são bem mais acentuados, principalmente em músicas de rock.

Continua após a publicidade

Em Sympathy for the Devil, do Rolling Stones, por exemplo, é possível ouvir com bem mais clareza — e uma certa pulsação — os sons de baixo que dão ritmo a toda a canção.

É importante destacar que o aplicativo ainda oferece um modo de equalização “Bass Boost+”, que serve para aumentar a presença de graves. No entanto, essas frequências são bem marcadas mesmo no modo “equilibrado”. Evidentemente, há um ganho maior no “Bass Boost”, mas a função normal não decepciona.

Além dessas duas configurações, o app ainda oferece um modo “Brilho” de equalização. Este serve para aumentar um pouco mais o volume e deixar a sonoridade um pouco mais “limpa”, com um áudio mais amplo. Aqui, frequências médias e agudas recebem uma atenção maior.

Continua após a publicidade

Fora isso, o Realme Buds Q2 ainda possui um “Modo Jogo”, que serve para reduzir a latência durante os games e oferecer uma sensação de mais realidade sonora nas partidas.

A marca informa que a latência do par de fones de ouvido é de 88 ms e, na prática, isso se converte em um som bem fiel, sem lags entre o conteúdo da tela e o áudio. O som também fica mais realista, principalmente barulhos de tiros ou explosões em games fps.

É importante destacar que ele não possui um recurso de cancelamento de ruído ativo para abafar barulhos externos durante a reprodução de músicas, mas ele tem um cancelamento de ruído ambiental (ENC) para chamadas, que permite que sua voz seja ouvida com mais clareza em ligações.

Bateria e conectividade

Continua após a publicidade

A bateria do Realme Buds Q2 atingiu bem as minhas expectativas. A marca chinesa promete que uma única carga dos buds oferece até cinco horas de reprodução e que essa capacidade pode ser expandida para até 20 horas com o estojo.

Nos meus testes, reproduzi músicas com volume médio em qualidade de streaming alta no Spotify por cerca de 5h20 minutos, com o fone configurado na equalização “equilibrada”. Já o teste mais extremo — com volume máximo, qualidade alta e o “bass boost+” ligado — resultou em cerca de quatro horas de autonomia.

Em ambos os cenários, o “modo jogo” estava desativado, mas é possível que o recurso também impacte a autonomia, que pode ficar entre duas e quatro horas de reprodução. É claro que o cenário pode variar um pouco com cada uso.

Um ponto que achei negativo é a presença de um conector micro USB para carregamento, em vez do padrão USB-C que é mais popular atualmente. De qualquer forma, não chega a ser algo totalmente ruim, visto que é um modelo de entrada.

Continua após a publicidade

A conectividade do fone de ouvido é por Bluetooth 5.0 e o pareamento inicial com o smartphone é muito simples. Ele pode ser feito direto pelas configurações Bluetooth do celular, mas se preferir o usuário pode baixar o aplicativo Realme Link para facilitar o processo.

Eu, particularmente, preferi usar o app pois, além de ajudar no pareamento, ele oferece alguns controles extras — como alternar entre os modos de equalização, ligar ou desligar o “modo jogo” ou alternar os controles por toques.

Falando nisso, como padrão, a configuração dos gestos é a seguinte:

Continua após a publicidade
  • Toque duas vezes em qualquer lado: reproduzir ou pausar uma música
  • Toque três vezes em qualquer lado: próxima faixa
  • Manter pressionado qualquer lado: sem nenhuma ação pré-definida
  • Manter os dois pressionados ao mesmo tempo: alterna o modo jogo

Além desses comandos, ainda é possível configurar opções para acionar o assistente de voz ou ir para a faixa anterior.

Ficha técnica

  • Peso: 4,1g (cada lado, sem ponteiras ou ganchos)
  • Drivers dinâmicos de 10 mm;
  • Três modos de equalização (Bass Boost+, Equilibrado e Brilho);
  • Controles de toque;
  • Resistência a respingos de água (IPX4);
  • Bateria para até 5 horas com a carga só dos buds ou até 20 horas com o estojo de recarga;
  • Bluetooth 5.0.
Continua após a publicidade

Acessórios

Além do acabamento simples do estojo, a Realme também foi bastante econômica nos acessórios que acompanham o Realme Buds Q2. Os fones de ouvido já chegam com um par de ponteiras de silicone, mas ela ainda inclui mais duas combinações de tamanhos diferentes para permitir um conforto maior ao usuário.

Isso é bastante padrão, e a maioria das fabricantes oferece apenas três pares, mesmo. No entanto, a economia está no cabo de carregamento do estojo, que é extremamente pequeno, com cerca de 16 cm.

Continua após a publicidade

Isso atrapalha bastante na hora de carregar o estojo em um tomada, e é o suficiente apenas para dar carga pelo computador ou notebook — o que nem sempre é viável.

Concorrentes Diretos

No mercado, a Realme compete com outros modelos simples de fones de ouvido, como o Moto Buds 100 e o Edifier X3 — este último tanto a versão USB-C quanto a versão com micro USB.

Em desempenho sonoro, o Realme Buds Q2 leva uma grande vantagem contra os dois modelos. Eu tive a oportunidade de testar os três e o modelo chinês foi o que mais me surpreendeu com seu áudio potente e graves bem destacados — mesmo com a equalização equilibrada.

Enquanto isso, tanto o Edifier X3 quanto o Moto Buds 100 oferecem um áudio mais “padrão”. Dessa forma, o Realme pode agradar mais a galera que curte um som mais pesado e encorpado, com baixos e bumbos que quase pulsam nos ouvidos.

Se você quer um fone de ouvido que tenha mais autonomia de bateria, porém, o Motorola irá te agradar mais, já que ele fica na casa das 9 horas de autonomia, mesmo a marca prometendo bem menos que isso. Do outro lado, Realme e Edifier dividem o cenário com um desempenho próximo das cinco horas.

O preço também é equivalente entre os três modelos. O Realme e o Edifier custam entre R$ 150 e R$ 250, ao passo que o Motorola é um pouco mais caro, com valor de R$ 250 a R$ 400.

Um ótimo fone de ouvido barato

O Realme Buds Q2 é um ótimo par de fones de ouvido dentro de seu segmento. Seu volume médio não é tão alto como em outros modelos, mas a presença de graves marcantes e bem acentuados compensam neste aspecto.

Apesar de não ter cancelamento de ruído, o aplicativo oferece três modos padrões de equalização e isso acaba melhorando ainda mais a experiência sonora, principalmente para os amantes de sons mais graves.

Pela faixa de preço, eu esperava um fone com um desempenho um pouco apagado, mas ele me surpreendeu bastante durante os testes e certamente seria a minha escolha se eu estivesse em busca de um fone de ouvido bom e barato.

Dessa forma, se você busca um bom custo-benefício e não se importa tanto com recursos mais avançados — como ANC ou Som Ambiente — você gostará bastante desses fones de ouvido da Realme.

Seu resumo inteligente do mundo tech!Assine a newsletter do Canaltech e receba notícias e reviews sobre tecnologia em primeira mão.
*E-mail
*