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Ucrânia quer Rússia fora do sistema financeiro Swift; entenda o impacto disso

Por| Editado por Claudio Yuge | 25 de Fevereiro de 2022 às 16h20

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Pexels/Anna Nekrashevich
Pexels/Anna Nekrashevich

A guerra da Rússia contra a Ucrânia já gerou uma série de sanções econômicas contra o país presidido por Vladmir Putin. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu mais uma à comunidade internacional: que a Rússia seja banida do Swift, principal sistema de transferências internacionais do mundo.

O Swift é uma sigla em inglês para Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais. É uma cooperativa internacional criada em Bruxelas em 1973 e apoiada por 239 bancos em 15 países. Hoje já conta com mais de 111 mil instrituições financeiras de mais de 200 países, incluindo a Rússia. Seu objetivo é ser um canal de comunicação e padronização das transações financeiras, agilizando assim a economia global.

As mensagens do sistema são consideradas seguras por manter garantias baseadas principalmente em alta redundância de hardware, software e de pessoas. Ou seja, para uma mensagem chegar ao seu receptor, é preciso passar por uma série de protocolos de confirmação. O sistema opera em redes fechadas só com pessoas autorizadas a usá-lo, além de ser criptografado. Em 2020, cerca de 38 milhões de "mensagens FIN" Swift foram enviadas diariamente pela plataforma.

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Por que a Ucrânia quer a Rússia fora do Swift durante a guerra?

O banimento da Rússia na Swift já estava sendo discutida por países aliados à Ucrânia antes mesmo da invasão russa. A ideia é impedir os bancos russos de terem acesso a qualquer dinheiro do exterior e, com isso, enfraquecer o poder econômico da nação em guerra. Além disso, o país ficaria de fora dos maiores mercados financeiros e será mais difícil para empresas e pessoas físicas russas pagarem por importações e exportações, empréstimos ou investimentos no exterior.

Os bancos russos podem usar outros canais para pagamentos, como telefones, aplicativos de mensagens ou e-mail. Assim, os bancos russos conseguiriam realizar algumas transações com países que não impuseram sanções, mas como são meios menos eficientes e seguros, isso impactaria nos custos e volume de operações, gerando atrasos de pagamentos ou desistências de negócios.

Por outro lado, isso não seria ruim apenas para a Rússia. Empresas e governos com negócios com o país teriam mais dificuldades de concretizar a venda e compra de produtos, pois teriam que apelar para as alternativas citadas acima. Na quinta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou a jornalistas que tirar a Rússia do Swift é uma opção de sanção, mas reiterou que os países ligados ao sistema ainda não fizeram essa opção até o momento.

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Fonte: UOL, Reuters (via G1)