Novo app de entrega reúne Outback, Pizza Hut e Giraffas para concorrer com iFood
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 19 de Julho de 2021 às 18h15
Mais uma plataforma de entrega de refeições chega ao mercado em breve. Outback, Giraffas, Cia Tradicional (mantenedora da Braz Pizzaria), BFFC (Bob’s, Pizza Hut, KFC e Yoggi), Grupo Helipar (Montana Grill e JinJin) e Rei do Mate se uniram para concorrer com os protagonistas do setor: iFood (que detém 70% do mercado), Rappi e UberEats.
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O pedido, feito no fim de 2020, foi aprovado na semana passada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que fiscaliza a concorrência no país. No documento enviado ao órgão, as empresas argumentam que uma nova plataforma aumentaria a concorrência no setor. A chegada da novidade pode fazer o monopólio diminuir e abrir espaço para mais concorrência.
O serviço será chamado de Quiq e busca facilitar a digitalização e reduzir custos, uma vez que vai permitir que os restaurantes organizem, em uma só base, todos os pedidos de entrega ou retirada. Isso porque, segundo os envolvidos, o Quiq vai permitir administrar pedidos de vários aplicativos de entrega diferentes. Com isso, os estabelecimentos poderão escolher quais são mais vantajosos.
Acesso aos dados de clientes
As operações físicas das empresas vão continuar separadas e sem mudanças. Uma das principais demandas que a plataforma quer resolver é o acesso aos dados dos clientes, que hoje ficam com os aplicativos. O serviço não é o primeiro a integrar sistemas de diferentes empresas de delivery: Go2Go e Hubster já fazem isso.
O lançamento da plataforma Quiq estava previsto para o fim de 2021, mas foi antecipado para agosto. Como o processo de aprovação levou sete meses, as demais etapas de lançamento foram concluídas com antecedência e o serviço vai poder chegar ao mercado antes do esperado.
Em entrevista a Exame, Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral e especialista em varejo do Grupo GS& Gouvêa de Souza, avalia que a empreitada tem potencial de crescimento e pode trazer redução de custos, eficiência logística e benefícios para o consumidor. “Essa integração de negócios pode ser considerada parte de um movimento maior, de compartilhar para viabilizar e crescer.”
Fonte: Exame