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Review Avell C65 HYB | Um notebook com desempenho impecável

Por| Editado por Léo Müller | 20 de Junho de 2022 às 16h15

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Review Avell C65 HYB | Um notebook com desempenho impecável
Review Avell C65 HYB | Um notebook com desempenho impecável
Avell C65 HYB

A Avell acaba de lançar sua nova linha de notebooks HYB, focado para usuários que procuram máximo desempenho em opções portáteis para se ter em casa. O C65 HYB faz parte dessa nova linha e vem equipado com processadores Intel de 12ª geração, junto de uma RTX 3080 Ti.

Além disso, há opções com 16 GB ou 32 GB de memória RAM DDR5, padrão mais atual da tecnologia, juntos de SSDs de 512 GB ou mais. A construção é robusta, e seu touchpad em vidro é bastante preciso durante a utilização.

Porém, será que ele realmente é um bom notebook? Pude testá-lo por alguns dias e venho trazer a minha experiência pessoal. Confira na nossa análise.

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Design, Construção e Conectividade

O Avell C65 HYB é um notebook feito e pensado para usuários que procuram o máximo de desempenho possível. Sua configuração é considerada “high-end”, já que possui o processador e a placa de vídeo mais recentes da atualidade.

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Seu corpo é todo construído em alumínio, demonstrando a preocupação da Avell nesse quesito. Outro ponto que chama a atenção é o touchpad, já que ele é revestido em vidro, mas falaremos dele mais a frente.

Sua tela tem 17,3 polegadas, além de uma webcam para ser usada em videochamadas, desbloqueio do produto via Windows Hello ou atividades mais despretensiosas, porém a qualidade da imagem é bastante insuficiente.

Nos testes que eu fiz, percebi as capturas muito granuladas, com muitos ruídos e ausência de fidelidade de cores. Nesse caso, acredito que a fabricante poderia ter investido um pouco mais, já que estamos falando do notebook topo de linha da marca.

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No total, são disponibilizadas quatro saídas de ar para auxiliar no resfriamento do C65 durante as atividades mais pesadas e jogos no geral. Duas delas ficam em cada um dos lados do produto e, as restantes, na traseira do notebook.

Um ponto positivo do modelo são as conectividades, já que temos três portas USB-A — duas delas 3.2 Ger. 2, e a última, 3.2 Ger. 1 —, uma porta USB-C com Thunderbolt 4, saída HDMI 2.1, conexões P2 para microfone e fone de ouvido separadas, saída RJ-45 e um leitor de cartão Micro SD. No geral, o C65 HYB é bem completo e entrega funcionalidades avançadas para usuários exigentes.

Tela

Sei que pode parecer redundante dizer que a tela é, também, um ponto alto do C65 HYB, mas seria injusto não dizer que ela se destaca frente a outros concorrentes do mercado, já que fica claro a atenção dada pela fabricante nessa parte.

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Ela tem 17,3 polegadas, resolução Quad HD (2560 x 1440), taxa de atualização de 240 Hz e painel do tipo WVA. Durante meus testes, notei a excelente reprodução das cores, além de imagens muito nítidas nos jogos e usabilidade geral.

Cheguei a zerar o “Resident Evil Village” nos testes, e a experiência foi surpreendente. Inclusive, a tecnologia “Ray Tracing” tornava tudo ainda mais bonito aos olhos, já que os reflexos e a iluminação ficavam mais realistas durante o game.

A fluidez dos 240 Hz é percebida durante o gameplay, principalmente ao realizar movimentos mais bruscos ou em situações em que muitos objetos aparecem na tela de uma vez só. É notável que o olho humano não consegue ver exatamente essa quantidade de frames, mas é possível perceber a suavidade que essa característica traz no uso do dispositivo.

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Teclado e Touchpad

Já testei alguns notebooks gamer aqui no Canaltech, mas devo dizer que o teclado do C65 HYB foi um dos mais confortáveis que já usei. Começando que o padrão ABNT é disponibilizado no layout, ajudando bastante nas situações em que precisamos da cedilha ou acentuar as palavras corretamente.

O perfil das teclas é baixo, mas senti certa resistência durante a digitação, o que me passava mais segurança enquanto escrevia algum texto ou mandava uma mensagem para alguém. Afinal de contas, não há nada mais desagradável que esbarrar em uma tecla sem querer e ela ser acionada indevidamente. Com ele, eu não tive esse problema.

A retroiluminação RGB também é muito bem-vinda, já que, além de auxiliar durante a digitação, ele traz o aspecto que todo gamer preza nesse tipo de máquina. Sabemos que, apesar de ser mais voltado pela aparência, essa é uma característica interessante da máquina.

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O touchpad é grande e largo o bastante para uma usabilidade muito agradável. Seu revestimento em vidro faz com que os movimentos sejam precisos e suaves, dispensando o uso de um mouse em situações como essa. Obviamente que, quando falamos de jogos, se faz necessário o uso desse acessório à parte, mas isso não tira o mérito dele em nenhum momento.

Por fim, existem algumas funções ligadas diretamente ao touchpad, possibilitando bloquear/desbloquear sua função caso haja necessidade. Para quem prefere usar o mouse nos jogos, isso se torna bastante útil, já que não corre o risco de ocorrer um “miss-click” em uma partida importante.

Configuração e Desempenho

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Existem três configurações diferentes para o Avell C65 HYB, sendo elas a “Essential”, “Pro” e “do meu jeito”. A primeira e a segunda já são configurações fechadas, enquanto a última possibilita ao usuário escolher entre algumas opções.

Contudo, a impressão passada por mim será em relação à versão que recebemos para testes, o C65 HYB Pro. Ele tem processador Intel Core i9 12900H, RTX 3080 Ti, 32 GB de memória RAM DDR5 e 512 GB de armazenamento.

Começando pela inicialização do sistema e programas, posso dizer que tudo foi muito fluido e rápido durante o uso. O Windows 11 já estava instalado na máquina, logo, pude ter a experiência com o sistema operacional mais recente da Microsoft.

Já nos jogos, o C65 HYB não decepcionou em nada no quesito desempenho e performance. Pude deixar os gráficos nas configurações mais altas com o RTX ligado sem sentir impacto considerável na experiência do game. Em Resident Evil Viilage, por exemplo, joguei tranquilamente com os gráficos em mais de 140 FPS em boa parte das cenas, mesmo aquelas em que havia muitos elementos na tela.

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A tecnologia “Ray Tracing” tornou a experiência ainda mais imersiva, além de muito agradável aos olhos. O reflexo das luzes no jogo eram precisas e refletiam muito bem o cenário do jogo. A cena das luzes do lustre refletindo no piano enquanto a Dimitrescu me perseguia era, no mínimo, um misto de beleza e desespero.

Um único detalhe não muito agradável era a temperatura atingida pelo C65 HYB. Não foi incomum o processador e a placa de vídeo atingirem números maiores que 90 graus, além de o teclado ficar extremamente quente ao ponto de não conseguir ficar com a mão encostada durante muito tempo.

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Entendo que o espaço e a construção, apesar de muito boas, não são suficientes para dissipar o calor produzido durante o uso intenso, mas acredito que isso deveria ter sido mais bem pensado pela Avell.

Apesar de os níveis estarem dentro do permitido tanto no processador quanto na placa de vídeo, ninguém gosta de ver a máquina atingindo essas temperaturas.

Sistema de Som

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Quando utilizei o C65 pela primeira vez, fui rapidamente baixar alguns jogos para testar suas diferentes funcionalidades. Todavia, o som não havia me agradado em um primeiro momento. Achei que ele era muito fraco e baixo, além de não trazer nenhum “brilho” durante a jogatina.

Porém, devo dizer que essa impressão foi tirada de forma injusta, já que não havia feito a configuração adequada dentro do jogo, o que havia prejudicado a experiência num primeiro momento.

Assim que isso foi “consertado”, tive uma experiência completamente diferente com o notebook. O som era forte, encorpado e com boa definição para os jogos. No “Resident Evil”, por exemplo, era possível perceber se a Lady Dimitrescu estava perto ou longe de mim só de escutar seus passos. Devo dizer que isso deixou o jogo mais assustador, inclusive.

No total, são duas saídas de áudio localizadas na esquerda e direita do produto. A única parte negativa do som é a experiência que ele entrega ao ouvir outros tipos de conteúdo, principalmente músicas.

Nesse quesito, achei que o C65 HYB decepcionou, principalmente pelo som baixo e falta de potência.

Entendo que o perfil de usuário que compra esse tipo de notebook provavelmente usará um fone de ouvido para isso, mas não justifica a falta de atenção da Avell nessa parte. Ou seja: o som é excelente, mas só para os jogos.

Bateria e Carregamento

Apesar de o C65 HYB ser um notebook, ele segue uma regra própria que é válida para todos os dispositivos semelhantes com foco em performance e games: ele precisa, obrigatoriamente, ficar conectado à fonte durante todo o tempo de uso. Inclusive, ela possui 280 W de potência no total e tem peso considerável para ser carregada na mochila.

Por estarmos falando de um notebook focado em jogos, eles exigem uma carga energética muito grande para funcionarem em 100% do seu potencial. Logo, mesmo que o usuário queira jogar despretensiosamente sem ele estar conectado à energia, vai perceber que o desempenho cai drasticamente, provando que ele não é feito para ser utilizado em outras condições.

Ou seja: quando falamos de notebook gamer, estamos falando de um notebook de mesa, sem exceções.

Concorrentes Diretos

Atualmente, o único notebook com configurações parecidas com o Avell C65 HYB no mercado é o Dell Alienware x17 R2. Ele também vem equipado com processador Intel de 12ª geração e RTX 3000 em suas versões. Há também a possibilidade de escolher entre duas versões diferentes de CPU, sendo eles o i7 12700H ou i9 12900HK. O último, desbloqueado para overclock.

O usuário poderá escolher entre 16 ou 32 GB de memória RAM DDR5, além de um ou dois SSDs do tipo M.2 NVMe de 1 TB cada. Na opção pelos 2 TB, eles vêm configurados para funcionar em RAID 0, trazendo ainda mais rapidez para os processos de leitura e gravação de dados, além de aumentar a performance do sistema nessa parte.

A principal diferença entre eles fica na tela que, apesar de ser do mesmo tamanho (17,3 polegadas), o modelo da marca americana é superior em algumas características. Ele possui 360 Hz de taxa de atualização, 300 nits e tecnologia NVIDIA G-Sync, que sincroniza a placa de vídeo e o monitor para garantir que não haja quebra de imagem.

O único ponto que faz o painel da Avell ser melhor nessa situação é a resolução, já que temos o Quad HD (2560 x 1440) da fabricante brasileira contra o Full HD (1920 x 1080) do Alienware. Tirando esses detalhes, ambos os notebooks são excelentes em configuração e, com toda a certeza, não irão decepcionar nessa parte.

O preço dos modelos giram em torno de R$ 30.000 a R$ 40.000, dependendo da configuração.

Conclusão

Ao final de tudo, posso afirmar que o C65 HYB é um excelente notebook em diversos aspectos. Sua configuração é, atualmente, uma das mais poderosas do mercado nacional, dividindo esse ranking com pouquíssimas fabricantes.

O i9 de 12ª geração junto com a RTX 3080 Ti são os responsáveis por isso. São componentes feitos e pensados para usuários exigentes, que procuram desempenho ao máximo. A tela é outro plus, já que estamos falando de um painel com 17,3 polegadas, 240 Hz de taxa de atualização e resolução Quad HD.

Todavia, toda essa potência tem custo considerável, já que estamos falando de uma máquina de pouco mais de R$ 30.000, um valor bem elevado, mesmo para pessoas que querem esse tipo de performance. Tirando esse detalhe, o C65 HYB é excelente e não decepciona em quase nada.