Review Fitbit Inspire 3 | a smartband mais básica do Google
Por Felipe Junqueira • Editado por Léo Müller |
A Fitbit Inspire 3 é uma pulseira inteligente bastante básica da empresa pertencente ao Google. Ela possui monitoramento de sono, batimentos cardíacos e até SpO2, mas alguns recursos só estão disponíveis em alguns mercados ou com assinatura.
- Review Fitbit Inspire 2 | Uma smartband muito básica
- Review Fitbit Versa 4 | Uma atualização morna do Versa 3
A pulseira é compatível com celulares Android e iOS. O app Fitbit tem bastante opções e é relativamente simples de usar, além de estar traduzido para o português. Veja o que eu achei da Fitbit Inspire 3 nos próximos parágrafos.
Para importar produtos dos Estados Unidos que você não encontra por aqui, basta criar uma conta na USCloser. Você faz suas compras nos sites gringos normalmente, e a USCloser recebe por você lá nos EUA mesmo, em uma espécie de “caixa postal americana” criada exclusivamente para você. Depois, a USCloser encaminha os produtos para sua casa aqui no Brasil. É seguro, prático e rápido. Siga nosso tutorial para se cadastrar e comprar nos EUA economizando muito.
Design, construção e tela
À primeira vista, não há nada de mais na Fitbit Inspire 3. Diferente da antecessora, a caixa da pulseira segue as linhas retas até a pulseira. Os materiais são plástico, vidro e silicone, com um acabamento de boa qualidade. E ela é resistente a até 50 metros de profundidade de água, podendo ser usada para nado.
A pulseira pode ser removida, e é você quem encaixa o acessório ao abrir pela primeira vez. São duas opções, inclusive, sendo uma pequena e uma grande. É só escolher qual fica melhor em seu braço, garantindo que não fique nem muito folgada e nem apertada.
A Inspire 3 é controlada tanto pela tela sensível ao toque como por duas áreas também sensíveis nas laterais. Estes sensores só funcionam se forem tocados ao mesmo tempo.
A tela colorida fica no centro da caixa e é bem pequena, pois a smartband ainda possui bordas generosas. É possível ver notificações no display, mas o texto é curto e é normal cortar palavras ao meio, pois não cabem muitos caracteres em uma única linha.
A visibilidade, ao menos, é boa. Dá para enxergar de maneira bem razoável na rua, mesmo em dias ensolarados. E a tela acende quando você gira o pulso para ver as horas — assim como a maior parte dos smartwatches e smartbands do mercado.
Configurações, desempenho e usabilidade
A Fitbit Inspire 3 é a definição de pulseira inteligente. Ela mostra horas, tem várias telas e funciona com gestos no display, mas é isso. Não dá para instalar nada além do que ela já tem, ficando com as funções um pouco mais limitadas que smartwatches.
É possível trocar a watchface ou mostrador entre 21 opções já existentes, e trocar a ordem dos apps ao deslizar para os lados. Alguns podem ser desinstalados, para você manter apenas funções que realmente quer utilizar.
As notificações deixam um pouco a desejar, ao menos do meu ponto de vista. No WhatsApp, por exemplo, você não vê se a mensagem foi enviada a algum grupo. Aparece apenas o nome de quem enviou e um trecho bem curto do texto.
Considerando que é uma smartband, a Fitbit Inspire 3 cumpre bem a sua proposta. A usabilidade não é muito diferente de uma Mi Fit, por exemplo, que é uma das pulseiras inteligente mais populares ainda hoje.
Mas, se você quer algo mais completo, terá de procurar por um smartwatch. Ou, mais precisamente, um relógio com funções inteligentes. Afinal, nem todos são realmente smart, mas muitos podem atender às necessidades mais básicas.
Acompanhamento físico
Você consegue monitorar seis tipos de exercícios com a Fitbit Inspire 3: caminhada, corrida, ciclismo, natação, treino e esteira. Ela coleta dados como tempo, média de batimentos por minuto e calorias. E faz um gráfico com as zonas de frequência cardíaca (pico, cardiovascular, queima de gordura).
A pulseira também monitora a qualidade do seu sono, com um gráfico que mostra o tempo acordado, em REM, sono leve e profundo. E também tem uma variação estimada do oxigênio. Ainda há opções de frequência cardíaca e inquietação durante o sono, mas estes recursos só estão disponíveis para usuários premium.
A Inspire 3 também possui sensor para medir oxigenação no sangue (SpO2). Mas o recurso não está disponível para o Brasil, infelizmente. O mesmo vale para a variação da temperatura da pele e taxa de respiração.
E, assim como a maior parte das smartbands, a Inspire 3 conta passos e faz uma estimativa de calorias gastas durante o dia.
Bateria e carregamento
O grande ponto de venda das smartbands costuma ser a bateria. No caso da Fitbit Inspire 3, assim como sua antecessora, a estimativa de duração da fabricante é de cerca de dez dias.
Eu usei a pulseira com notificações ativadas, monitoramento de batimentos cardíacos e sono ativo e detecção automática de exercícios. Só não ativei o Always on Display, além dos recursos não disponíveis no Brasil. E com cerca de cinco dias de uso, a carga ficou em mais de 60%.
Ou seja, é bastante plausível que ela dure até mais de dez dias. A menos que a carga caia em ritmo maior a partir da metade, o que é bastante comum.
A recarga e realizada com uma base que se encaixa fisicamente à caixa e possui conector USB-A. Pode ser usada no computador ou um adaptador de parede. Ela demora cerca de 20 minutos para ir de 61% até 99%, e outros 20 minutos para atingir 100%.
Concorrentes diretos
Se você não quiser importar uma pulseira inteligente, há opções mais fáceis de encontrar com estoque já no Brasil. A Xiaomi tem a Mi Band 7, a Realme tem a Band 2, e a Huawei tem a Band 7. Todas elas já foram analisadas aqui no Canaltech.
Tanto a Mi Band 7 quanto a Huawei Band 7 custam menos de R$ 250. E possuem mais opções de monitoramento de exercícios, apesar de ambas também terem alguns bugs. A Band 2 custa mais de R$ 400, é mais estável, mas possui interface e desempenho como pontos negativos.
Vale a pena importar a Fitbit Inspire 3?
A Fitbit Inspire 3 custa US$ 100, que se converte atualmente em cerca de R$ 520. Considerando opções oficiais disponíveis no Brasil, não compensa o trabalho de importar a pulseira, que ainda tem menos recursos que a Mi Band 7 e a Huawei Band 7.
Além disso, há pontos negativos a se levar em conta. Como o fato de a tela ser muito pequena, haver poucas opções de exercícios e não possuir GPS. Outro ponto negativo são os recursos indisponíveis no Brasil ou liberados apenas para quem pagar uma assinatura premium.
O lado bom é que ela faz um bom monitoramento, tem bom desempenho e é relativamente fácil de usar. No balanço geral, mais pontos negativos do que positivos.