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Rublo cai e juros sobem na Rússia após sanções econômicas

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Fevereiro de 2022 às 19h20

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Envato/didesign
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Nesta segunda-feira (28) a rublo russo caiu mais de 30% e passou a ser negociada a 109 por dólar às 4h30 pelo horário de Brasília. Anteriormente, a moeda já havia desvalorizado até 40%. A baixa em relação ao dólar americano é recorde e está relacionada às sanções impostas em resposta à invasão da Ucrânia.

O banco central russo implementou medidas de emergência, como o aumento nas taxas de juros de 9,5% para 20%. “As condições externas para a economia russa mudaram drasticamente”, diz a instituição. “Isso é necessário para apoiar a estabilidade financeira e de preços e proteger as economias dos cidadãos da depreciação.”

Em conjunto, EUA, União Europeia, Reino Unido e Canadá decidiram retirar alguns bancos russos do sistema Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication ou Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais). O objetivo dessas nações é paralisar os ativos do banco central da Rússia.

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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse em comunicado no domingo (27) que a ideia é impedir o financiamento da guerra. “Proibiremos as transações do Banco Central da Rússia, e congelaremos todos os seus ativos”, afirmou.

O presidente Vladimir Putin tem um cofre de guerra de US$ 630 bilhões em reservas de moeda estrangeira construído ao longo de oito anos. Com o ataque à economia do país, entretanto, pelo menos parte desse poder financeiro agora está congelada.

Sanções vão dificultar exportações

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A Rússia é um dos principais exportadores de petróleo e gás do mundo, mas muitos outros setores da economia local dependem de importações. Com a queda constante do rublo, esses itens se tornarão muito mais caros e a inflação vai subir. Além disso, a exclusão de alguns dos bancos do país do Swift vai dificultar as exportações.

Para analistas, o cenário deve levar os russos aos bancos para tentar garantir depósitos e acumular dinheiro. “Nenhum banco do G7 poderá comprar rublos. O resultado pode ser um enorme choque inflacionário na Rússia”, diz Michael Hewson, analista-chefe de mercado da CMC Markets UK. “A corrida aos bancos dentro já começou, pois os cidadãos temem que seus cartões de crédito deixem de funcionar.”

Desde a semana passada, o banco central russo tem atuado nos mercados de câmbio para tentar sustentar o rublo. Na sexta-feira (25), disse que a oferta de notas para caixas eletrônicos seria aumentada para atender à busca crescente por dinheiro em espécie.

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Além do aumento nas taxas de juros para 20%, medidas como o estabelecimento de limites para saques podem vir a ser estabelecidas. “Agora, uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 5% parece provável”, diz Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics.

Fonte: CNN