iFood e McDonald’s iniciam entregas com ajuda de drones no Brasil
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge | •

As entregas por drone já não são novidade — especialmente no exterior —, mas ver sua refeição chegar pelo céu pode ser uma realidade em breve no Brasil. Isso porque uma parceria do iFood com o McDonald’s e o Madero vai começar a mandar os lanches por veículos aéreos não tripulados em Aracaju (SE) já neste fim de ano. A empresa responsável por fornecer e operar os autômatos é a Speedbird Aero.
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Apelidada de "last mile" (ou "última milha", na tradução livre, que vai de encontro com o conceito de uma aquisição do consumidor que só precisa de um último detalhe para finalizar a compra, no caso o transporte), a modalidade vai ter a presença de um profissional para a conclusão da entrega. Os pedidos serão levados do Shopping RioMar Aracaju até a cidade vizinha de Barra dos Coqueiros, do outro lado do Rio Sergipe. A rota será percorrida em 5 minutos e 20 segundos — contra os 25 a 55 minutos necessários para o serviço terrestre convencional.
Para Fernando Martins, head de logística e inovação no iFood, uma entrega realizada por drone leva muito mais que inovação. “Ela amplia as possibilidades de alcance do delivery”, aponta. “Nosso objetivo é aumentar a eficiência das entregas e levar a tecnologia para todo o país com soluções e alternativas para o delivery em modais não poluentes.”
O voo não tripulado vai de um ponto de decolagem no shopping até uma estação de pouso na cidade vizinha em uma rota predeterminada de 2,8 Km. O restante do percurso será feito por um entregador da forma tradicional: bicicleta, moto ou patinete.
Aeroporto para drones
A missão do drone é reduzir o tempo de viagem no primeiro trecho da entrega. Por isso, eles vão até um droneporto e são distribuídos a partir de lá. Os equipamentos têm 1m50 de altura e 1m20 de largura, são equipados com seis motores e dois GPS, funcionam com tecnologia 4G e podem voar com velocidade de 32 Km/h.
Nem todas as entregas serão feitas com eles: o objetivo é ajudar na demanda. Como percorrem longos trajetos em poucos minutos, seu uso permite expandir o raio de atendimento dos estabelecimentos.
Segundo o iFood, o projeto com esses parceiros em Aracaju foi iniciado "especificamente para testes, não para desenvolvimento do modal". Ou seja, não há previsão de chegada da opção a outras localidades, pelo menos por enquanto, neste final de ano.
Fonte: IstoÉ Dinheiro