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Responsável pela venda do WhatsApp ao Facebook se arrepende do negócio

Por| Editado por Claudio Yuge | 11 de Maio de 2022 às 22h00

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Pixabay/EyestetixStudio
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Oito anos após ajudar na venda do WhatsApp para o Facebook por cerca de US$ 22 bilhões (R$ 112,8 bilhões, na conversão atual), em 2014, o indiano Neeraj Arora, ex-diretor comercial do aplicativo, diz que se arrepende de sua participação no negócio. O executivo chamou a versão atual do app de "monstro de Frankenstein devorando dados de usuários".

"Hoje, o WhatsApp é a segunda maior plataforma do Facebook (ainda maior que o Instagram ou o FB Messenger). Mas é uma sombra do produto em que colocamos nossos corações e queríamos construir para o mundo", disse Arora em uma série de postagens em sua conta no Twitter em 4 de maio.

O WhatsApp foi fundado pelo ucraniano-americano Jan Koum e pelo americano Brian Acton em 2009. Em seus primeiros anos, era um aplicativo para a comunicação internacional das pessoas e pedia o pagamento de um dólar para baixá-lo. "Para pessoas (como eu) com parentes em vários países, o WhatsApp foi uma forma de se manter conectado, sem pagar SMS de longa distância ou taxas de ligações", disse Arora.

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Quando a negociação para a aquisição teve início, o Facebook concordou com certas condições, como não usar informações pessoais para mineração de dados, não publicar anúncios ou implementar rastreamento entre plataformas.
Arora afirma que o Facebook abordou o WhatsApp com "uma oferta que parecia uma parceria", baseada em "suporte completo de criptografia de ponta a ponta, sem anúncios, total independência nas decisões de produtos e uma vaga no conselho para Jan Koum".

No entanto, "em 2017 e 2018, as coisas começaram a parecer muito diferentes", disse o indiano. Na época, havia rumores de atritos entre Mark Zuckerberg e os criadores do WhatsApp sobre a direção da plataforma, o que levou à renúncia deles ao cargo. Além disso, surgiu o escândalo Facebook/Cambridge Analytica, quando dados de mais de 50 milhões de pessoas foram usados sem o consentimento delas pela empresa americana Cambridge Analytica para fazer propaganda política. Até Brian Acton tuitou "Chegou a hora. #deletefacebook", em março de 2018.

Fonte: BBC