Pix Saque e Pix Troco: conheça seis benefícios para o varejo
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 17 de Dezembro de 2021 às 22h20
A chegada do Pix Saque (para saques em espécie em estabelecimentos comerciais) e do Pix Troco (saque em espécie após a realização de uma compra) busca estimular o comércio, principalmente físico, a se adaptar à essa forma de pagamento. Até maio de 2021, as transferências instantâneas de consumidores para empresas por meio do Pix representavam apenas 12% do total de transações.
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Por outro lado, ele já é o segundo meio de pagamento mais usado no país de acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os cartões de débito e crédito, além do dinheiro, ainda lideram os pagamentos.
Segundo Edgard de Castro, vice-presidente de relações institucionais da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), isso ocorre, em grande parte, por motivos culturais. “Nas lojas físicas, esse formato ainda não decolou. Os varejistas não despertaram para o potencial do Pix para melhorar a competitividade ao, por exemplo, eliminar taxas desnecessárias”, explica ele.
Para Castro, as novas funcionalidades trazem benefícios para o comércio. Veja, a seguir, alguns deles!
1 – Atração de clientes
O estabelecimento comercial vira um ponto de conveniência, onde é possível sacar dinheiro. “Esse fluxo pode trazer novos potenciais clientes para os pontos de venda. Eles passam a consumir o produto ou serviço principal depois de conhecê-lo pela necessidade inicial de um saque, por exemplo”, aponta Castro.
2 – Fidelização
A conveniência fideliza potenciais clientes ao diferenciar o estabelecimento da concorrência local. Em uma visita à padaria, é possível tomar o café da manhã e sacar o dinheiro necessário para o dia. Evita-se, então, uma visita ao caixa eletrônico ou um deslocamento ao banco.
3 – Recebimentos
A cada Pix Saque ou Pix Troco, o comércio recebe pelas operações. O valor pode variar de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação. Individualmente não é muito, mas, em volume, o serviço pode representar uma nova fonte de renda. “Isso se soma ao aumento do tíquete médio do estabelecimento.”
4 – Mais segurança
O pagamento em dinheiro é o terceiro preferido em compras físicas e o primeiro mais utilizado para o pagamento de contas de consumo. Estabelecimentos que giram muito dinheiro, como postos de combustíveis, sentirão o benefício ao retornar essas notas em espécie para o mercado com mais rapidez. Com menos dinheiro em caixa, diminuem os gastos com segurança e transporte.
5 – Liberdade
Apesar dos limites de saque estipulados pelo Banco Central do Brasil (Bacen), de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 entre 20h e 6h, o comerciante pode fixar os limites das transações. “A adesão às modalidades pode ser personalizada para não afetar, por exemplo, a disponibilidade de troco das lojas”, diz Castro.
6 – Mudança de cultura
A maior parte do varejo físico para tarifas para o recebimento por meio do Pix e de cartões de débito e crédito. “O Pix Saque e o Pix Troco, entretanto, pagam o varejista pelas transações”, ressalta Castro. “Com eles, o sistema tende a ficar mais conhecido no varejo e deve haver mais investimento em treinamento.”