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Pix Saque e Pix Troco entram em vigor para retirada de dinheiro

Por| Editado por Claudio Yuge | 29 de Novembro de 2021 às 15h30

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Duas novas ferramentas do sistema de pagamento instantâneo (Pix) estão disponíveis a partir desta segunda-feira (29): o Pix Saque e o Pix Troco. A modalidade de saque permite retirar dinheiro em pontos de venda, como lojas de bairro, padarias ou supermercados. Para isso, o cliente vai a um estabelecimento e informa quanto quer sacar. O comerciante, então, emite um QR Code e o consumidor faz o Pix. Em seguida, o cliente recebe o dinheiro.

Já o Pix Troco é usado quando o consumidor faz uma compra em um estabelecimento e quer receber troco em espécie. O procedimento é semelhante ao do Pix Saque, com a criação de um QR Code e o pagamento por Pix. Ambas as opções eliminam a necessidade de ir a um banco ou usar um caixa eletrônico. Será possível sacar até R$ 500 durante o dia e R$ 100 à noite (das 20 horas às 6 horas).

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Estabelecimentos interessados em ser agentes de saque e troco já podem fazer a solicitação ao Banco Central do Brasil (Bacen). Eles terão de se adaptar para oferecer o QR Code vinculado aos serviços. O portal de dados abertos do Bacen vai informar quais comércios aderiram à ferramenta. A funcionalidade será oferecida, ainda, por geolocalização. Assim, o consumidor pode abrir o aplicativo do banco em que tem conta e encontrar o estabelecimento mais próximo com as opções.

Segundo o Bacen, pessoas físicas vão ter até oito saques gratuitos por mês. A partir da nona transação, as instituições financeiras ou de pagamentos podem cobrar pelo serviço. As gratuidades não são cumulativas para os meses seguintes.

Vantagens para os comerciantes

Estabelecimentos que aderirem às ferramentas receberão entre R$ 0,25 e R$ 0,95 a cada operação de Pix Saque ou Pix Troco. O pagamento é feito pela instituição de relacionamento do cliente que vai sacar o dinheiro. “É uma forma de incentivo para que o comerciante ofereça essas opções”, afirma Thiago Saldanha, CTO da Sinqia.

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Para Saldanha, a possibilidade de retirada de dinheiro em estabelecimentos comuns deve ser bastante utilizada em cidades mais afastadas, onde não há tantas agências bancárias e caixas eletrônicos. “Nas grandes regiões, será mais uma opção de saque, mas acredito que também terá uma aceitação positiva”, avalia.

Ele comenta que deve haver incentivo dos próprios bancos e dos comerciantes para o uso da ferramenta. “O próprio mercado vai fazer as pessoas adotarem esse modelo. Não vai ser do dia para a noite, mas a comunicação tem de ser de duas vias para haver adesão”, diz.

João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Bacen, diz que a ferramenta pode ajudar a atrair mais clientes para os estabelecimentos. “O comerciante pode escolher o horário e o momento que quer utilizar [a ferramenta], de modo que possa manejar o caixa”, destaca. “Ele pode oferecer, por exemplo, quando já tiver acumulado dinheiro em efetivo.”

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Mello aponta, ainda, que as opções vão ajudar os comerciantes a não terminarem o dia com muito dinheiro em caixa. Isso evita os perigos de manutenção e transporte de grandes quantias de dinheiro.

Para Rodrigoh Henriques, líder de inovações financeiras da Federação Nacional das Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac), entretanto, a tendência é que, a médio prazo, as pessoas deixem de andar com as notas na carteira. “A garantia de encontrar dinheiro físico facilmente vai fazer a pessoa não andar com ele na carteira”, afirma. “A ideia é pensar: ‘eu estou com pouco dinheiro, mas não vou sacar porque posso utilizar um Pix Saque ou um Pix Troco quando precisar'”, completa.